Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Nathalia Dill encena clássico de Edward Albee em BH

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Em “Três mulheres altas”, montagem que ocupa o palco do Teatro Sesiminas nos dias 25 e 26 deste mês pelo projeto Teatro em Movimento, a atriz Nathalia Dill contracena com Suely Franco e Deborah Evelyn

Por Patrícia Cassese | Editora Assistente

Elenco "Três mulheres altas" foto: Pino Gomes

Talvez o fato de estar de rosto limpo, sem um traço sequer de maquiagem, tenha ressaltado  o indefectível brilho que emanava dos olhos de Nathalia Dill durante toda a entrevista concedida ao Culturadoria em pleno Dia Internacional da Mulher. 

O bate-papo teve como tema a vinda da atriz à capital mineira no final deste mês, quando ela, junto a Suely Franco e Deborah Evelyn, adentra o palco do Teatro Sesiminas para apresentar a montagem “Três Mulheres Altas”, dirigida por Fernando Philbert. Trata-se do marco inicial da turnê nacional, após ter cumprido a tradicional etapa Rio-São Paulo.

Curiosidade

esta é a segunda adaptação brasileira do premiado (inclusive com o importantíssimo Pulitzer, além do dois Tony) texto do norte-americano Edward Albee (1928 – 2016) – que, reza a lenda, trazia pitadas autobiográficas. Na primeira, levada aos palcos pouco depois da estreia oficial da norte-americana, na Broadway, o elenco trazia Natalia Timberg, Beatriz Segall e Marisa Orth. A nova versão tem dramaturgia assinada por Gustavo Pinheiro.

Em cena, Suely, Deborah e Nathália interpretam, respectivamente, as personagens A, B e C. Com mais de 90 anos, a primeira embaralha lembranças, enquanto conversa com sua advogada, C, e com sua dublê de cuidadora e dama de companhia, B. O pano de fundo é a passagem do tempo e como cada uma dessas mulheres lida com o tema “velhice” a partir de seu recorte geracional.

Aliás, embora contabilize apenas 36 anos, Nathalia Dill deixou claríssimo, na entrevista, o quanto tem consciência dos enormes desafios que essa etapa da vida impõe não só a quem a vivencia, como às pessoas que estão no entorno – provavelmente, em função do convívio com as avós, citado por ela no bate-papo. 

Não por outro motivo, pela fartura das respostas, muitas das perguntas elaboradas pela reportagem acabaram ficando de fora, dado o limite para a conversa pedido legitimamente pela própria Nathália: afinal, ela precisava dedicar um período da tarde à filha, Eva, de dois anos. 

Confira, a seguir, alguns trechos.

Como foi a sua adesão ao projeto? Você foi convidada para encarnar a personagem ou esteve envolvida desde a produção da montagem?

Na verdade, entrei como convidada. A idealização foi da produtora WB. O embrião foi quando Gustavo Pinheiro, tradutor da peça, assistiu, na Broadway, à mais recente montagem do texto, acho que em 2018. Ele ficou muito emocionado, muito tocado, e veio com essa ideia.

E o que te atraiu na iniciativa, o que te fez assentir ao convite?

O texto é muito instigante. Fiquei muito encantada com toda a ideia do projeto, com quem já estava (envolvido). Na primeira leitura, achei um texto bonito, que falava de coisas profundas. Mas, nos ensaios, conforme a gente foi avançando nas leituras, e sob a direção brilhante do Fernando Philbert, senti que era como se a gente estivesse cavando o texto, desbravando-o. Quando teve início a troca com o público, percebemos ainda mais (não só eu, como as outras atrizes) como ele é atual. E a questão do humor. Confesso que na primeira vez que li, não tinha nem percebido que seria uma comédia. Um humor mordaz, diga-se, pois toca em temas profundissimos. A peça, ela basicamente fala sobre a passagem do tempo e como cada geração lida com ela.

Foto: Pino Gomes

A gênese da iniciativa se localiza antes da pandemia? Houve algum hiato por conta do isolamento?

