Ator, comediante, roteirista, produtor e pintor. Jim Carrey desempenha diferentes funções, mas é como comediante que ficou conhecido internacionalmente. Desde criança já mostrava aptidão para o riso e quando decidiu, de fato, trabalhar profissionalmente com isso, deslanchou. Atuou em grandes filmes como Ace Ventura, Debi e Loide, O Máscara, O pentelho, Todo poderoso e muitos outros. Entretanto, o artista também desenvolveu outras habilidades nas artes cênicas e atuou em outros gêneros cinematográficos além da televisão e dos palcos. Por isso, reunimos 5 filmes com Jim Carrey os quais são não de comédia. Dramáticos, policiais, de suspense… Aproveite o recesso do fim de ano vendo coisas diferentes.
Show de Truman, Peter Weir (1998)
O filme mostra Jim Carrey na pele de Truman Burbank, um vendedor de seguros. Ele mora com a esposa Meryl Burbank (Laura Linney), mas não sabe que desde antes de nascer todo o seu dia a dia é transmitido por câmeras. Ou seja, a vida do personagem é um grande reality show, transmitido 24 horas por dia, ininterruptamente. Dessa forma, durante a narrativa, Truman é submetido a diferentes situações para que a transmissão explore suas emoções. Como se não bastasse, o personagem vive em uma cidade-cenário que foi construída unicamente para a realização do programa.
Mas como todo ser humano desenvolve senso crítico ao longo da vida, Truman percebe um padrão no dia a dia e desconfia. Tudo começa quando ele se apaixona por uma figurante, e não pela esposa.
Quando completa 30 anos passa a ver “defeitos” na cidade, como um refletor fora do lugar e estrelas artificiais. Esses e outros fatos o fazem questionar a vida e, além disso, também perceber que tudo gira à sua volta. Bom, o filme é de 1998, então não tem spoiler se o final for revelado: o personagem consegue sair do programa. Entretanto, o que acontece até esse momento tem que ser assistido.
O show de Truman foi indicado ao Oscar a três categorias, mas não venceu nenhuma. O filme também foi aclamado pela crítica e considerado pela revista americana Popular Mechanics como um dos 10 filmes mais proféticos de ficção científica.
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O mundo de Andy, Miloš Forman (1999)
Neste filme, Jim Carrey interpreta um comediante, mas não necessariamente o filme é do gênero comédia. Trata-se de uma cinebiografia de Andy Kaufman, um ator que ficou conhecido pela comédia pouco tradicional que fazia. Ele não ganhou a simpatia do público com as suas técnicas, mas tudo mudou ao interpretar Elvis Presley e fazer piada com outros famosos. A partir daí, foi trabalhar na televisão, no seriado Táxi e participou de programas como, por exemplo, Saturday Night Live. É justamente isso que o filme mostra.
Entretanto, fazer o papel do comediante não foi tarefa fácil para Carrey. Os bastidores da filmagem do longa foram documentados, como é possível ver no documentário Jim & Andy (disponível na Netflix). A produção mostra Jim vivendo Andy Kaufman dentro e fora dos sets de filmagem. O ator não admitia ser chamado pelo nome real, por exemplo.
Cine Majestic, Frank Darabont (2001)
Década de 1950: Jim Carrey interpreta o jovem Peter Appleton, quem é um jovem roteirista de cinema ambicioso e acaba se tornando, por engano, alvo do macarthismo. A palavra é usada para acusar alguém de subversão ou traição. Ou seja, nos Estados Unidos daquela época, pessoas sofriam repressão quando era associadas ao comunismo. Dessa forma, quando Peter é acusado de seguir tal doutrina comunista ele perde o emprego e sofre um acidente de carro. Após o veículo cair dentro de um rio, o jovem é levado pela correnteza e vai parar perto de uma pequena cidade na qual é confundido com outra pessoa:
com o filho do dono da sala de cinema local que desapareceu no meio da Segunda Guerra. O jovem Appleton, agora na pele de Luke Trimble, descobre a magia do cinema ao reformar o local.
Brilho eterno de uma mente sem lembranças, Michel Gondry (2004)
Suspense psicológico, ficção científica e narrativa não linear. Esses são alguns dos ingredientes utilizados no filme de Michel Gondry, que explora a memória, o passado e os sentimentos humanos. Na trama, Clementine (vivida por Kate Winslet) e Joel (Jim Carrey) eram um casal que lutou durante muito tempo para dar certo amorosamente. No entanto, quando cansa de tentar, Clementine procura um tratamento experimental para esquecer Joel. O tratamento retira da memória momentos que eles viveram juntos. Quando fica sabendo do experimento, Joel entra em depressão e toma a mesma atitude.
Entretanto, desiste no meio do processo e começa a encaixar Clementine em momentos da lembrança que a amada não participa.
O filme tem algumas pitadas de humor. Mas a atmosfera que prevalece é a do drama. O longa foi aclamado pela crítica e ficou na posição 78 na lista dos 31 melhores filmes de todos os tempos, desenvolvida pela revista britânica Empire. E não para por aí, Brilho eterno de uma mente sem lembranças levou um estatueta do Oscar. Foi vencedor na categoria Melhor Roteiro Original.
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Crimes obscuros, Alexandros Avranas (2016)
No longa, Jim Carrey mostra mais uma vez a sua versatilidade como ator ao interpretar o policial Tadek, que investiga um caso de assassinato. Durante a investigação, ele observa semelhanças do crime em um livro de Krystov Kozlow (Marton Csokas), um escritor polonês. O policial começa, então, a pesquisar sobre a vida do escritor e de sua namora, misteriosa mulher que trabalho em um sex club. Em resumo, Tadek fica completamente envolvido e atormentado com a história. Como resultado passa a ficar imerso no submundo de mentiras, corrupção e de sexo.
Essa foi a segunda vez que Jim Carrey interpretou um filme do mundo dos thrillers, o primeiro foi Número 23 (2007).
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