
Crédito: NBC
Aparentemente uma série pseudo documental sobre um escritório que vende papel não é nada interessante. Entretanto, The Office está aí para provar o contrário. Há 15 anos, a versão estadunidense da produção estreava na NBC e se tornava umas das comédias mais queridas. O diferencial é que o falso documentário não tinha as clássicas risadas inseridas nas sitcoms dos Estados Unidos até então. Lembra? Aquelas no intervalo das piadas. O foco do humor está nos detalhes, no absurdo e no cotidiano. Mas, para além disso, porque a série é tão querida? Ela, inclusive, ultrapassou Friends como a mais assistida na Netflix dos EUA. Assim como Grey’s Anatomy e Criminal Minds.
Personagens
A série mostra o dia a dia na Dunder Mifflin, uma empresa de papel que, assim como outras, passa por altos e baixos. Esse é o pano de fundo para grande parte do que ocorre na narrativa. Entretanto, a base mesmo são os personagens. Cada um com a sua personalidade, com o seu jeitinho, prende quem assiste. O mais interessante é que a história não é entregue de uma só vez. Com o passar do tempo é possível entender o motivo por trás de cada hábito dos trabalhadores, já que o espectador tem contato com eles apenas no ambiente de trabalho (pelo menos em 90% do tempo).
O personagem central é Michael Scott (Steve Carell). Ele é o chefe do escritório e consegue colocar em prática, de forma caricata ou não, todos os absurdos que ocorrem em ambientes corporativos. Muitas vezes é preconceituoso e desprezível, o que causa constrangimento nos funcionários e no público. Em resumo, ele quer ser o melhor em tudo, o mais bonito e o centro das atenções. Mesmo assim, a narrativa desenvolve bem o papel e Scott acaba se tornando um dos nossos preferidos. Além dele, há o mau humorado Stanley (Leslie David Baker) e a impaciente Angela (Angela Kinsey), o destemido Dwight (Rainn Wilson) e o misterioso e bizarro Creed Bratton (Creed Bratton).

Crédito: NBC
Ambientação
Com o passar dos episódios é possível se sentir, literalmente, parte da história e do dia a dia da empresa. Muito se deve ao formato, pois os personagens olham diretamente para a câmera em vários momentos e dão depoimentos. Como em um documentário mesmo. Tem também o fato de a maioria das cenas serem filmadas na mesma locação e o escritório muda pouco durante as nove temporadas. Os assuntos também estão, em grande parte, relacionados ao contexto do ambiente de trabalho, causando ainda mais identificação do público com as histórias.
Relações interpessoais
Como dissemos, os personagens são completamente diferentes entre si e é justamente isso que dá toda graça à coisa. Eles se estranham, se julgam, mas, sobretudo, se respeitam (ou tentam), e a complexidade dessas relações merece destaque. Exemplo disso é a amizade entre Michael e Pam (Jenna Fischer). Em uma cena emocionante do episódio 17 da terceira temporada, ele é um dos únicos a ir na exposição de arte de Pam e ainda comprar um quadro. Outro momento marcante (ALERTA DE SPOILER) é no fim da sétima temporada, quando ele deixa a Dunder Mifflin (e a série) e os dois se despedem no aeroporto.
Pam também é protagonista de uma das histórias de amor mais fofas da ficção, que até ganhou destaque em um post da semana do dia dos namorados sobre casais inspiradores. Ao lado de Jim (John Krasinski) ela vive uma história de amor, afeto empatia.
Mesmo assim, nem só de histórias de amores perfeitos viverá o homen, Angela e Dwight protagonizam a relação mais imperfeita possível.
Cenas icônicas e memes
Por ser uma das séries mais assistidas, The Office tem cenas e episódios memoráveis, que são até hoje reproduzidas nas redes sociais. Alguns deles, só para exemplificar, são: Dinner Party (T4 EP 13), quando Jim e Pam vão jantar na casa de Michael Scott; Stress Relief (T5 EP 14 e 15), que tem uma simulação de incêndio e aulas de primeiros socorros; Goodbye Michael (T7 EP 22 e 23), nos quais Michael se despede; e Finale (T9 EP 26 e 27).
As nove temporadas de The Office estão disponíveis do Globo Play e na Amazon Prime Video.