
A linha, de Ricardo Laganaro. Foto ARVORE Immersive Experiences
O que vem à sua cabeça quando pensa em realidade virtual? Muitos gráficos, efeitos visuais, tiros e explosões são alguns exemplos imediatos. Entretanto, há outras alternativas. Exemplo disso é a experiência A linha, de Ricardo Laganaro, que venceu o Emmy na categoria “Outstanding Innovation in Interactive Programming”, inovação em programação interativa.
O responsável pela composição da trilha sonora, Ruben Feffer (O menino e o mundo e Tito e os pássaros) participou do Show da Tarde nesta quarta, 16/09, e contou mais sobre o processo criativo. O programa vai ao ar todas as quartas-feiras no Instagram do Culturadoria.
“Esse trabalho é o oposto da realidade virtual tradicional, ele leva quem assiste para uma dimensão diferente, uma São Paulo dos anos 1940”, explica Feffer. Mesmo precisando de equipamentos para a experiência completa da produção, é possível ver que realmente é diferente do que estamos acostumados a ver. Isso porque conta a história de amor entre Pedro e Rosa, duas miniaturas que vivem dentro de uma maquete, um trabalho visualmente artesanal.
A experiência de A linha
Narrada por Rodrigo Santoro em inglês e Simone Kliass em português, A linha conta a história de um entregador de jornal que repete sempre a mesma rotina assim como todos os moradores do bairro. Quem assiste tem a possibilidade de interagir e definir ações dos personagens. “Você não muda a história, mas faz ela avançar aos poucos, empurra para frente”, destaca Ruben. Como as ações de cada espectador tem um tempo, ele tomou o cuidado para que a trilha se adequasse, criando, dessa forma, alguns loopings, por exemplo, e outros recursos para preencher musicalmente possíveis lacunas.
A cerimônia oficial de premiação do Emmy será domingo, 20 de setembro, e conta com apresentação de Jimmy Kimmel. No Brasil a transmissão é pelos canais pagos TNT e TNT Series, a partir de 21h. Além do Emmy, A linha também foi premiada como Melhor Experiência em VR (realidade virtual) no 76º Festival de Veneza.

Teuda Bara. Foto: Guto Muniz/Divulgação
Teuda Bara
A atriz Teuda Bara também participou do Show da Tarde. Ela falou sobre a web série #Querentemas e do filme-ensaio Éramos em Bando, do Grupo Galpão. Além disso, compartilhou as descobertas durante a pandemia. “Estamos reinventando o que fazer com o que tem. Em breve vamos lançar pelo Grupo Galpão um espetáculo com histórias que as pessoas mandaram sobre a quarentena. A cabeça não dá conta de ficar parada. Tem que inventar”, contou.
E dessas invenções, na próxima quinta-feira, dia 17 de setembro, às 20h, Teuda estreia a cena Embaralhada. Ela foi baseado no gatilho “Fear of missing – o medo de perder”, e faz parte da web série #Quarentemas, que será exibida no Instagram do Teatro em Movimento.
E a atriz não para! De 21 de setembro a 4 de outubro Teuda estará no filme-ensaio Éramos em Bando, no YouTube do Galpão.
No meio de tantos projetos, Bara ainda conta que tem aproveitado bem o tempo para estudar e curtir a casa. “Estou visitando bastante meu quintal. Entrei em um curso online sobre como cultivar orquídeas. Além disso, estou aprendendo a mexer com a tecnologia. Fiz um caderninho e vou anotando tudo. Eu tento fazer e vou fazer, não estou morta. É muita energia”, completou.
Energia e cultura
E foi sobre a energia do mundo e da cultura que a terapeuta multidimensional, educadora e criadora das Percepções Multidimensionais, Ramina El Shadai, falou na live. “Estou observando o papel da cultura no mundo daqui pra frente. Ela é nosso alimento. O novo mundo está construindo uma nova forma de vibrar e enxergar o que está acontecendo. E essa vibração tem tudo para alavancar a arte e cultura”, explicou.
Ainda de acordo com Ramina, “tudo que a gente perdeu, a cultura ganhou um espaço sutil. Ela não preenche um espaço utilitário, e sim, de transformação. A cultura não foi produzida na falta. Ela está em um momento de entender a vibração. Dessa maneira, quando sair ela não precisará se preocupar”.
Assista ao Show da Tarde completo.