Sim, começou antes da pandemia, tanto que, quando eu terminei de ler a peça, já era meio pandemia, e ficou aquela confusão, tipo: “Tá, eu quero fazer, mas como é que é isso?”. Porque os teatros foram os primeiros a fechar e os últimos a voltar. Com um governo que não ajudou em nada, que quase fez a gente perder os patrocínios que já estavam contemplados. Então, além da pandemia, ainda teve um governo que não fomentou em nada a indústria cultural.

Como você definiria a sua personagem, a C, uma advogada que atende A, papel vivido por Suely Franco?

Eu faço uma representação quase que arquetípica da juventude. Como a juventude lida com o tempo, com o passado e com o futuro. E com a velhice. O que acontece é que muitas vezes o jovem não se vê naquele lugar (do idoso). Inclusive porque acha que vai ter todo o tempo do mundo, que vai ser jovem para sempre. E não só. Muitas vezes, acredita que vai ter poder sobre o que vai acontecer. Parte da juventude não acha, por exemplo, que lá na frente pode se arrepender ou se envergonhar de algo, entende que vai levantar aquela bandeira (que está empunhando) para sempre. Por vezes, acha que vai construir coisas das quais vai sempre se orgulhar. A gente acha que o futuro vai ser impecável, né?

Então, o bonito dessa peça também é ver esse recorte da juventude lidando com a realidade do que seria o passar do tempo. E pensar: ‘Será que eu vou mesmo me orgulhar de tudo?’ ‘Será que lá pra frente vou fazer coisas que nunca imaginaria fazer?’. ‘Será que vou ter atitudes que hoje em dia condeno?’. Acho bonito esse embate da “velhitude” com a juventude, de que trata a peça. 

A peça estreou no início dos anos 1990. Você acredita que essas características que enxerga em parte da juventude atravessam o passar dos anos, que elas se replicam?

Na minha percepção, talvez o que mude um pouco é que, hoje em dia, percebo que a juventude tem mais consciência sobre algumas questões, talvez pelo fato de os registros estarem mais potentes. Consciência por exemplo de que, se a gente não cuidar agora do planeta, o mundo pode piorar. Então, talvez ela não seja tão otimista como nos anos 1990. Mas, por outro lado, mantém o otimismo de que vai fazer algo, que vai conseguir mudar (a situação), ter um controle. 

E no seu caso, particular? Embora a velhice, o que entendemos como velhice, talvez a partir da quarta idade, ainda seja uma realidade distante para você, já se flagrou pensando nessa etapa da vida?

Pois é, eu acho que cada vez que o tempo passa, mais a gente vai refletindo sobre isso. Acho que se eu pensasse sobre esse tema antes dos meus 20 anos, eu não teria nem sido atriz, porque viver de arte, no Brasil, é quase uma ingenuidade. Uma loucura. Agora, com o passar dos anos, com filho, me preocupo em chegar bem, em ter uma estrutura, em me resguardar. 

Por outro lado, acho que a humanidade nunca envelheceu tanto (referindo-se à longevidade das pessoas que os avanços da medicina, aliada à tecnologia atrelada ao setor, permitem). As pessoas estão chegando mais longe. Inclusive, as gerações passadas nem tinham tanto essa referência. 

Minha avó, por exemplo, não conviveu com a avó dela. E ela faleceu com 94 anos. A minha outra avó também chegou aos 90, e as duas não tinham referências dessa idade. É tudo muito novo. A velhice de hoje em dia era um assunto novo para elas também, essas pessoas não imaginaram que fossem viver tanto. 

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Então, penso que é uma época na qual todo mundo está entendendo como é chegar lá. Tem quem diga: ‘Ah, tem que ter filho, para, quando você chegar lá, cuidar de você’. Pôxa, pera aí! Mas não seria uma injustiça? (referindo-se à pessoa sobre a qual essa tarefa já estaria sendo atribuída). E, sendo assim, e a geração atual, que está tendo menos filhos? 

