Após 10 anos, Juliana Pautilla volta aos palcos com vídeo-performance “Exília”

Ironia, provocação e confissão como forma de denunciar a estrutura machista e misógina que as mulheres estão submetidas no Brasil. Essas são algumas das manobras utilizadas pela atriz, diretora e dramaturga Juliana Pautilla na vídeo-performance Exília para falar sobre a condição de ser mulher. A ideia é desafiar a noção de feminilidade que é construída a partir do olhar masculino. Ou seja, aquele que pré-determina atitudes e comportamentos em relação ao corpo da mulher. 

A videoperformance é uma transcrição da dramaturgia da peça de mesmo nome. Em resumo, ao tratar de exílio e explorar as condições descritas anteriormente, a a atriz deixa uma pergunta. “Como sofre e ainda pratica a misoginia? Como reinventar a si mesma?”. O processo de criação durou cerca de um ano e foi viabilizado através da Lei Aldir Blanc.

Palco virtual

Como o momento atual de pandemia impede o encontro, os artistas encontraram no meio virtual uma forma de continuar se expressando. No caso de Exília, Juliana gerou uma nova percepção na transcrição da obra trazendo imagens que revelam diferentes estados subjetivos, sendo eles públicos e privados. Foram utilizadas três locações, palco, corredor de casa e a rua, e três dispositivos de imagens, câmera, celular e projeção.

Debate

Após os 40 minutos de videoperformance tem debate com Juliana Pautilla mediado pela performer e escritora Ana Luísa Santos. Juliana Pautilla é artista cênica, pesquisadora autônoma, educadora na área do corpo e musicalidade na cena. Há 20 anos atua como artista autoral e educadora em ensino formal e não formal. Além disso, tem formação e atuação artística multidisciplinar e já colaborou com diversos artistas. Conheça outros trabalhos no site. 

[O QUE] Videoperformance Exília [QUANDO] 28 de fevereiro, 19h [ONDE] Zoom com retirada de ingressos gratuitos pelo Sympla. 

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