Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Site Almanaque do Samba resgata sambas-enredo antigos do Carnaval de BH

Oito LPs estão sendo disponibilizados no YouTube do Almanaque do Samba até o dia 14 de fevereiro

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A década de 1980 marcou o auge do desfile de escolas de samba na capital mineira. O Carnaval de passarela em BH era o segundo maior do Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. Nem São Paulo tinha essa grandeza. Pensando em recontar e preservar essa história, o site Almanaque do Samba – A Casa do Samba em Minas Gerais, desenvolveu um projeto que resgata os sambas-enredo de escolas de samba e blocos caricatos de Belo Horizonte dos anos 1980 e 1990.

“É um projeto importante na medida que chama a atenção do público para a valorização de nossa cultura. Antes da pandemia, estávamos vivendo um momento importante na cidade com o carnaval voltando a ser destaque nacional. Mas, como não vamos ter carnaval, nem desfile, resta a quem trabalha com cultura e pesquisa oferecer ao folião e foliã um pouco de história, a nossa história”, explica Zu Moreira, jornalista e idealizador do projeto Almanaque do Samba – A Casa do Samba de Minas Gerais. 

Vai funcionar assim: até 14 de fevereiro, o projeto vai disponibilizar no YouTube do Almanaque do Samba oito LPs. Eles fazem parte do acervo do sambista e radialista Carlinhos Visual. Sendo assim, cinco abordam a década de 1980 e três o início da década de 1990. “Temos a participação de importantes produtores musicais, como Milton Manhães e Ivan Paulo, na segunda metade dos anos 1980, a consolidação da Cidade Jardim e Canto Alvorada como as principais escolas naquela época, entre outras coisas”, destaca Zu Moreira. 

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Capa do disco "Carnaval Maior". Crédio: Reprodução / Divulgação Almanaque do Samba

O projeto

Em resumo, o intuito de resgatar os sambas-enredo é para que o público conheça a grandeza do que foi o Carnaval de Belo Horizonte nos anos 1980. O projeto foi idealizado pelo Almanaque do Samba, site criado em 2018 para preservar e valorizar a memória do samba nas suas mais variadas expressões. 

Além do Carnaval de passarela na capital mineira ter sido grandioso na época, Zu Moreira conta que era comum que destaques e puxadores do Rio de Janeiro viessem para desfilar na Avenida Afonso Pena. “Outro destaque era a força das escolas de samba que desciam a avenida com um contingente de três, quatro, cinco mil integrantes. Além das que ainda desfilam, Cidade Jardim e Canto da Alvorada e Bem-te-vi, tínhamos escolas importantes que hoje já não fazem parte da festa. Como a Inconfidência Mineira, fundada pelo Mestre Conga, e a Monte Castelo, fundada, entre outros, por Lourdes Bocão, mãe do baterista Esdras Neném”, relembra. 

Além disso, nessa mesma época, importantes nomes do cenário nacional e local surgiram. Como, por exemplo, Toninho Geraes, Fabinho do Terreiro, Serginho Beagá e Ronaldo Coisa Nossa.

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Zu Moreira, jornalista e idealizador do projeto Almanaque do Samba – A Casa do Samba de Minas Gerais. Foto: Beth Freitas/Almanaque do Samba

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