Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Zizi Possi traz o show “Caminhos” a BH

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A cantora Zizi Possi se apresenta na capital mineira no dia 15 de junho, dentro do projeto Uma Voz, Um Instrumento

Patrícia Cassese | Editora Assistente

“Para responder a essa sua pergunta, eu teria que escrever um livro”, ri Zizi Possi, ao ser questionada sobre os critérios que direcionaram a escolha do repertório do show “Caminhos”, que a cantora traz este mês a BH. A apresentação – marcada para o dia 15 de junho, no Centro Cultural Unimed – BH Minas – insere-se no projeto “Uma Voz, Um Instrumento”, criado em 2016 pelo gestor cultural e diretor artístico Pedrinho Alves Madeira.

A cantora Zizi Possi, que se apresentam em BH no dia 15 de junho (foto Danilo Borges/Divulgação)
A cantora Zizi Possi, que se apresentam em BH no dia 15 de junho (foto Danilo Borges/Divulgação)

A iniciativa tem como proposta apresentar shows no formato acústico, com o artista sozinho no palco (se for o caso, com seu instrumento) ou tendo mais um músico como parceiro. No caso de Zizi, serão dois: Daniel Grajew (piano elétrico) e Mário Manga (cello e guitarra). “O Daniel já havia trabalhado comigo no monólogo musical À Flor da Pele, que é um espetáculo complexo e de beleza rara”, explica ela, ao Culturadoria.

“Fiquei completamente apaixonada pelo alcance dele, assim como pelo bom gosto, performance e pela enorme percepção. Esse perfil é raro e inspirador. Daniel trabalha os arranjos de formas que, na minha opinião, são surpreendentes”, salienta Zizi. Mário Manga, prossegue ela, juntou-se ao time um pouco mais tarde. “Na verdade, ele chegou depois de muito caminho andado, mas a criatividade e a performance dele são um amálgama importante – e bonito demais!”, exalta.

Para Zizi, o fato de tê-los encontrado é como encontrar “as portas abertas para uma atualização de mim mesma”. “São ‘Caminhos’ novos e deliciosos de desvendar e percorrer”, diz, fazendo uma brincadeira com o título do espetáculo que a traz de volta a BH.

Repertório

Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ivan Lins, Rita Lee, Lenine, Paulinho Moska, Zélia Duncan e Marcelo Jeneci. Estes são alguns dos compositores presentes no roteiro do show de Zizi Possi. São músicas que, afiança o material de divulgação, mesclam, com uma ótima costura dramatúrgica, baladas, bossas, rocks, canções de amor e de protesto.

Assim, o público vai poder apreciar, por exemplo, a potente e sempre atual “Podres Poderes”, de Caetano Veloso. Ou, ainda, a sempre bem vinda “O Que Será (À Flor da Pele)”, de Chico Buarque. A bela “Se Eu Quiser Falar com Deus”, de Gilberto Gil, é outra presença confirmada no repertório.

“A poesia dessa música é perfeita. Vou citar ainda ‘Paciência’, de Lenine, e ‘Quem Viu, Quem Vê’, de Marcelo Janeci e Zélia Duncan. Os arranjos delas vão mostrar ao público como as sinto. Tem que ouvir”, garante.

Para o show de Belo Horizonte, com o intuito de celebrar os dez anos do Centro Cultural do Minas Tênis Clube, Zizi Possi, a pedido da curadoria do projeto, incluirá três canções icônicas do Clube da Esquina.

Seleção

A lista também abre espaço para “Amanhece”, composição que a maneira Ana Carolina fez para Zizi Possi, e que foi gravada em 2018. Já em “O Mar me Leva”, de Zeca Baleiro, Zizi se envereda por ritmos cabo-verdianos.

Na verdade, o repertório foi escolhido a partir dos dois shows mais recentes de Zizi. Primeiramente, “À Flor da Pele”, monólogo musical que estreou em outubro de 2017, e que ela mesma citou, no início da entrevista, ao falar de seu encontro com Daniel Grajew.

O show “Ins-Pirações”, por seu turno, teve sua estreia muito próxima ao início da pandemia, em 2020. Um denominador comum entre os dois é que ambos abordavam, ainda que sob suas diferentes e respectivas óticas, os ditos “temas existenciais”.

Covid

Em março, mais precisamente, no dia de aniversário, Zizi Possi fez uma postagem em suas redes sociais, para seus fãs, falando das complicações da Covid. Mas, para felicidade geral, já em maio voltava aos palcos, para se apresentar com a filha, Luiza Possi, em shows alusivos ao Dia das Mães.

Vale lembrar que o pai de Luiza, o produtor musical e empresário Líber Gadelha, que fundou a gravadora Indie Records, faleceu no início de 2021, vítima justamente da Covid-19. “Pessoalmente, a Covid-19 deixou sequelas… A da perdas de pessoas importantes na minha vida e a respiratória, que às vezes me traz uma sensação ‘de afogamento’. Mas vou aprendendo a lidar com isso, porque a medicina, até agora, não conseguiu muito sucesso”, diz.

No entanto, Zizi Possi festeja o fato de conseguir cantar. “E como cantar traz o melhor de mim, bora fazer música e cantoria para felicidade geral”, conclui.

Próximos shows

Em tempo: neste ano, além de Zizi Possi, o projeto “Uma Voz, Um Instrumento” receberá Marcelo Jeneci (7 de julho), com show inédito; Arrigo Barnabé (30 de julho), com o espetáculo “Quero que vá tudo pro inferno”, de canções de Roberto e Erasmo Carlos; e, finalmente, Tulipa Ruiz (13 de agosto).

Serviço

“Uma Voz, Um Instrumento” apresenta Zizi Possi
Quando: 15 de junho (quinta-feira), às 21 horas
Centro Cultural Unimed – BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes)
Ingressos: R$ 80 (inteira) / R$ 40 (meia) – À venda nas bilheterias do teatro e no site Eventim
Classificação: Livre
Outras informações: (31) 3516-1360 / minastenisclube.com.br/cultura

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