Ou mesmo aqueles que não querem ter filhos? Quem vai cuidar deles no futuro? Porque, é certo, a gente vai precisar ser cuidado. E tem outra coisa: o aceitar que vai precisar ser cuidado é muito cruel também, porque a gente luta tanto para ser independente e lá pra frente não vai ser? A conta não fecha. Enfim, é isso, acho que está todo mundo tentando se entender um pouco.

Foto: Pino Gomes

Aliás, essa é uma questão que a minha família está vivendo, com toda uma geração que está indo embora…

Então, isso é o genial do texto. A gente percebe muito isso, com a temporada, a troca com o público. Que havia pessoas que eram tocadas em pontos diferentes. Do jovem a quem já é mais velho, ou de meia-idade, como a B. Ou quem está convivendo com uma pessoa mais velha. Para quem é homem, a peça bate de um jeito, para quem é mulher, de outro.

 A montagem tem muitas chaves, que vão acionando pontos diferentes. Não consigo nem dizer que tem um nicho de público ou um público-alvo. São dois atos, e o segundo é bem diferente do primeiro. Há quem fique muito tocado no primeiro, dependendo da história de vida, do momento que está passando. Outros, no segundo. 

E entendo que isso comprova a genialidade do texto, conseguir tocar em diferentes pessoas em diferentes lugares. Por isso a gente acha que, por mais que fale de um recorte da sociedade, (o texto) tem um caráter universal.

Como é a convivência com suas colegas de palco? Vocês já fizeram parte do elenco de uma mesma novela, mas em núcleos distintos, então, imagino que tenham estreitado o relacionamento agora…

Nathalia Dill: Ah, elas são muito maravilhosas. A Suely (Franco) é uma escola itinerante. Ela tem uma trajetória muito rica. É uma operária do teatro, tem um humor, uma sagacidade cênica, muito interessante. Um diapasão afinado com a plateia, sabe? (Vai ao encontro com) O que a plateia sente. E com a gente também, o nosso tempo.

É muito engraçado, porque ela não se vê de jeito algum naquele papel. Frisa que não tem nada a ver com aquela senhora, que não está tão velha assim, que não tem aquelas questões. Ela trouxe muito humor e vivacidade para a peça. Uma graça que realmente não estava ali, no texto, num primeiro momento. Foi assistindo ela fazer. Isso é o mais doido, o mais engraçado de se pensar, porque ela interpreta a personagem mais velha e foi quem trouxe a vivacidade e energia para a montagem. Foi a partir dela que a peça tomou outro rumo.

E a Deborah, ela realmente é um furacão. Quando vi a personagem dela, na primeira vez, não entendi muito bem a função. Mas quando ela foi fazendo a leitura (nos ensaios), a personagem se fez na minha frente. Foi tão incrível. Até então, o papel da jovem e o da velha, eram muito claros. Mas essa do meio… Qual era o tom? Era um personagem mais “nublado”, pra mim. E quando a Deborah fez a primeira leitura, tinha muito sentido. Muita potência. E sim, ela também tem uma energia no palco! É um lugar que ela domina. Parece que tem os poros abertos e que ocupa o teatro inteiro. Um magnetismo!

Vocês estrearam no Rio e, na sequência, fizeram São Paulo. Já passaram por outra cidade antes de Belo Horizonte?

Nathalia Dill: BH vai ser a estreia da turnê. Estreamos aqui, no Rio, no Copacabana Palace, que é um teatro que reabriu depois de ter ficado 20 e tantos anos fechado. Foi super legal, a gente teve uma troca muito bacana com o público. Quando a gente foi para São Paulo, em um teatro que tinha o dobro de capacidade de público, a peça ganhou outros aspectos. No geral, eu sinto que os espetáculos quando eles viajam, a gente (quem está envolvido) descobre chaves novas. Como se cada público as acionasse. Em São Paulo, a gente foi descobrindo outras coisas interessantes sobre o texto e sobre a nossa montagem. E agora tem essa turnê, que abre por BH.

Está feliz por voltar a BH?

Nathalia Dill: Muito feliz! Acho que vocês têm uma cultura tão forte, uma referência ao teatro, tanta arte pulsando. Minas é um estado que me encanta artisticamente. Foi realmente muito especial a recepção que tive aí, há alguns anos, quando fui também com uma peça.

