
Quais são as apostas do RAP para 2020? Preste atenção nestes nomes!
Conheça alguns nomes que têm se destacado na cena hip hop e estão ganhando público e visibilidade
FBC Foto: Viny Cerchiari
Conheça alguns nomes que têm se destacado na cena hip hop e estão ganhando público e visibilidade
FBC Foto: Viny Cerchiari
A todo momento novos nomes surgem na música. Seja no pop, no rock ou no funk, cada artista aparece com novas referências e experiências para apresentar ao público. Com o rap não é diferente! O estilo surgiu em meados dos anos 1970 entre as comunidades afrodescendentes dos Estados Unidos. É um dos pilares da cultura hip hop. Além disso, é marcado pelas letras que criticam a sociedade, a desigualdade, a violência e também perpassa outros temas como o amor, o dia a dia, o trabalho etc.
Com o passar dos anos, o gênero ganhou algumas variações e sub-estilos. Só para exemplificar, o trap incorpora outros tempos rítmicos, sons onomatopeias, graves e harmonias mais melódicas e sintetizadores. Pensando nessa variedade e crescimento do rap sob os holofotes, nós separamos alguns dos nomes que prometem neste ano. Entre eles estão homens e mulheres que já estão na estrada ou em início de carreira.
O interessante aqui é que muitos nomes citados são de origem mineira e tiveram passagem pelo Duelo de MCs, que é realizado desde 2007 em Belo Horizonte. Na perspectiva de Pedro Valentim, MC, integrante do movimento Família de Rua e idealizador do Duelo, as batalhas em BH acabam sendo, em um primeiro momento, um espaço de acolhimento e, na sequência, formativo para os artistas. “Hoje, acreditamos que as batalhas de MCs é a principal porta de entrada para a cultura hip hop pensando no ambiente da música. Então, o pessoal chega nas competições, experimenta e se familiariza com o palco, com microfone e com o público”, explica Valentim.
Ele acrescenta, ainda, que esse espaço existe em BH há quase 13 anos e “já é um ambiente consolidado de formação e vitrine para esses artistas”. Ao mesmo tempo, o Duelo de MCs também expandiu. “Nós caminhamos paralelamente ao crescimento da cena musical da cultura hip hop no Brasil, sobretudo nessa perspectiva que os da idade. Artistas novos, de idade e de carreia, estão alcançando cada vez mais lugares maiores e de visibilidade, completa Pedro Valentim.
Djonga, que participava como público do Duelo, FBC, Hot & Oreia, Clara Lima e Chris MC são alguns dos nomes originários do projeto. Confira a lista com as apostas do rap para este ano.
O grupo Fenda foi formado para a abertura do show do Criolo em Belo Horizonte, mas deu frutos e continua na ativa. Composto por Laura Sette, Mayra Maia, Iza Sabino, Paige e DJ Kingdom o grupo surgiu para consolidar o trabalho que as artistas vinham desenvolvendo até então. Os estilos e influências de cada uma das integrantes, como, por exemplo, o hip hop, dancehall, R&B, chill baile e afro, dão tom à diversidade.
O grupo está quebrando diversas barreiras e mostrando o poder das mulheres na cena do hip hop. Só para exemplificar, a apresentação mais recente das artistas foi no Bloco Rapique, que saiu na segunda-feira de carnaval deste ano. Antes disso, participaram de outros grandes eventos como o Festival Sensacional. Para conhecer o trabalho dessas feras ouça e assista o clipe da música Não se ofenda e o texto do Culturadoria sobre elas.
O rapper viralizou nas redes sociais, mais especificamente no Twitter, quando postou a mensagem “15/11”. Outros artistas, como Marília Mendonça e Mano Brown, também aderiram à mensagem influenciados pelos fãs, o que causou um grande burburinho na internet. Tratava-se do lançamento do segundo disco de FBC, Padrim. Entretanto, a estratégia não é novidade na carreira do rapper. Ele também usou a tática para divulgar o primeiro álbum. A origem do músico é nas batalhas de rima de BH e também participou da DV Tribo, extinto grupo que contou com nomes como Djonga, Clara Lima e Hor & Oreia.
