Menu
Agenda Cultural

“O Som do Mundo Desmoronando”

"O Som do Mundo Desmoronando", uma produção da Graduação em Teatro da UFMG, terá três apresentações na Funarte MG, em fevereiro
Informações do Evento
Quando: 5 de fevereiro de 2025 a 8 de janeiro de 2025
Horário: 20:30
Onde: Funarte - Rua Januária - Centro, Belo Horizonte - MG, Brasil
Ingresso: Pago
Valor: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Na foto, os atores do elenco do espetáculo "O Som do Mundo Desmoronando" (Foto : @abaporuta)

“O Som do Mundo Desmoronando”, uma produção da Graduação em Teatro da UFMG, terá três apresentações na Funarte MG, de 5 a 8 fevereiro. A peça é entendida como uma travessia teatral por tempos de colapso, na qual certezas caem junto às estátuas e os sons da destruição reverberam em ecos de resistência. Com dramaturgia coletiva orientada e dirigida por Altemar Di Monteiro, a obra é livremente inspirada nos escritos de Paul B. Preciado e Achille Mbembe. Em diálogo com o conceito de disphoria, cunhado por Preciado, a peça explora a noção de inadequação para refletir sobre uma dimensão existencial que define nosso tempo e reafirmar que corpo e mundo nunca estiveram separados.

No palco, narrativas de resistência (e sua cooptação neoliberal) se entrelaçam com reflexões sobre a devastação ecológica e humana. Desse modo, temos um mosaico de utopias e descrenças que ressoam no agora. A criação toma como inspiração o cortejo zapatista realizado nas ruas México em dezembro de 2012. A partir daí, explora perguntas que ele ecoa. Por exemplo: o que é necessário desmoronar para que outro mundo possa emergir? A pergunta não é se as estátuas devem ou não cair. A questão é decidir o que fazer com os escombros.

Experiência sensorial

Com 22 atuantes em cena, o espetáculo propõe uma experiência sensorial intensa. Assim, corpos em movimento dialogam com o silêncio e um design sonoro envolvente. Projeções de vídeo expandem o espaço cênico, construindo uma paisagem vibrante e efêmera. A proposta bilíngue transcende a acessibilidade. Desse modo, busca acolher tanto corpos ouvintes quanto surdos, criando uma dramaturgia que se debruça sobre o ruir e o reconstruir, o ouvir e o não ouvir.

Conteúdos Relacionados