A ideia é viajar durante todo este ano?

Nathalia Dill: A princípio, o que sei é que a turnê é esse mês. É o que está fechado. E talvez tenha coisas para o segundo semestre. Não sei se (a montagem) volta para o Rio… Porque uma coisa boa, mas ao mesmo tempo triste, é que a gente estava lotando, lá. E acabar a temporada assim, com algo que estava dando tão certo, e recomeçar em outra cidade. Mas em São Paulo, mais uma vez, a gente acabou a temporada quando estava superlotando. Então, os dois teatros trouxeram muito essa perspectiva de querer a volta (da peça). Esse projeto de fato é muito especial.

Paralelamente, você está tocando outros projetos?

Nathalia Dill: Por enquanto, ainda não. Estou conversando, mas, por ora, é a peça. Também estou produzindo e dirigindo um curta-metragem com amigos. 

Bem, você tem dividido seu tempo entre sua vida pessoal, o que envolve os cuidados com sua filha, e o teatro. Mas tem sobrado tempo para ler coisas, assistir a séries e filmes? Queria que compartilhasse coisas interessantes com as quais tem se deparado…

Nathalia Dill: Eu tenho lido muitos livros de autores mulheres, novas. A (mineira) Carla Madeira (do sucesso ‘Tudo é Rio”), por exemplo, é uma que tenho curtido bastante. Mas confesso que é difícil ficar lendo com uma filha pequena (risos). De séries, gosto das brasileiras, tenho visto produções super legais. As americanas também, é impossível não se atrelar a elas. 

Vi o filme “Triângulo da Tristeza” (de Ruben Östlund), e fiquei totalmente arrebatada. (A série) “White Lotus” (HBO) também. Engraçado, ambos, acho, conversam muito com a peça.

 Falam sobre a decadência, a podridão do ambiente da elite e como as mulheres estão ali, naquele ambiente. Cara, a verdade é que tudo tem me voltado para a peça.

Foto: Pino Gomes

Então, saindo agora um pouco da peça, mas ainda dentro da esfera das artes cênicas, queria que me falasse sobre sua paixão confessa pelo teatro, posto que inclusive você se formou em direção teatral…

Nathalia Dill: Na verdade, a primeira vez que eu entrei em contato com a atuação foi através das aulas de teatro na escola que cursava, por isso sempre falo como é importante ter arte nas escolas. Porque é ali que você desperta. Aí, você eleva (a arte) ao mesmo nível de outras matérias. Para mim, não havia diferença entre uma aula de teatro, uma matemática ou uma de português. Eu tinha o mesmo nível de dedicação, o mesmo peso, diferentemente das outras escolas, que às vezes nem têm aulas de teatro. Eu não fazia essa distinção de o teatro ser, sei lá, uma brincadeira, para mim, era tão sério como outra aula qualquer. E aí fui fazendo, fui me encantando.

Depois sim, fui estudar de forma extracurricular. Mas o fato de ter sido apresentado a mim dentro da grade curricular, entendo que foi importante na hora de me fazer decidir por prestar vestibular para direção teatral. Obviamente, tive o privilégio de ter tido pais que sempre me incentivaram. Cursei Direção Teatral na UFRJ, e depois, comecei a fazer testes para outras coisas. O audiovisual foi entrando aos poucos, quando entrei na TV, através da “Malhação”. Mas o teatro sempre esteve ali.

Você tem o sonho de interpretar alguma personagem em particular, nos palcos?

Nathalia Dill: Então, essa coisa do personagem é muito engraçada. Não consigo te dar essa resposta. Porque eu acho que a partir do momento que o tempo vai passando e que vou amadurecendo, as necessidades vão mudando. Então, sei lá, uma coisa que me encantava cinco anos atrás, talvez não me encante tanto agora. 

