Neste sábado, 4 de janeiro, o Ofá, de Salvador, apresenta o show “Obatalá: Uma Conexão Salvador-África-Brasil”
Equipe Culturadoria
O CCBB BH apresenta neste sábado, 4 de janeiro de 2025, o show “Obatalá: Uma Conexão Salvador-África-Brasil”, com o Grupo Ofá. de Salvador. Composto por integrantes do Terreiro do Gantois – entre eles Iuri Passos, Yomar Asogbá e Luciana Baraúna – o grupo vai apresentar as músicas do seu repertório de cânticos aos orixás. Tal qual, composições de Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Donato, Nelson Rufino e Zeca Pagodinho. Além das músicas de seus discos, eles vão tocar, pela primeira vez, algumas canções da música popular brasileira. Entre elas, “Emoriô” (Gilberto Gil/João Donato) e “Milagres de um povo” (Caetano Veloso). A iniciativa tem acesso gratuito.
Além do show, o grupo realizará duas oficinas no domingo, dia 5 de janeiro. Às 14h30, acontece a Oficina de Dança Afro, coordenada por Luciana Baraúna — cantora, professora, bailarina e coreógrafa. Em seguida, às 17h, a Oficina de Percussão, com Iuri Passos, diretor musical do Ofá, arranjador, produtor e mestre em Etnomusicologia pela UFBA. São até 20 participantes por oficina. Inscrições pelo e-mail: [email protected] até o dia 2 de janeiro. Os inscritos receberão confirmação.
A apresentação
No show, a música sacra afro-brasileira é representada pelos orikis (forma poética nagô-iorubá), invocações cantadas em iorubá, com toques ancestrais dos atabaques considerados sagrados, em conjunto com arranjos e elementos da música brasileira. “Nós experimentamos também, indo além das harmonias do terreiro, a busca pelo espaço da nossa música negra e popular” afirma o diretor musical Iuri Passos, a respeito da musicalidade do grupo Ofá. A convidada especial do show é a cantora lírica Irma Ferreira, considerada uma integrante do grupo, diz que esse encontro vai além do técnico e do preciosismo. “Nós temos um respeito e uma irmandade que vem para a música também”.
União de vozes e ancestralidade
Com mais de 20 anos de existência, o grupo Ofá tem 12 integrantes. A proposta é uma fusão dos instrumentos percussivos com baixo, guitarra e piano, além dos seus cantores. “O nome ‘Ofá’ quer dizer “união de vozes que não ecoam somente ritmos e acordes, mas também histórias, ancestralidades e amor, nossa palavra-chave”, afirma um de seus fundadores, Yomar Asogbá.
O grupo já lançou dois discos: “Odum Orim: Festa da Música de Candomblé” (2000) e “Obatalá – Homenagem a Mãe Carmem” (2019). Este último, com produção de Flora Gil, tem participações de nomes como Alcione, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Gal Costa, Gilberto Gil, Ivete Sangalo, Jorge Ben Jor, Marisa Monte e Zeca Pagodinho, entre outros. Em 2020, o Ofá recebeu a indicação ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa. O álbum, com 17 músicas, busca preservar os cânticos sagrados de matriz africana, com cada convidado fazendo referência a um Orixá.
Oficina de Dança Afro
Luciana Baraúna, vocalista da Ofá, ministra a oficina de Dança Afro. A iniciativa tem como base a técnica dos corpos das mulheres negras do candomblé da Bahia. A prática terá música ao vivo, seguindo a linha tradicional na qual a conversa entre os Atabaques Hun, Hunpí, Lé e Agogô dialogam com os corpos em movimento. A oficina começa com a preparação corporal, integrando o fortalecimento, alongamento e condicionamento físico. Daí, passa por movimentos dançantes que despertam a mobilidade e a consciência corporal, fundamentada nos princípios da dança de matriz africana.
A dinâmica leva em consideração o grau de conhecimento, a idade e o tipo físico de cada participante, com movimentos personalizados. A entrada é livre para todas as idades, mediante inscrição prévia. Crianças de até 12 anos devem estar acompanhadas de um adulto responsável.
Oficina de Ritmos Afro
A oficina de percussão tem coordenação de Iuri Passos, Alagbê do Terreiro do Gantois, músico, arranjador, produtor musical e ativista social. O objetivo é ensinar as técnicas para que o participante possa tocar os ritmos de matriz africana nos atabaques. A partir dos ritmos Daró, Agèrè, Vasi, Alujá e Ijexá, a experiência pretende resgatar e difundir as culturas dos ritmos ancestrais da Bahia. A entrada é livre, mediante inscrição prévia. Crianças até 12 anos devem estar acompanhadas de um adulto responsável.
Serviço
Show “Obatalá: Uma Conexão Salvador-África-Brasil” – Grupo Ofá
Quando. Sábado, 4 de janeiro de 2025, às 20h30
Onde. Teatro I – CCBB BH – Praça da Liberdade
Quanto. Gratuitos, disponíveis no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH.
Classificação: Livre
Duração: 70 minutos
Oficina de Dança Afro com Luciana Baraúna
Dia 05 de janeiro de 2025, domingo, às 14h30
Oficina de Ritmos Afro com Iuri Passos
Dia 05 de janeiro de 2025, domingo, às 17h
Inscrições para as oficinas pelo e-mail [email protected] | enviar: nome completo, CPF, celular com ddd, data de nascimento e indicação de necessidades específicas, se houver.
Inscrições até o dia 2 de janeiro e os participantes inscritos receberão confirmação no e-mail.