Escrito e produzido por Raphael Montes e Ilana Casoy, “Bom dia, Verônica” retorna ainda mais “explosiva” e ainda mais visceral !
Série disponível na Netflix, Bom dia, Verônica, acompanha Verônica Torres (Tainá Müller), uma escrivã da polícia, que através de uma denúncia, descobre um mundo de atrocidades. Ou seja, tem muita corrupção, estupro e tráfico de menores. E o pior: tudo vindo das pessoas mais influentes da polícia, e agora na religião. A segunda temporada estreou dia 3 de agosto. Reynaldo Gianecchini está entre as novidades do elenco e, portanto, figura chave na trama.
Novo elenco e novo vilão
Na primeira temporada, Verônica descobre quem está por trás de toda operação criminosa é Matias, vivido por Reynaldo Gianecchini. Ele adotando um olhar manipulador, um tom de voz sempre mais baixo e se coloca no pedestal de dono de tudo e de todos. São composições que fazem sentido. Ele é líder de uma igreja e que vende a imagem do salvador de todas curas.
Além do intenso vilão Matias, formam o elenco de apoio da série merece sua atenção. A antagonista de Verônica, Anita (Elisa Volpatto) está sempre no caminho da protagonista. Além dela, Prata (Adriano Garib), que atua no Instituto Médico Legal, é a figura que apoia Verô na investigação. Além deles, tem também Ângela, filha de Matias, papel vivido por Klara Castanho.
Ângela, e a importância da personagem nos dias atuais
Ângela é uma figura fundamental para o desenvolvimento da trama. Klara Castanho surpreende pela maturidade como constrói a personagem. É uma adolescente que acredita na imagem de bom moço vendida pelo próprio pai. A crise, claro, surge depois que as verdades da investigação vêm à tona. A família reproduz na ficção situação cada vez mais comum na sociedade que envolve abuso físico e psicológico envolvendo o patriarca. Cabe, aqui, claro, discussões diversas não só sobre feminicídio, como também, masculinidades tóxicas.
Representatividade e a importância do autor na obra
Além de Ângela, a série apresenta diversos personagens na comunidade LGBTQIA+ em posições de poder e de auto descoberta. Prata (Adriano Garib) é abertamente gay e casado com um redator de um dos maiores jornais da região. Tem, ainda, o filho da Verônica, que se descobre homossexual, assim como a personagem da Klara Castanho. É fundamental que a diversidade apareça de maneira naturalizada em obras audiovisuais populares, como é o caso de Bom dia, Verônica.
Sendo assim, de maneira geral, a série entrega mais um vez um mistério policial que vicia. É uma trama que prende a atenção do espectador a medida em que apresenta discussões que são fortes e contemporâneas. O que se vê em Bom dia, Verônica, está todo dia nos noticiários. Em resumo: impossível não sentir certo desconforto diante de situações tão cruéis quanto reais.
Bom dia, Verônica – Temporada 1 e 2, já está disponível na Netflix