A série, produzida pela Conspiração, mostra o patriarca Gilberto Gil, que acaba de fazer 81 anos, em turnê na Europa com filhos, netos e bisnetos
Patrícia Cassese | Editora Assistente
A coletiva online de imprensa com a Família Gil, realizada no último dia 15 de junho, e convocada para que os membros participantes falassem sobre a estreia da série “Viajando Com os Gil”, que acontece nesta sexta-feira, dia 30 de junho, na plataforma Amazon Prime Video; já corria há pelo menos 30 minutos quando o convidado mais aguardado pelos jornalistas (incluindo a gente, do Culturadoria) finalmente deu o ar da graça: ele mesmo, Gilberto Gil, o patriarca.
Aos 81 anos (completados, aliás, no último dia 26), Gil adentrou com a elegância costumeira a sala na qual já estavam, respondendo às perguntas, membros das gerações mais novas, entre filhos, netos e agregados. E chegou junto à mulher, Flora Gil, e às filhas, Preta e Nara. Falou pouco, mas, como de praxe, foi ponderado e certeiro. Discreto. Low profile.
“Viajando com os Gil”, produção da Conspiração Filmes, com direção de Andrucha Waddington, dá sequência a “Em Casa com os Gil”, série que aterrissou no streaming, pela mesma plataforma, no ano passado. São seis episódios, que serão exibidos em mais de 240 países e territórios.
Na Europa
Ao contrário da iniciativa anterior, quando a temporada foi gravada em Araras, com a família se preparando para a turnê, desta vez, a proposta é apresentar para o grande público os bastidores da turnê “Nós, a Gente”, realizada pela família Gil na Europa (com uma passagem pelo Marrocos, onde o grupo integrou a programação do Jazzablanca Festival). Ao todo, foram cerca de 30 pessoas da família a viajar em solo europeu e no norte da África. Junto a eles, técnicos, produtores, diretor, assessores… Gente a perder de vista, transitando estrada afora, em vários ônibus. Foram 16 apresentações em dez países, como França, Alemanha, Itália, Dinamarca, Inglaterra e Marrocos.
E vários perrengues, como instrumentos extraviados – mas, sem dúvida, o pior, a manifestação dos primeiros sintomas do que depois foi diagnosticado, em Preta Gil, como um câncer no intestino do qual ela atualmente vem tratando. Não bastasse, também um diagnóstico de pneumonia, dado a Flora Gil, e esse, já ao fim da viagem. E sim, um ou outro conflito interno, mas contornáveis. Tanto que Nara Gil assim encerrou a coletiva: “A gente é muito igual e muito diferente. Como em todas as famílias”. Ou seja, conflitos e problemas à parte, valeu (muito) a pena.
Chamarizes
Antes de falar sobre a série propriamente dita, vale lembrar que, no dia 26 (como citado, data do aniversário de Gilberto Gil, quando completou 81 anos), a Amazon Prime lançou uma versão inédita de “Aquele Abraço”, agora interpretada pelo patriarca junto a Bem Gil, João Gil, José Gil, Fran Gil, Preta Gil e Flor Gil. A nova versão do clássico (originalmente composto em 1969), vale dizer, foi gravada na cidade de Genebra, na Suíça, no bojo da turnê. Antes, precisamente no dia 15, o mesmo dia da entrevista coletiva, já havia sido lançada, em vários serviços de streaming, incluindo a Amazon Music, uma versão da música “Serafim”.
Aos jornalistas convidados, Gilberto Gil reconheceu que, desta vez, a experiência, mesmo tendo sido muito boa, se revelou um pouquinho mais complicada que as que fez anteriormente. “Porque, na verdade, essas excursões pela Europa (para os tradicionais shows, que acontecem em festivais do verão no hemisfério Norte), eu faço desde 1978. Desde 1978 (repetiu, pensativo)”. Assim, já há mais de 40 anos. E em vários tamanhos, vários modelos. “Enfim, a logística foi mais complicada. Inclusive porque eram, só da família, quase 30 pessoas, mais o grupo todo da Conspiração, da Amazon, o pessoal da filmagem, o Andrucha (diretor). Então, era mais difícil, bem mais difícil. Bem mais difícil”, tornou a repetir.
