
Foto: Tati Motta / Divulgação.
O Maria Cutia é um dos grupos mais carismáticos de teatro de rua de BH. Ao longo da trajetória, a companhia sempre se desafiou e agora não será diferente. A nova empreitada é a montagem de Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, com a direção de Gabriel Villela.
A estreia está prevista para Julho e conforme o grupo ensaia, também esperam a colaboração do público. O modelo escolhido é o “crowfunding”, termo em inglês para “arrecadação coletiva” de recursos. Ou seja, está aberta na internet a campanha para o financiamento coletivo do projeto. Entre as recompensas tem desde discos de parceiros, a possibilidade de participar de ensaios do Maria Cutia e até show exclusivo. A expectativa é a de arrecadar R$ 40 mil para cobrir os custos da montagem. Você pode ajudar clicando AQUI.
Encontro
“Este namoro do Maria Cutia com o Gabriel já vem há alguns anos e agora começa a virar casamento”, brinca a atriz Mariana Arruda. Segundo ela, a peça chega em boa hora para comemorar os 60 anos do diretor, saudar Suassuna no meio da rua e celebrar os 13 anos do Grupo Maria Cutia. “Tudo isso no meio dessa bagunça que anda a ideia de cultura e arte no Brasil, do ideal nacionalista de moral e ética que Chicó e João Grilo podem tanto nos fazer pensar neste momento”, enfatiza Mariana.
Como ela ressalta, o grupo faz parte da geração que começou a fazer teatro por ter se encantado com “Romeu e Julieta” do Grupo Galpão com direção de Villela. O encenador mineiro já assinou mais de quarenta espetáculos ao longo de sua carreira, no Brasil e no mundo. Por isso, é mais do que uma grande inspiração para o Maria Cutia.
“Lembro-me de assistir pela primeira vez este espetáculo ainda lá em Montes Claros. Foi na praça da Catedral e do meu completo encanto pelos atores, pelas músicas, pelo figurino e por Shakespeare”, ressalta. Ademais, a escolha pelo Auto da Compadecida caiu como uma luva. “Quando o Gabriel nos propôs a ideia de montar o Auto da Compadecida, foi um delírio. Juntar a poética do Gabriel com o texto do Suassuna seria uma viagem armorial com sotaque mineiro”, explica Mariana.
Equipe
Além de Gabriel Villela, a equipe da peça é de alto nível. Lydia del Picchia, integrante do Grupo Galpão será assistente de direção, Babaya como preparadora vocal e direção musical, Fernando Muzzi também como diretor musical, José Rosa como assistente de figurino. Ou seja, é a mesma equipe que participa dos espetáculos do Galpão.
Para o Auto da Compadecida o Maria Cutia terá atores convidados. Sendo assim, entram no elenco Marcelo Veronez, Polyana Horta, Malu Grossi, Lucas De Jota, além de Leonardo Rocha, Hugo da Silva e Mariana Arruda.

Foto: Luisa Monteiro / Divulgação.
Modelo de ‘Crowdfunding’
Ter os recursos necessários para produzir uma boa peça no teatro de rua não é fácil.
Dessa maneira, uma campanha de arrecadação online coletiva de fundos econômicos foi a alternativa encontrada pelo Maria Cutia. “A proposta de financiamento coletivo é uma busca por viabilizar parte do recurso que precisamos para este pontapé inicial da montagem”, especifica Mariana.
Sendo assim, por meio do site do Evoé é possível conhecer o projeto e contribuir. “Cada contribuição é muito importante para alcançarmos a meta de custear parte desse grande projeto”, finaliza.
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