
Cinema drive-in: entenda como funciona a nova moda do entretenimento
Por conta da pandemia modelo está em ascensão. Belo Horizonte deve receber dois espaços nos próximos meses
Cinema drive-in em Praia Grande - Foto: Ivan Ferreira / Divulgação
Por conta da pandemia modelo está em ascensão. Belo Horizonte deve receber dois espaços nos próximos meses
Cinema drive-in em Praia Grande - Foto: Ivan Ferreira / Divulgação
O Cinema drive-in, que se popularizou entre as décadas de 1950 e 1970, está de volta. O formato de exibição de filmes, onde se assiste às produções dentro do carro, surgiu em junho de 1933, nos EUA. Por diminuir o contato entre as pessoas, é aposta do entretenimento fora de casa em 2020. Unidades já funcionam em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Duas empresas estudam projetos para Belo Horizonte, mas ainda é proibido.
O Cinema Drive-in funciona com uma tela de exibição de filmes em um estacionamento. Os carros são manobrados em frente a ela e cada um assiste dentro do seu veículo. O som é disponibilizado por frequência de rádio ou por caixas de som espalhadas pelo percurso. Alguns oferecem serviço de bordo, banheiros, limpadores de para-brisa e recarga de bateria.
Neles, geralmente é possível comer, conversar, atender o telefone, ver o filme agarradinho, levar o bebê, cachorro e até o papagaio. Além de nem precisar se arrumar tanto assim. Faróis e luzes internas são proibidas. Contudo, cada estabelecimento segue uma norma de segurança.
Antes da pandemia do Coronavírus existia apenas um cinema drive-in em funcionamento no Brasil, o de Brasília, que continua aberto. Pouco mais de dois meses depois, surgiram novos empreendimentos. Como o Cinesystem Litoral Plaza Drive-In, de Praia Grande (SP), o Cineprime Drive-In, em Uruguaiana (RS) e o Cineplus Drive-in, em Curitiba (PR).
O de Brasília e do Praia Grande responderam por 98,8% da bilheteria do cinema nacional entre os dias 21 a 24 de maio. Os dados são do site Filme B, que também revelam que, o Cine Drive-In Brasília recebeu mais de três mil frequentadores no período. Os dados chamaram a atenção de produtores de eventos e cinema de todo o Brasil, que viram que abrir um negócio do tipo, pode dar retorno.
Sendo assim, anúncios de novos cinemas drive-in surgem a cada dia. Estão previstas para junho inaugurações no estacionamento do Taguatinga Shopping, em Brasília, e na Jeunesse Arena, no Rio. Em julho, o outro empreendimento da produtora Dream Factory chegará a oito capitais brasileiras.
Em Belo Horizonte, duas empresas já estão desenvolvendo projetos para lançar a modalidade. Uma delas é a Ponto Org Eventos, que pretende ocupar estacionamentos de shoppings da capital mineira e de outras cidades brasileiras. Já Autocine, não revelou onde será instalado na capital mineira, mas adiantou nas redes sociais que terá unidades também em Nova Lima, Betim e Brumadinho. Os projetos vão exibir filmes que estão em cartaz e alguns clássicos do cinema.
Contudo, o Cinema Drive-in ainda não é permitido em BH. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) publicou no início de maio, um decreto que suspende, por tempo indeterminado, todos os eventos no modelo drive-in.
Segundo o infectologista Estêvão Urbano, coordenador do serviço de infectologia do Hospital Madre Teresa e presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, a alternativa é criativa e segura para o entretenimento. “Contudo, tem que haver segurança e seguir algumas regras. Dessa forma, não ter aglomerações no carro, as pessoas serem do mesmo convívio, os funcionários devem ser testados e usar equipamentos de segurança”, explica.
Em relação a não permissão da prefeitura de Belo Horizonte, o infectologista recomenda que seja proposto às autoridades. “Há grandes chances de liberação se funcionar corretamente. Por fim, vale ressaltar, que é muito importante explorar mecanismo alternativos para dar opções para as pessoas se divertirem até tudo voltar ao normal”, salienta.
Publicado por Carol Braga
Publicado em 02/06/20