Gil ressaltou que haviam, no grupo, inclusive crianças bem pequenas – de colo, como veremos a seguir. “Enfim, foi mais complicado, mas, na verdade, ao mesmo tempo similar a todo tipo de excursão que a gente faz. Quer dizer, aquele mesmo modo de operação com mais complexidade, mais complicações”.
Os tais perrengues
Ao fim, quem mais revelou os bastidores da turnê de uma forma mais nua e crua foi mesmo Flora Gil, que, no caso, acompanhava mais atentamente tudo pelo lado da produção, sem subir ao palco. De pronto, Flora voltou ao passado e se lembrou que começou a acompanhar Gilberto Gil nas turnês pela Europa a partir do show baseado no disco “Luar (A Gente Precisa Ver o Luar)”. “Isso em 1981. À época, éramos Gil, eu e os músicos, apenas. A partir daí, eventualmente, alguns filhos mais pequeninos, como a Nara, quando já tinha uns 14 anos, iam”.
Depois, prosseguiu ela, houve uma época, já mais recente, na qual o casal passou sim, a viajar com outros membros da família, como João, José e Francisco. “Mas eles também pequeninos, na faixa dos 9, 10 anos. Era uma farra no ônibus. Mas (o núcleo central) eram os profissionais: além do Gil, os músicos contratados”, recordou.
Sendo assim, Flora lembrou-se que, do mesmo modo, a convivência era muito profissional. “Do tipo ‘vamos descer tal hora, nos encontramos lá embaixo (no hotel)’. E se tivesse que dar alguma bronca (em algum músico), ok. Era um outro tipo de relação”. A partir de dado momento, os membros da família, porém, passaram a se tornar músicos profissionais. E a querer interagir no palco com Gilberto Gil.
“Como disse, Nara, foi a primeira filha a viajar efetivamente com o pai, a trabalhar com ele. Já dos meus três filhos, o Bem foi o primeiro a demonstrar interesse por música e passou também a viajar com a gente. A Preta, por sua vez, como cantora, na carreira solo, quis se desligar do pai”, recontou Flora Gil.
Ideia de Preta Gil
Flora, aliás, compartilhou, à imprensa, que partiu de Preta Gil a ideia de fazer a turnê europeia em família, viagem essa que resulta agora na citada série “Viajando com os Gil” – razão desta matéria, e que, como já apontado, estreia nesta sexta-feira. “Então, ela ‘inventou’ isso justamente porque nunca tinha viajado com a gente em turnê. Dizia: ‘Vocês viajam, viajam, e eu fico aqui, só vendo foto, foto, foto. A gente deveria reunir a família toda’. Assim, quando ela teve a ideia, e a gente colocou todo mundo ali (para executá-la), foi um trabalho muito diferente para gente, da produção”, confessou Flora Gil.
Em tom de brincadeira, produtora parecia estar se referindo ao fato de a equipe ter, de certa maneira, que começar a pisar em ovos para eventualmente puxar a orelha de alguém, no âmbito profissional mesmo, caso necessário. “Porque não eram mais os músicos (que não pertenciam à família). Então, não podia mais falar algo porque ‘Ah, não! É meu afilhado, o Francisco, não posso falar isso pra ele‘. ‘Ih, o João, que é filho da Nara’ (referindo-se a João Gil, integrante da banda Os Gilsons, trio formado em 2018 e que se completa com José e Francisco)”, divertiu-se.
A força de Preta
E no meio de tudo, ainda teve o episódio referente à saúde de Preta Gil. “A gente não sabia que ela estava doente, embora, sim, tenha se sentido mal em duas ou três cidades”, apontou Flora. “Na verdade, ela foi muito forte em disfarçar aquela dor. (Penso que) não quis dar trabalho, então, ela se deu trabalho. A dor da doença da Preta, só ela sentiu”, disse a esposa de Gil, lembrando que o que pouco que a enteada se expressava, vez ou outra, era por frases comedidas.
