Especial para o Culturadoria | Por Maria Lacerda
11/12/2020 às 16:28
Menos de seis meses depois do lançamento de seu oitavo álbum, folklore, Taylor Swift surpreendeu os fãs com mais um disco. Lançado nesta sexta-feira (11/12), evermore dá continuidade ao tom melancólico e escapista anterior.
Na semana do aniversário de 31 anos da cantora – em 13 de dezembro, Swift resolveu presentear os fãs da melhor maneira. Ou seja, com música. “Desde que eu tinha 13 anos, estou animada para fazer 31 porque é o meu número da sorte ao contrário. E é por isso que eu quis surpreender a todos,” conta a artista no texto de divulgação de evermore.
Colaborações
No prólogo, Swift confessa que evermore surgiu porque ela e os colaboradores não conseguiam parar de escrever músicas. Tem muita gente envolvida nesse barco: o produtor Jack Antonoff, Aaron Dessner do The National, Justin Vernon do Bon Iver e o próprio namorado da cantora, Joe Alwyn, que assina por William Bowery.
Além dos nomes já citados, o álbum também conta com colaborações da banda HAIM na canção no body, no crime, Matthew Berninger do The National em coney island. Marcus Mumford do Mumford & Sons também faz uma aparição nos backing vocals da música cowboy like me.
Nas 15 faixas – além de right where you left me e it’s time to go, que serão disponibilizadas na versão deluxe do álbum – Taylor Swift se compromete a continuar a contar histórias, assim como em folklore. As narrativas são ricas em detalhes. A compositora constrói personagens complexos e, assim, se consolida ainda mais na nobre função.
Seguindo a técnica de storytelling, presente desde seu primeiro álbum, Taylor Swift, de 2006, a cantora, dá nomes às personagens presentes em suas canções. Este Haim, por exemplo, é personagem principal de um assassinato misterioso em no body, no crime. Além de Dorothea, descrita por Swift como “uma garota que deixou sua pequena cidade para seguir seus sonhos Hollywoodianos.”
Apesar disso, a história mais tocante do álbum aparece em marjorie. Nomeada em homenagem à avó de Taylor, a cantora de ópera Marjorie Finlay. A canção fala sobre as lições de vida dadas pela avó, e conta com a voz da mesma nos backing vocals.
Em evermore, percebemos com mais clareza as experimentações da cantora ao misturar elementos de diversos gêneros musicais. Os traços de EDM, country e rock alternativo são marcantes e colaboram na complexa construção do álbum.
Também repetindo os feitos do anterior, willow, o primeiro single de evermore, recebeu um clipe lançado simultaneamente ao álbum. A obra visual dá continuidade à história desenvolvida no clipe de cardigan, primeiro single de folklore. O vídeo foi dirigido pela própria cantora e contou com a direção de fotografia do mexicano Rodrigo Prieto – indicado por três vezes ao Oscar de melhor fotografia, entre eles pelos trabalhos em O segredo de Brokeback Mountain (2006) e O Irlandês (2020) .
Assim como já é de costume na relação com os fãs, Swift já estava deixando pequenas pistas sobre o novo lançamento. A cantora soltou easter eggs. Por exemplo, a foto de um salgueiro – willow – e uma hera – ivy, décima música do álbum – em um post do Instagram. Além disso, deu outras dicas com nomes de algumas das músicas do nono álbum de estúdio.
Swift volta a explorar o universo de histórias e segredos trazido por folklore de maneira sensível e complexa. Mas, apesar das similaridades entre os dois álbuns lançados nesse ano, a diferença na sonoridade e as novas narrativas desenvolvidas em evermore o transformam em uma antologia. Assim, ele completa com maestria o que foi iniciado no projeto anterior.
Taylor Swift lança evermore. Foto: Republic Records/Divulgação
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