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Agenda Cultural

Casa do Baile é cenário de performances com acesso gratuito

Diez e Cristiano Belarmino farão performance na Casa do Baile (Foto: Leticia Diez/Divulgação)

Diez e Cristiano Belarmino farão performance na Casa do Baile (Foto: Leticia Diez/Divulgação)

Ícone da arquitetura modernista, a Casa do Baile é palco do encerramento da 13ª edição do Festival Durante

Equipe Culturadoria

Parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, a Casa do Baile será o cenário para o encerramento da 13ª edição do Festival Durante. Na sexta-feira, dia 27 de outubro, o projeto, que tem a performance como ponto central, mais uma vez irá promover a aproximação da arte com o público geral, através de três apresentações, seguida de bate papo com artistas e curadores. Assim, Diez & Cristiano Belarmino, Maria Ambuá & Izabella Coelho e Moisés da Silva Melo se apresentam a partir das 14h. Às 16h30 acontece uma bate papo com os artistas.

Programação:

13h – Abertura da casa

14h – Performances de Diez e Cristiano Belarmino, Maria Ambuá e Izabella Coelho e Moisés da Silva Melo

16:30h – Conversa com artistas, público e convidados

Em seguida, o público será convidado a seguir para o auditório da Escola de Belas Artes UFMG. Lá, acontecerão mesas de debates, das 19h às 22h30. Elas terão a presença da artiste Efe Godoy, da professora da UFMG Rita Lages e do coordenador do Durante, Cesco Napoli.

Toda a programação é gratuita, Não é preciso retirada prévia de ingressos. 

As apresentações

Digestão – Maria Ambuá e Izabella Coelho 

A performance Digestão convoca o público a uma ação coletiva (aberta e colaborativa) de debulhar, costurar, cozinhar e comer milhos crioulos, nativos brasileiros, junto às artistas.  “Evocando o trabalho de Lótus Lobo, ‘E o milho que não vingou no solo maculado pela ditadura’, abriremos a possibilidade de novas formas de reencenar narrativas político-sociais-afetivas daquele/deste tempo´. Desse modo, entendendo o milho como elemento central na história dos povos latino-americanos, bem como campo de disputa no cenário global. Assim, o milho, agora transgênico, ocupa, no Brasil, a galopante área de 77 milhões de hectares. As violências impetradas pela política colonial dominante atuam em nossos corpos, constituindo uma violência fisiológica que atenta contra a biodiversidade e o direito (amplo) à vida. Talvez não estejamos falando de uma digestão pacífica”, adiantam as artistas, conforme o material de divulgação do evento. 

Percusinos – o corpo toca os sinos, Moisés da Silva Melo 

Essa performance tem como objetivo resgatar memórias do público presente, propondo, assim, uma sonoridade que hoje quase não se escuta: o som das igrejas.

“Na intervenção, busco uma interação com o público. Assim, pego um dos sinos menores e vou tocando entre as pessoas. Algumas vezes, assim que tocar o sino, vou encostar no chão para parar o som do sino, se transformando em um corpo sem som, e que foi o nosso corpo que fez essa ligação, do sino (corpo sonoro) à terra que calou seu som, mas o nosso corpo humano ainda continua tocando” explica Moisés.

Experimentações de ócio – Tempo óbvio, Diez e Cristiano Belarmino 

Experimentações de tempo, palavras, histórias, sonhos e passos percorridos. Assim, a ação Experimentações de Ócio convida o público a percorrer alguma linha, que seja torta, dentro do tempo-espaço. “Logo, convidamos a sair do lugar comum. Que seja deitado ouvindo coisas absurdamente verdadeiras ou esperando que passe ao seu lado. O trabalho se dá em percorrer um mapa afetivo de histórias coletadas onde se faz aquilo que é o mais comum em estar em outra cidade: visitá-la. Onde devaneios, histórias, informações e programas experimentos em performance serão revelados, estão sendo espionados”, contam os artistas, também conforme o material de imprensa. 

Sobre o Durante

O “Durante” é um festival de performance que teve sua primeira edição em 2016. Ele foi criado em Belo Horizonte, por um coletivo de artistas, primeiramente com o intuito de aproximar a arte contemporânea do público geral. Assim, a cada apresentação, um espaço de tempo é demarcado. Desse modo, nele, várias performances são apresentadas simultaneamente, para, em um segundo momento, acontecer um bate papo entre os artistas, estudantes e público. Ao todo, já foram realizadas 11 edições, todas com entrada gratuita e abertas ao público. Somando, assim, a participação de mais de 50 artistas.

“O festival sempre buscou discutir questões atualizadas da arte de forma inclusiva e participativa, fomentando ações educacionais e atividades artísticas propositivas que transcendem os espaços padronizados, habituais e oficiais das artes, descentralizando o acesso à arte e ao conhecimento produzido por ela” explica Cesco Napoli, um dos idealizadores.

Assim, uma vez que o universo das artes normalmente fica restrito aos muros da academia, tem-se a possibilidade de expandir, descentralizar e dar acesso ampliado aos processos de criação e conceituação gera uma ação inclusiva – perceptiva e crítica – sobre a capacidade da arte atual atingir o público em geral. 

Serviço

Festival Durante

Onde. Casa do Baile (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha)

Horário: 14h às 18h

Entrada gratuita. Local sujeito à lotação

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