Do tipo: “Não consigo fazer o show hoje, porque estou fraca”, “Estou com dor de cabeça”, “Estou com o intestino preso, a minha digestão está ruim”. “Então, a Preta até dava sinais de algo não estava bem, mas nem ela sabia exatamente o que era”, revelou Flora Gil.
Um diretor em fluxo criativo contínuo
Ao mesmo tempo, o diretor, Andrucha Waddington, ainda segundo Flora, tentava colocar um rol de ideias em prática. “Toda hora ele vinha com ideias. O Andrucha é uma máquina de ideias. Tipo: ‘Vamos pular corda’, ‘agora, montanha russa’. Nada com ele é simples, sempre uma aventura. ‘Vamos nos jogar de não sei onde'”, compartilhou Flora, com os representantes de vários veículos de imprensa.
A tudo isso, ela acrescentou, tal como Gil, o fato de o clã estar viajando com membros de várias idades. As mais novas eram as gêmeas Roma e Pina, filhas de José, o caçula de Gil e Flora, e de Mariá Pinkusfeld, cantora. As meninas nasceram em 8 de janeiro de 2021. Mariá, aliás, contou, aos repórteres, que conheceu todos os supermercados das cidades que visitaram. “Vejam, a gente viajou com dois bebês de um ano e meio. Nosso núcleo teve esse desafio específico, que envolve comida, arroz e feijão no hotel. E mercado, leite de todos os países”. O casal, aliás, chegou a comprar um forninho elétrico em Copenhague.
Outra criança a viajar com o clã foi Sol de Maria, que é a única neta de Preta Gil (é neta também do ator Otávio Müller, pai de Francisco). A menina é fruto do casamento de Francisco Gil e Laura Fernandez (vale dizer que os dois já se separaram). Sol de Maria tem, hoje, sete anos. Flora comenta: “Ela não foi com a mãe, mas estava com a avô, com a madrinha e com a namorada do pai”, disse, referindo-se, no último caso, à modelo Emile Rey.
Tempo de aparição
Ao fim, era tanta gente que Flora brincou que, após as filmagens concluídas, a dor de cabeça foi equalizar a aparição de todos na série, já na ilha de edição. A empresária e produtora até citou uma subdivisão dos Gil, em tom de brincadeira, que teria dado “dor de cabeça”: os Marílios e os Belinos. “A Malu (Miranda, head de originais da Amazon Studios no Brasil) sabe bem”, gargalhou.
No caso dos “Marílios”, ela se refere a Pedro, Gabriel e Lucas, que são filhos de Marília Gil, que, por sua vez, é fruto do casamento de Belina de Aguiar e Gilberto Gil (apenas por curiosidade, a relação como casamento durou entre 1965 e 1967). Belina, vamos lembrar, faleceu em agosto de 2019, aos 81 anos, após lutar contra um câncer. Portanto, além de mãe de Marília e Nara, é a avó de João, Pedro, Lucas e Gabriel.
Marília, filha de Belina, é citada por Flora como da ala mais “classuda” da família. “A ‘Conspira’ e própria Amazon custaram a entender a complexidade (familiar). Não é assim: ‘uma família vai viajar’. É Gil, é a Flora, os netos, os agregados. Para a gente, da produção, ainda teve esse desafio maior, que foi, ao fim, conciliar (a presença de) cada núcleo das famílias na série”.
Cansaço e preocupações
No entanto, Flora concluiu: “Mas o resultado está lá, e, pra mim, gostei. Antes de a edição ser concluída, sim, teve aquilo: ‘Ah, os Marílios não apareceram tanto, Andrucha, volta tudo’. De madrugada, a gente dizia: ‘Não, assim não dá para estrear, pelamordedeus”. E, aos jornalistas, Flora desabafou: “Pra mim, foi muito cansativo. Eu fiquei péssima”.
A preocupação com a alimentação foi um dos desgastes citados por Flora. “É que gosto de comer direitinho. Falava com o Fran: ‘A gente vai viajar, vou te levar para um lugar, você vai comer uma carne que nunca viu’. ‘Fran, tem uma batata na Bélgica que você não está acreditando’. ‘Fran tem um restaurante não sei onde’. Porque ele gosta disso. Mas nada aconteceu”, lamenta.
