
Cena de "Eldorado", espetáculo que integra a Campanha de Popularização da Arte da Dança (Jhenifer Sabino/Divulgação)
No escuro e pulsante universo do Cabaré Eldorado, a noite promete ser mais do que uma fuga – é um refúgio onde a história do Brasil se mistura com o presente, onde a memória e as lutas sociais ganham corpo e voz. “Eldorado”, que estreou no contexto dos 60 anos do golpe militar, entra em cartaz de 30 de janeiro a 9 de fevereiro, no Teatro da Biblioteca Pública de MG. A agenda integra a 50ª edição da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Minas Gerais. Dramaturgia de Fábio da Mata e Rony Camargo. Direção de Rony Camargo.
A peça traz reflexões sobre as marcas deixadas pela Ditadura Militar. Tal qual, discute temas urgentes, como homofobia, racismo e as normas de masculinidade que ainda dominam as relações sociais. A trama gira em torno de um coronel do DOPS que entra no Cabaré Eldorado, um refúgio boêmio, para investigar um artista. No palco, os atores Fábio da Mata, João Cadete, Vander Lee Santos e Wemerson Guedes costuram temas como a repressão, os limites da liberdade e as lutas de diferentes grupos sociais.
E mais
Ao criar esse universo de tensões políticas e pessoais, em múltiplas camadas, “Eldorado” dá voz a personagens como Angel, uma mulher negra e trans. Do mesmo modo, às suas irmãs de/da vida, Dette e Grace, que personificam a luta por liberdade racial e sexual. A trilha sonora, de Renato Enoch, também desempenha papel essencial na obra, com arranjo inédito para a canção “Navio”, tema do espetáculo. Em algumas sessões, o público poderá conferir as participações especiais de artistas como Wagner Café, Nega Jackie e o próprio Enoch.
SERVIÇO
“Eldorado”
Quando. De 30/1 a 9/2 (quinta a domingo). Quinta: 20h | sexta e sábado: 21h | domingo: 19h
Onde. Teatro da Biblioteca Pública de MG (Praça da Liberdade, 21- Savassi)
Quanto. R$ 25, nos postos Sinparc ou pelo site Vá ao Teatro
Classificação: 16 anos
*Na compra pelo site pode haver acréscimo de taxa de serviço