A atriz Inês Peixoto, que apresenta "Órfãs de Dinheiro", com acesso gratuito (Flavia Canavarro/DIvulgação)
O final de semana no Teatro Marília traz atrações gratuitas, como o monólogo “Órfãs de Dinheiro”, com Inês Peixoto, e, para as crianças, “Clownstrofobia”
O Teatro Marília, um dos mais emblemáticos espaços culturais de Belo Horizonte, completa 60
anos. Para comemorar, uma programação artística especial, que combina teatro e dança, entra em cena a partir deste sábado, dia 7 de dezembro. Entre as atrações deste primeiro fim de semana, estão o monólogo “Órfãs de Dinheiro”, da atriz Inês Peixoto; e o espetáculo infantil “Clownstrofobia”, do grupo Real Fantasia. Do mesmo modo, a Mostra de Resultado do Edital “Corpo-Território”. A entrada é gratuita, mediante a retirada de ingressos pelo site Sympla. Ao longo de 2025, novas atividades serão divulgadas
dentro do calendário de celebração do aniversário do Teatro Marília.
Final de semana
“Órfãs de Dinheiro” conta a história de três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade, decorrentes da impossibilidade de autossustentação. Uma mulher vendida para exploração sexual ainda criança, uma refugiada que luta pela própria sobrevivência e a de seu bebê e uma empregada sonhadora. Trata-se de recorte das tantas realidades de vulnerabilidade vividas por mulheres do Brasil e do mundo. (Duração: 55 minutos | Classificação: 12 anos).
A programação no Teatro Marília segue no domingo, dia 8, às 16h, com uma atração para as crianças: o espetáculo “Clownstrofobia”. Nele, o grupo mineiro Real Fantasia mostra um palhaço que tem medo de palhaços. Através de jogos de improvisação e da palhaçaria teatral, o texto e a encenação vão sendo construídos, resultando numa dramaturgia vivas. Assim os atores criam uma situação imaginária para unir os universos da palhaçaria e do teatro infantil. (Duração: 55 minutos | Classificação: Livre).
Terça da Dança
No dia 10, às 19h, o “Terça da Dança”, projeto do Teatro Marília e do CRDançaBH, apresenta a mostra de resultado das pesquisas realizadas por meio do Edital Dança Corpo-Território 2024. O edital
selecionou cinco propostas que investigam a relação entre a dança, o acervo museológico do centro de Belo Horizonte e os Centros de Referência municipais.
Durante a mostra, o público que for ao Teatro Marília poderá conferir, por exemplo, “Trança, Tronco – Diálogos para Florescer”, de Marize Dinis, Danton Walison e Sílvia Guedes. Tal qual, “Corpos Afiados ou Afincados?”, de Adriana Banana, Maria Flor Guerreira, Carolina Chaves e Nadj KaiKai. E, ainda, “Zi – Zona Indeterminada”, da coreógrafa Dudude, e a instalação “Ocupação Move Concreto! Mhab”, do Grupo Contemporâneo de Dança Livre.
Sobre o Teatro Marília
O Teatro Marília nasceu como propriedade da Cruz Vermelha brasileira, e ficou sob sua responsabilidade por 15 anos. Nas décadas de 1960 e 70, foi referência para artistas, intelectuais e boêmios. No local, funcionaram também a Galeria Guignard e o bar Stage Door. Em 1980, passou a ter a administração da Fundação Clóvis Salgado. A partir de 1981, a FCS teve, como parceiros, a Associação Profissional dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão de MG; o Sindicato dos Artistas e Técnicos em
Espetáculos de Diversões e o Instituto Nacional de Artes Cênicas. E, mais tarde, a Fundação de Artes Cênicas.
Em 1991, o Teatro foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município para uso cultural. Neste mesmo ano, passou a ser administrado pela Prefeitura de Belo Horizonte, graças a um convênio firmado entre a PBH e a Cruz Vermelha, ainda proprietária do espaço. Em 2014, o Marília passou por uma restauração. Assim, ganhou mais 71 lugares, novas cadeiras e tratamento acústico. Nos últimos
três anos, o Teatro teve sua fachada restaurada e ganhou novo projeto de iluminação, além de nova mesa de luz.
Serviço
60 anos do Teatro Marília
Quando. De 7 a 10 de dezembro
Onde. Teatro Marília ( Av. Prof. Alfredo Balena, 586 – Santa Efigênia)
Quanto. Acesso gratuito mediante a retirada de ingressos neste link.
Classificação. Livre