Usando o trap, subgênero do rap, a jovem Onnika tem se destacado pelas letras das músicas e estética muito parecidas com o que é visto na cena norte-americana. Além disso, o nome artístico faz referência a Nick Minaj, um dos principais nomes e símbolo feminino do rap nos últimos anos. Onnika vem chamando atenção em festivais de música principalmente em São Paulo.
Como bem disse o artigo da Revista Rolling Stone no Brasil, é fácil estar na casa dos 20 anos e se reconhecer no artista. Isso porque Sidoka fala do dia a dia, de dinheiro, droga, fama e de amor com estilo autêntico, tanto musical quanto na aparência. Grande parte da produção é baseada no trap. Já o visual conta com óculos característicos dos anos 1990 (tipo o clássico juliet), roupas largas, moletom, luva tática (aquelas que deixam os dedos à mostra) e jóias.
Além da originalidade, a produção do artista é frenética. Em sete meses, entre 2018 e 2019, Sidoka lançou três grandes trabalhos, os discos Elevate, Sommelier e Doka Language. No trap, ao lado de Sidoka, se destacam nomes como Raffa Moreira, Delatorvi e Denov, por exemplo.
Este é mais um nome do rap que tem origem na capital mineira, no Duelo de MCs. Chris fez parte da da 1Kilo, uma gravadora de rap e selo de música independente do Rio de Janeiro. Lá, explorava o seu lado de artista menos rimado, ou seja, apostava em composições mais melódicas e românticas. Uma espécie de R&B chavoso, como definiu o portal Vice. Entretanto, atualmente, Chris uniu as suas duas facetas e segue em carreira solo. No disco PRIN$, lançado em janeiro deste ano, o artista une o romantismo que utilizada na 1Kilo às rimas diretas e características da sua origem no Duelo de MCs.
A união entre essas duas vertentes é o ponto de equilíbrio no momento atual da carreira de Chris. Ainda de acordo com o Vice, este, talvez, seja o momento ideal para a existência deste disco. Leia o artigo na íntegra e confira o bate-papo com o rapper.
https://www.youtube.com/watch?v=YW2GVa28rpY
Este é um dos nomes promissores para o rap este ano a começar pelo prêmio de artista revelação que acabou de receber no prêmio Genius Brasil. A iniciativa premia os destaques artísticos do hip hop e R&B brasileiros em cinco categorias. São elas: Revelação, Produtor, Música e Álbum do Ano. Ebony se destaca por ter entrado na cena da música trap sem nenhuma pretensão. As primeiras rimas foram feitas em aplicativos de música e ganharam muita notoriedade na internet. Os principais assuntos nas composições são autoestima, relação com homens no geral e dia a dia.
A voz também é uma característica marcante, pois é menos agressiva, mais aveludada. Confira no vídeo ao lado. A artista é uma promessa na música em geral, pois já afirmou em entrevista que o trap e o rap não são prioridade. Ela está disposta a transitar por outros estilos.
Figura fundamental na música de Minas e do Brasil, o rapper já é sucesso absoluto. Sempre com discurso contundente, Djonga manda o recado de protesto por meio da música que é cercada de referências. Mesmo já sendo um artista referência e com a carreira consolidada, citamos ele nesta lista pois a inovação sempre está presente na produção de Djonga. Em março, por exemplo, ele lança o quarto álbum da carreira, intitulado Histórias da minha área.
Ainda não há muitas informações sobre o disco, mas o artista já deu alguns spoilers nas redes sociais e está fazendo uma espécie de contagem regressiva.
Nos últimos três anos, o rapper emplacou singles, clipes e letras emblemáticas nas paradas de sucesso com os álbuns Ladrão (2019), O menino que queria ser deus (2018) e Heresia (2017). Agora, resta esperar as surpresas que o cantor vai apresentar aos fãs em 2020.
Publicado por Carol Braga
Publicado em 04/03/20