Às vezes, um livro que amei no passado, talvez agora não me agrada da mesma maneira. Assim, nunca tive essa resposta na ponta da língua. Se eu falasse que sempre quis fazer Medeia, estaria mentindo. Mas gosto muito de transitar pelo diferente, fazer algo que nunca tenha feito. Gêneros diferentes, linguagens diferentes: teatro, TV, cinema. Ou então, tipos de personagens. Tentar ir para um caminho que não tinha ido antes.

O mês de março é muito lembrado pelo Dia Internacional da Mulher, data comemorada no dia 8, mas com ações que se espraiam por todas as semanas. A peça trata da passagem dos anos, da velhice, mas queria abordar com você um outro tema – na verdade, correlato: o etarismo. Recentemente, houve uma discussão nas redes sociais sobre a entrada em cena de um novo filtro, o bold glamour, cujo uso parece reverberar uma busca, por parte de algumas mulheres, em se enquadrar nos ditos padrões de beleza, que estão muito atrelados à juventude, à ausência de rugas e vincos. O que você pensa sobre o assunto?

Nathalia Dill: Acho que essa questão (etarismo), na verdade, é universal. E, no caso, volto à peça, que, por mais que tenha sido escrita por um homem, fala muito do feminino. Do feminino que está ali, enclausurado. Que está ali sob certas condições inferiores. Acho que a gente tem essas lutas, que estão sendo travadas. E o etarismo em relação à mulher se faz presente no mundo inteiro.

Em Hollywood, enquanto o dinheiro e o poder estiverem nas mãos de homens brancos, cis e tararã, a roda vai girar sempre desse jeito. É a estrutura. O etarismo, na verdade, se manifesta desde que a mulher é jovem: a de 30 anos já não é mais a de 20, pois a de 20 que é a novinha.

Com o envelhecer, a divisão sempre foi muito clara entre o homem e a mulher. Ele ganha um ar de sabedoria, a mulher, de descuidada. Então, ela ‘tem’ que pintar o cabelo, fazer não sei o quê. E isso, na verdade, é um aprisionamento. A pergunta é: por que, se ela está natural, é vista como mal cuidada? 

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Não sei desse filtro que você citou, mas essa coisa digital… Os filtros vão deixando todo mundo perfeito, sem espinhas. Tempos atrás, assisti a um documentário de uma atriz contando que estava sem trabalho. Ela queria muito fazer um certo filme, e uma das condições (para tal) seria fazer uma intervenção estética. Isso deu um nó na minha cabeça. Porque a gente sempre atribui essa decisão ao indivíduo. Até então, eu nunca tinha pensado que isso poderia ser algo imposto. Verbalizado. 

Porque se a pessoa se submete a esse procedimento porque acha que assim vai ter mais trabalho, ok. Mas fazer uma intervenção por imposição? Isso deu um bug na minha cabeça. 

Também li uma matéria sobre “as namoradas do Tom Cruise que não envelhecem”. Ele faz o mesmo personagem (em “Missão Impossível”) há mil anos e as namoradas dele, na tela, seguem com a mesma faixa etária. Então, isso está em qualquer lugar. 

Mas sim, acho muito incrível essa onda de falar sobre o assunto. E acho muito bacana também que a protagonista da nossa montagem tenha necessariamente que ser uma mulher mais velha. Bem, na verdade, nós três somos protagonistas, mas ela é o pilar da história. Acho que essa peça tem isso de bonito. Não deixa de ser uma resistência. 

As três idades têm o mesmo peso (na história), ninguém está ali fazendo ponta para a outra. 

Mas, de um modo geral, é isso. Não acho de maneira alguma que quando você envelhece, você perde.

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Teatro em Movimento apresenta Três Mulheres Altas

Gênero: Comédia Dramática / Classificação Indicativa: 12 anos / Duração: 100 minutos

Dias/horários: 25 e 26 de março – sábado, às 20h e domingo, às 19h

Local: Teatro Sesiminas – Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia

Ingressos: Setor 1 – R$70 (inteira) e R$35 (meia) / Setor 2 – R$50 (inteira) e R$25 (meia)

Venda pelo link: https://bit.ly/3XYMgGT ou bilheteria do teatro

Meia entrada válida conforme a lei.

 

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