Mostra “Estado da Arte” reúne cultura mineira no Expominas
Evento gratuito apresenta expressões culturais de Minas Gerais entre 27 e 30 de maio, com curadoria coletiva
Grupo Corpo Benguele Foto Jose Luiz Pederneiras
Evento gratuito apresenta expressões culturais de Minas Gerais entre 27 e 30 de maio, com curadoria coletiva
Grupo Corpo Benguele Foto Jose Luiz Pederneiras
A Mostra “Estado da Arte” será realizada de 27 a 30 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte. A programação gratuita reúne diferentes expressões culturais de Minas Gerais em um percurso imersivo, com curadoria coletiva. O evento integra múltiplas linguagens artísticas como literatura, gastronomia, música, artes visuais, arquitetura e patrimônio histórico.
Os ingressos devem ser retirados pela plataforma Sympla. A visitação ocorre das 9h às 19h, com horários reservados para estudantes da rede pública. A entrada é gratuita.
Idealizada por Tatyana Rubim, da Rubim Produções, a mostra propõe uma experiência sensorial que conecta símbolos, signos e memórias afetivas do estado. A direção artística é de Carlos Gradim e a expografia é assinada por Erika Foureaux, Isabella Borges e Gabriel Arnaut.
O percurso expositivo combina arte e tecnologia em instalações interativas, projeções e ambientações sonoras. O músico Tattá Spalla criou a trilha sonora e compôs peças exclusivas para os módulos temáticos.
A curadoria da mostra reúne profissionais de diferentes áreas da cultura mineira. Participam Fernanda Vianna (artes cênicas), Maurício Tizumba (música), Chico Mendonça (literatura), Marcus Lontra (pintura e escultura), Mônica Cerqueira (cinema), Juliana Flores (artes urbanas), Leo Castriota e Vilmar Sousa (patrimônio histórico), Felipe Rameh e Zora Santos (gastronomia), João Uchôa (arquitetura urbana) e Ricardo Gomes (artesanato e artes populares).
Os visitantes percorrerão diferentes ambientes, entre eles: Mar de Montanhas, Praça, Estação da Música, Casa das Boas-Vindas, Casa das Janelas, Imersão Barroca, núcleo de Pintura e Escultura, módulo de Patrimônio Histórico, espaços dedicados ao Cinema e às Artes Cênicas e a seção de Arquitetura Urbana.
A exposição também oferece espaços de comercialização, como o Espaço Origem Minas, do Sebrae, e uma área dedicada a livros de receitas, reforçando a tradição gastronômica mineira.
O percurso começa com o “Mar de Montanhas”, espaço inspirado nas paisagens descritas por João Guimarães Rosa, anfitrião simbólico da mostra. A partir dali, o visitante chega à Praça, estrutura central da exposição, que abriga o Coreto, a Estação da Música, a Casa das Boas-Vindas e a Casa das Janelas.
A Praça homenageia a cultura mineira como ponto de encontro e memória. A Estação da Música exibe uma animação sonora sobre a trajetória musical do estado, destacando nomes como Milton Nascimento, Clara Nunes e Ary Barroso, além de manifestações populares como o Congado.
Na Casa das Boas-Vindas, curada por Felipe Rameh e Zora Santos, a cozinha mineira é o foco, com objetos, utensílios e ambientações típicas. Já a Casa das Janelas, sob curadoria de Chico Mendonça, explora a literatura mineira através de sete janelas simbólicas, cada uma representando uma região do estado.
O módulo Imersão Barroca propõe uma experiência sensorial inspirada na Capela do Largo do Santo Antônio, em Mariana. Projeções de afrescos, entalhes e trilha sonora barroca compõem a ambientação. A seção de Pintura e Escultura, com curadoria de Marcus Lontra, reúne obras de Amílcar de Castro, Jorge dos Anjos, Niúra Belavinha e outros artistas representativos.
O módulo de Patrimônio Histórico tem curadoria de Leonardo Castriota e Vilmar Pereira de Sousa. Ele apresenta uma cápsula imersiva com projeções sobre a formação cultural de Minas Gerais. Assim, valoriza a interação entre ser humano e natureza.
O espaço dedicado ao Cinema homenageia filmes e realizadores mineiros. A curadoria é de Mônica Cerqueira. O setor de Cenas Mineiras, por sua vez, curado por Fernanda Vianna, destaca grupos como Galpão, Giramundo e Grupo Corpo.
A mostra aborda a arquitetura urbana a partir de dois marcos: Mariana e Belo Horizonte. O espaço, sob curadoria de João Uchôa, inclui mapas, plantas e maquetes, com destaque para o Conjunto Moderno da Pampulha.
O núcleo literário inclui um livro dedicado a Murilo Rubião, autor mineiro pioneiro do realismo fantástico no Brasil. O Palco da Literatura destaca autoras como Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Adélia Prado, Carla Madeira e Lúcia Casasanta.
O setor de Artes Urbanas apresenta trabalhos de Davi Mello Santos (DMS) e Fênix, ressaltando a trajetória da arte urbana em Belo Horizonte. Grafites exclusivos foram criados especialmente para a mostra.
Ao longo do percurso, a mostra presta homenagens a ícones culturais mineiros. Entre eles estão, por exemplo, Milton Nascimento, o Clube da Esquina, Grupo Corpo, Congado, Giramundo, Dona Isabel, Noemisa, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Conceição Evaristo e Carlos Drummond de Andrade.
Publicado por Carol Braga
Publicado em 25/05/25