Nota da reportagem: neste instante, um dos membros da família comentou, ao fundo, em tom de brincadeira, que ficava, pois, a lição de nunca mais reunir tanta gente em uma única mesa. Ou então, disserem, bem humorados, para que todos sempre tivessem em mente a proposta de se dividirem, ficando, ao máximo, seis integrantes em cada, nas idas a restaurante.
Flora voltou a pegar a palavra para resumir: “A gente comeu muito mal. Eu fiquei doente ao final, muito doente. Só no final do final do final da turnê, consegui levar o João e o Fran a um restaurante, dizendo: ‘Agora vocês vão comer bem em Paris’. Mas é isso”, conformou-se.
“Quem vê cara….”
Para além da questão da alimentação, Flora Gil ponderou que, se quando Gil começou a fazer as tais turnês pela Europa, tinha a idade de 40 anos. Agora, tem 81. “O Gil tem os horários dele. Mas é isso, o grupo tinha desde crianças de um ano e meio ao Gil. A turnê foi legal? Foi maravilhosa. Valeu a pena? Super. A ideia da Preta foi boa? Foi excelente. Então, neste sentido, tudo deu certo”, definiu a mãe de Bela, Bem e José. “Mas quem vê…”, refletiu, sorrindo, certamente se referindo ao trabalho dos bastidores.
Neste momento, Flora Gil se lembrou de um episódio. “Tem um senhorzinho na Academia Brasileira (de Letras, mas ela não revelou o nome)… Um dia, falei para ele: ‘Pôxa, o senhor está com a cara tão boa’. E ele: ‘É, minha filha, quem vê cara, não vê radiografia’. (risos) Eu adorei isso! Então, quem vê isso aqui (o resultado final), não vê a radiografia”, brincou.
Preta Gil
Sobre Preta Gil, Flora também disse que acredita que, quando a enteada estiver mais “velhinha”, ao assistir à série, certamente dirá: ‘Caramba, eu fui internada em Berlim e ninguém soube o que eu tinha'”, disse, referindo-se ao fato de uma avaliação inicial dada à cantora ter sido equivocada. Pelo que os membros da família deixaram entrever, o diagnóstico inicial, dado a Preta no atendimento na citada cidade, foi de infecção alimentar.
“Então, a Preta foi muito cascuda. Porque, em determinados momentos, ela poderia muito bem ter dito: “Gente, desculpa, estou indo embora. Inventei tudo isso (a ideia da turnê), vim até aqui, mas não gostei, estou indo. Mas não”, apontou Flora. Só bem mais tarde (precisamente, no dia 10 de janeiro deste ano) veio o diagnóstico preciso: um adenocarcinoma na porção final do intestino. “E agora ela está terminando o tratamento. Mas isso nos marcou muito”.
Flora também falou sobre a pneumonia que teve. “Ao fim do último show da turnê, numa cidade da Inglaterra (o último espetáculo dos Gil foi apresentado em 31 de julho, em Malmesbury), o pessoal da produção recolheu equipamentos, material, todo mundo pegou o avião e voltou para o Brasil. Só que eu e Gil, mais Bem e Flor, e o João, nós ficamos para ‘pagar’ dois shows do Gil que haviam sido cancelados na pandemia”.
Outro chip
Assim, já era outro espetáculo no horizonte – desta vez, ‘Gil In Concert’. “E aí, o Gil teve que tirar o chip de ‘Nós, a Gente’, e colocar outro, do outro show. Fomos para fazer esses dois shows no sul da França, nós nos hospedamos em Toulouse”. As apresentações aconteceram em Saint-Clément-des-Baleines, no evento Jazz au Phare; e em Saint Nicolas de La Grave, no Festival des Voix.
“E eu comecei a passar mal ali. Tive, assim, um cansaço que não se parece comigo. Uma energia baixa. Eu dizia a mim mesma: ‘Não estou bem, não estou bem’. Certo dia, às vésperas da viagem de volta, o Bem entrou no camarim e viu que eu estava muito mal. E falou: ‘Mãe, você não pode viajar para o Brasil assim'”.
