Talvez a vida de Kell Smith não seria a mesma se seu pai não lhe desse de presente uma vitrola que encontrou no lixo. Foi aos 12 anos que nela escutou ‘Falso Brilhante’, de Elis Regina. Mesmo já tendo contato com a música as canções fizeram com que artista iniciasse a carreira. Hoje, 13 anos depois, a cantora lança o primeiro disco ‘Girassol’. O show em BH está marcado para maio.
O álbum reúne 14 músicas. São cinco novas e outras já conhecidas dos primeiros EPS como ‘Respeita as Mina’, ‘Era uma Vez’, ‘Meu Lugar’ e ‘Viajar é Preciso’. Uma mescla de ritmos que perpassa entre o pop, MPB e Hip Hop.
De acordo com a artista, ‘Girassol’, é um agradecimento. “O público pode esperar muita verdade e compromisso. Eu canto para as pessoas e compartilho com elas coisas que são especiais. Trago uma variedade musical, com verdade, entrega e amor’.
Influências musicais
As melodias do CD variam entre guitarra e teclado vintage, arranjos de metais, como em ‘Ai de Mim’, ou em baladas charmosas com camadas de efeitos em piano e violão, como duas outras inéditas, ‘Capuccino’ e ‘Respira Amor’. Atingem ainda o Hip Hop puro, em métrica vocal de rap em ‘Marcianos’, a quinta música inédita do álbum.
Também ficam no pedal steel da quase ska ‘Diferentão’, nas levadas em violão, piano e vocal sublime ‘Maktub’ e ‘Nossa Conversa’. Pode ser uma MPB pop solar na linha de ‘Sete Galáxias’ ou uma mistura de R’n’B, Soul, Jazz, Hip Hop em ‘Coloridos.
Variedade de ritmos herdados de grandes nomes da música brasileira como Rita Lee , Os Multantes, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Cassia Eller, e claro, a maior inspiração, Elis Regina. Eles dominam a playlist de Kell. “Ouço sempre as mesmas músicas, mas conheço coisas novas aos poucos. Gosto de jazz e música brasileira. Entretanto, atualmente ouço a banda americana Tank And The Bangas”.
Kell se considera uma compositora que canta por consequência de suas letras. As canções do disco são assinadas por ela e tem produção de Rick Bonadio. “Faço minhas músicas para provar para as pessoas que elas não estão sozinhas. Faço as canções não para mim, e sim, para elas. Letras sobre o outro e para o outro”. Na composição a artista se inspira em Belchior.
O começo de tudo
Filha de pastores missionarios, a artista teve o contato com a música dentro de casa e na igreja. A mãe era cantora. Mas foi se encontrar na carreira musical após a chegada da vitrola em sua vida. “Quando ouvi as músicas da Elis Regina me senti como se um furacão tivesse passado por cima de mim. Meu pai me incentivou, mas mesmo assim, demorei a entender meu propósito de vida. Sou grata ainda ao meu melhor amigo que insistiu para que eu tornasse cantora”, conta.
Kell nunca fez aula e nem estudou música. Há quatro anos não sabia nem como usar microfone no estúdio. Agora é dona de um dos hits mais estourados no Brasil. ‘Era Uma vez’ já tem mais de 135 milhões de visualizações no youtube. “Ainda não caiu a ficha de tudo o que está me acontecendo. A canção é um presente todas as vezes que escuto. Fico feliz em saber que a mensagem atingiu o mundo”.
Show em BH
No dia 26 de maio, às 22h, Kell Smith vai desembarcar em Belo Horizonte para de apresentar no Km de Vantagens Hall. Esta será a primeira vez da artista na capital mineira. No set list estarão algumas canções do novo disco, além de grandes sucessos dos seus EPS, de Cassia Eller e Rita Lee. O Show tem duração de aproximadamente 1h40.
Kell subirá ao palco acompanhada pelo Maestro Bruno Alves (teclado), Mello Junior (guitarra), Cuca Teixeira (bateria), Fernando Rosa (baixo) e Fabio Menezes (backing vocal). “É uma honra estar em BH, poder dividir minha arte e mensagem com os mineiros. Quero mostrar as pessoas que minha música não é só entretenimento, é algo de liberta e as pessoas se sentem livres”. Para o futuro Kell adianta que os fãs podem esperar novos trabalhos e parcerias.
[culturadoriaads]