
Bloco Circuladô
Parceria entre o Percussão Circular e o Grupo Parangolé Arte Mobilização
Bloco Circuladô FOTO Leo Salvo
Parceria entre o Percussão Circular e o Grupo Parangolé Arte Mobilização
Bloco Circuladô FOTO Leo Salvo
O bloco cênico-musical Circuladô estreia um formato inédito em seu desfile no domingo pré-Carnaval (23/2), levando música, teatro e reflexão às ruas de Belo Horizonte. A novidade deste ano é a presença de três baterias, que se revezam ao longo do cortejo, explorando uma ampla diversidade de ritmos.
Fruto da parceria entre o Percussão Circular e o Grupo Parangolé Arte Mobilização, o Circuladô celebra os 10 anos da primeira e os 25 anos da segunda iniciativa. Em sintonia com essa trajetória, o desfile tem como tema central o tempo, abordado em múltiplas dimensões – cronológica, filosófica e social.
O bloco se concentra na Avenida Getúlio Vargas, região central da cidade, e traz um repertório eclético que passeia pelo forró, axé, reggae, música pop e ritmos afros. A fusão artística inclui cerca de 500 integrantes, entre batuqueiros, músicos e atores. A bateria do Percussão Circular, maior escola de percussão e musicalização de BH, traz mais de 400 integrantes, que se alternam para surpreender o público com diferentes sonoridades e formações instrumentais.
O cortejo também traz elementos cênicos marcantes. O Grupo Parangolé conduz intervenções poéticas com um relógio de três metros de diâmetro como símbolo, refletindo sobre a passagem do tempo e suas implicações históricas e ambientais. A performance homenageia mineiros desaparecidos políticos durante a ditadura militar e discute os desafios climáticos, com destaque para a intervenção “Floresta em Pé”, liderada pela artista indígena Daru Tikuna.
Com essa fusão inovadora entre música e teatro, o Circuladô convida os foliões a sentir o presente, revisitar o passado e imaginar futuros possíveis, reafirmando sua posição como um dos blocos mais criativos do Carnaval de Belo Horizonte.
Publicado por Carol Braga
Publicado em 17/02/25