Na Semana da Consciência Negra, BH recebe o Urban Afro Jazz, festival inédito de jazz e música instrumental
Equipe Culturadoria
Na semana da Consciência Negra, BH será o “terreiro” do Urban Afro Jazz, festival inédito de jazz e música instrumental que ocupa A Autêntica por três dias consecutivos. Assim, oferece shows, painéis e simpósio. O festival retoma a origem e o protagonismo negro do gênero criado pela afrodiáspora em solo norte-americano. “O evento é, antes de tudo, uma retomada e uma afirmação. É uma forma de dizer, com toda a força, que o jazz é preto. Que nasce da criatividade e da resistência do povo negro e que essa história precisa ser contada e celebrada do jeito certo, com o protagonismo que lhe é de direito”, constata Glaw Nader idealizadora e realizadora do festival.
O line-up conta com shows, de Alaíde Costa, Ifatoki Maíra Freitas, Leonardo Brasilino, Jonathan Ferr, Aláfia, Josiel Konrad, Delvon Lamarr Organ Trio, Glaw Nader e a benção de Mametu Muiandê, nos dias 19, 20 e 21/11, terça, quarta e quinta-feira, a partir das 20h. Os painéis serão nos dias 20 e 21/1, às 16h, também na Autêntica, com entrada franca, sujeito a lotação do espaço. O Simpósio será exibido nos dias 26, 27 e 28, terça, quarta e quinta-feira no canal oficial do Urban Afro Jazz no YouTube.
Reafirmação cultural
O Urban Afro Jazz nasce da inquietação da professora, doutoranda em música, cantora e compositora Glaw Nader em afirmar o protagonismo preto na arte musical. “A proposta é criar um ambiente no qual o povo negro possa se ver no palco e nas músicas, e, com isso, se sentir pertencente à cena do jazz e da música instrumental”, explica. “Assim, reafirmamos essa origem e celebramos o protagonismo negro que está no DNA do jazz. Queremos que essa história seja contada de forma autêntica, permitindo que outras pessoas negras se reconheçam nesse estilo musical. Esse reconhecimento vai além da música. É um movimento de reafirmação cultural, representatividade e ocupação de espaços”, afirma a musicista.
Confira a agenda do Urban
19/11 – terça-feira
20h – Mametu Muiandê – Mametu Muiandê ou Mãe Efigênia. É liderança máxima do Kilombo Manzo Ngunzo Kaiango, em BH e matriarca de Candomblé e Umbanda.
21h – Alaíde Costa – Aos 88 anos, a cantora carioca Alaíde Costa celebra suas sete décadas de carreira com o lançamento do novo álbum intitulado “E Agora o Tempo quer Voar”.
23h – Aláfia – Com 13 anos de atuação, o Aláfia constituiu sua identidade sonora aliada aos códigos da musicalidade negra. Na fusão de ritmos do Jazz, Soul, Funk, Rap, Samba e do Pagode, com referências ético estéticas das culturas de matriz africana do candomblé, do IFÁ e da capoeira.
20/11 – quarta-feira
20h- Ifatoki – Maíra Freitas – a prestigiada pianista, cantora e compositora traz para seu show o álbum “Ayé Òrun”, lançado em maio de 2023 que conta com 13 canções inéditas.
21h – Jonathan Ferr – pianista, compositor e cantor carioca, é um dos principais representantes do urban jazz no Brasil. Mistura elementos de jazz com influências de hip-hop, R&B, soul e música eletrônica.
23h – Josiel Konrad – o trombonista, cantor e compositor é um dos nomes da cena do jazz brasileiro, e vem se destacando com a mescla envolvente entre o jazz e o funk carioca, que se pode conferir em “Boca no Trombone”. O álbum aborda temas como a luta por igualdade, a força da comunidade, além de celebrar a rica diversidade cultural e musical do Brasil.
21/11 – quinta-feira
20h – Leonardo Brasilino – O trombonista, compositor e cantor do bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro, é um artista de múltipla linguagem atuando tanto na música de concerto quanto na música popular. Traz ao palco seu disco de estreia “Terra Brasilinis”, lançado em 2016.
21h – Glaw Nader – Lançado em 2023, o álbum “Tempo de Amor” é o repertório deste show, onde apresenta a obra de Baden a partir da perspectiva da artista dando às suas canções, uma voz negra, já que ao longo do tempo, o compositor foi eternizado por vozes brancas.
23h – Delvon Lamarr Organ Trio – Grupo americano de soul-jazz fundado em 2015. A banda lançou cinco álbuns. Seu álbum de estreia, intitulado Close But No Cigar, alcançou o primeiro lugar na parada de álbuns de jazz contemporâneo dos EUA.
Serviço
Urban Afro Jazz
Shows
Quando. 19 a 21/11, terça, quarta e quinta-feira, a partir das 21h
Onde. A Autêntica (R. Álvares Maciel, 312 – Santa Efigênia)
Quanto. Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia) e podem ser adquiridos pelo Sympla
Classificação: 16 anos
Painéis
Quando. Dias 20 e 21/11, quarta e quinta-feira, às 16h
Onde. A Autêntica (R. Álvares Maciel, 312 – Santa Efigênia)
Quanto. Ingressos: gratuitos, sujeito à lotação do espaço
Classificação: 10 anos
Simpósio
Quando. Dias 26, 27 e 28, terça, quarta e quinta-feira
Onde. Canal oficial do Urban Afro Jazz no YouTube