Na ambulância, com Gilda Mattoso
Como o festival na França, claro, contava com atendimento de emergência, uma médica foi convocada para avaliar Flora. “E ela me disse: ‘Olha, a senhora não pode viajar assim, tem que ir para um hospital’. Então, os demais (membros) já estavam chegando ao Brasil e eu e (a jornalista) Gilda Mattoso (assessora de imprensa de Gil), indo para um hospital na ambulância. Fiz teste para Covid, não era. Aí me disseram que eu, na verdade, estava com pneumonia. Tomei um monte de remédio. Foi difícil, mas, sim, é isso: ao fim, tudo valeu a pena”, insistiu.
Depois de todo o desabafo, Flora tentou passar o microfone a outro membro, rindo: “Agora, a gente só vai falar coisas boas. Vou passar o microfone para alguém que vá falar só coisa boa”. Foi Gilberto Gil, porém, a retomá-lo. Após alguns intervenções dos mais novos do clã, Gil lembrou que “essas coisas não chegam ao público”.
Diante da pergunta do que o público vai poder conferir na série, para além da música que já viajou para os quatro cantos do mundo, o patriarca, conciso, preferiu responder. “Estou falando do palco. Ela (a mediadora da entrevista) perguntou o que o público vai ver. A série tem (material) extra-câmera, então, tem muita coisa. Eu, falando particularmente, eu viajo para cuidar do palco”.
Preta, a sábia
Daí, veio sugestão dada por um membro dos Gil para que o microfone fosse para Preta. E foi atendida. Assim, Preta declarou: “Na série, o público vai ver a diversidade que a nossa família tem. Vai constatar o fato de sermos seres muito diferentes um do outro, mas também com muitas similaridades. Acho que tem a essência do nosso patriarca em cada um de nós, os que são músicos e os que não só: o amor pela arte e pela música, o amor que a gente tem um pelo outro. O cuidado que nós temos”.
Ela lembrou da máxima da vida em tribos. “Que é a de um cuidar do outro. Acho que isso fica muito evidente na série. A gente vai se ajudando, exaltando um ao outro. Isso é muito característico da nossa família. A série mostra a complexidade de colocar uma turnê na Europa. Todas as dificuldades. Mas mostra que, além das adversidades, a gente tem, como eu disse, esse amor pela arte e pela música. E é nesse lugar no palco que a gente se conecta e faz tudo isso valer a pena”.
O amor do público
Preta Gil comentou que todas as dificuldades citadas por Flora Gil se dissipam quando os membros da família veem o amor escancarado e a admiração que o público tem “pelo nosso pai, pelo nosso avô, pelo nosso bisavô”. “É emocionante. Acho que essa turnê é uma homenagem que a gente pode fazer para nosso pai em vida. No fundo, estamos ali, todos, de espectadores dele. Porque é uma aula de viajar com ele e ver a sua disciplina, a resiliência, toda a capacidade que ele tem de fazer com que tudo que é difícil se transforme em algo que vai parecer muito fácil. E, na verdade, para ele é, muito fácil”.
A filha de Gil e Sandra Gadelha compartilhou, com a imprensa, que, muitas vezes, voltava seu olhar para o pai e o e via em canto, “quietinho”. “Porque ele reserva muito a energia dele. Ele sabe se preservar muito bem e guardar a energia vital para o palco, que é onde (ela) é necessária. Então, é uma aula. Acho que essa é uma aula. Na nossa opinião, e a gente está falando sim, de uma família que puxa a brasa para si mesma, um dos maiores artistas desse país. Digo ‘um dos’ porque ele é muito humilde. É uma aula ver um artista atravessar tantas décadas sendo tão grande e tão generoso. E com essa família, que, ao fim, acho que demonstra tudo isso que ele é. Esse homem tão brasileiro, tão generoso, tão múltiplo”.
Preta arrematou: “Nossa família é o espelho de tudo que ele é. Isso tudo está na série, com muita emoção. Com algumas brigas, mas faz parte. É o que a gente é. O importante é que gente está passando muita verdade”.
Serviço
“Viajando com os Gil”
A série da Amazon Prime Video, em parceria com a Conspiração, estreia nesta sexta-feira, dia 30, no streaming. São seis episódios.