Misto de cafeteria e restaurante, Lina está localizado no Lourdes, na capital mineira
Por Aline Gonçalves | Colunista de Gastronomia
Aberto em setembro em Belo Horizonte, o Lina Restaurante, apesar de ter esse nome, se destaca mesmo é no menu de café da manhã ou brunch, servido em todos os dias de funcionamento (terça a domingo). Nesta parte do cardápio, há seis opções com pão, sendo quatro de toast, como a já clássica Avocado, com torradas, pasta de avocado, ovo pochê, páprica e tomatinhos confitados (R$ 34). Os Ovos Hollandaise, por sua vez, são servidos com torradas preparadas com manteiga e azeite, ovos pochê, molho hollandaise e páprica defumada (R$ 36).
Apesar de estarem em menor número, vale muito experimentar as duas opções do menu cuja base são panquecas, bem executadas, fofinhas. Em versão salgada, tipicamente norte-americana, elas vêm acompanhadas de ovos estrelados, bacon e um melaço (R$ 33). Já a sugestão doce é servida com calda de frutas vermelhas, que podem variar, e açúcar de confeiteiro (R$ 26).
Inspiração
“O menu será sempre meio a meio. Uma parte fixa, com os queridinhos dos clientes. Uma parte rotativa, para experimentar, inovar e brincar com o formato”, explica a chef Renata Queiroz, que diz preferir fazer o que gosta de comer a ter um estilo. “A inspiração vem de tudo. Lugares, pessoas, moda, etc. O cozinheiro quer ‘acertar’, então você tem de pegar suas inspirações, sua bagagem, suas pesquisas e entender e se adaptar às necessidades do mercado e ao desejo do cliente”, reflete ela. “Às vezes, seu papel é surpreender o cliente, às vezes é o cliente que te lembra sobre como algo simples ou corriqueiro também é legal pra caramba”, completa.
Renata estudou na Le Cordon Bleu, em Paris. Em sua temporada por lá, trabalhou em um restaurante premiado com uma estrela no Guia Michelin. Esteve em diferentes cozinhas, em Belo Horizonte, como a do Glouton. Já em Ouro Preto, onde nasceu, inaugurou seu primeiro restaurante, o Graciete. De volta à capital, abriu o Canja, dedicado a lámens.
Por isso mesmo, não causa estranhamento que o Lina conte também com pratos executivos e especiais, a depender do dia da semana. São receitas tradicionais, mas com um espécie de toque da chef, como o estrogonofe de frango com batata palha caseira (R$ 25) e o PF da Casa, com peite de frango grelhado, arroz, feijão carioca, farofinha de mandioca com ovo, cenoura ralada e cebolinha (R$ 23).
Bebidas
Para beber, há desde sucos especiais, como o de frutas amarelas, com maracujá, manga, laranja e água de coco (R$ 16), até café coado (R$ 8), cappuccino (R$ 12) e matchá com leite de aveia (R$ 18). Cervejas, vinhos e dois coquetéis clássicos para brunch, Mimosa (R$ 22) e Clericot (R$ 25), completam a carta de bebidas.
Espaço e nome
O Lina ocupa um espaço em frente a portaria 1 do Minas Tênis Clube, no Lourdes, com ampla varanda, mobília sóbria e cores diversas nas paredes. O nome da casa faz referência à mãe da Magali, a personagem comilona dos quadrinhos “Turma da Mônica”, que Renata lia quando criança.
Serviço
Lina Restaurante. Rua Espírito Santo, 2.324, loja B, Lourdes.
Preços consultados em novembro de 2022 e sujeitos a alteração. A colunista esteve no local a convite