Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Stone Temple Pilots e Bush alegram os roqueiros de BH

A impressionante energia de Gavin Rossdale, do Bush, e o conjunto formado pelos irmãos DeLeo com Jeff Gutt marcaram o fim de semana em BH

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A chuva na noite do dia 17 de fevereiro não foi o bastante para deter os fãs apaixonados pelo pós-grunge em BH. O tempo cinzento até pode ser considerado o que melhor combina com o gênero musical, que surgiu após a grande influência do movimento grunge vindo de Seattle nos anos 90. Sendo assim, o estilo foi consumado por bandas como o Alice In Chains, Pearl Jam, Soundgarden e Nirvana.

Com apresentações enérgicas no KM de Vantagens Hall, as bandas Bush (inglesa) e Stone Temple Pilots (norte-americana, da Califórnia) contagiaram os presentes com os clássicos de suas discografias. A ‘Revolución Tour’ encerrou a passagem das bandas no Brasil pela capital mineira.

A abertura ficou a cargo da banda República. Os músicos são de São Paulo e defendem estilo um pouco diferente do pós-grunge: o heavy metal. Para começar a noite, o vocalista Leo Beling, dedicou a apresentação às vítimas do ocorrido em Brumadinho (MG).  O grupo também irá abrir as apresentações solo de Slash no Brasil em Maio.

Foto: Lídia Sucasas / Divulgação.

 

Foto: Lídia Sucasas / Divulgação.

 

Bush

O Bush iniciou a sua performance, como bons ingleses, poucos minutos após às 20h. Logo na primeira música, ‘Machinehead’, a energia do frontman Gavin Rossdale vidrou os presentes. Ao longo da apresentação só cresceu. Com direito à subidas nos equipamentos e uma volta por todo o espaço no meio dos fãs, na pista e nas arquibancadas. Gavin certamente conquistou quem ainda não conhecia totalmente o trabalho do Bush e estava ali pelo Stone Temple Pilots.

Sucessos como ‘The Sound of Winter’, ‘Swallowed’, ‘Little Things’, ‘This Is War’ e ‘Everthing Zen’ arrancaram coros do público. Entre uma música e outra, o guitarrista Chris Traynor (que assumiu o posto após Nigel Pulsford deixar a banda em 2002) também se empolgava com a paixão de Gavin Rossdale. Em ‘Glycerine’, o pedido de Gavin foi para que os fãs ligassem as lanternas de seus celulares. Ele queria que “transformassem aquele lugar numa enorme árvore de Natal”.  Dessa maneira, o pedido foi prontamente atendido em segundos, arrancando-lhe um sorriso e elogios à cidade de BH e aos habitantes.

Ao todo foram 12 músicas. A apresentação se encerrou com ‘Comedown’. Ninguém parecia estar disposto à deixá-los ir. Gavin prometeu “retornar logo”, dando assim lugar ao Stone Temple Pilots. O segundo show começou por volta das 22h30 com os irmãos veteranos Robert (baixo) e Dean DeLeo (guitarra) aparentemente contentes.

 

Foto: Lídia Sucasas / Divulgação.

 

Stone Temple Pilots

O novo vocalista do Stone Temple Pilots, Jeff Gutt, assume a difícil tarefa de ocupar o lugar vago por Scott Weiland (morto em 2015) e Chester Bennington (também frontman do Linkin Park, morto em 2017). Faz bem as honras do posto. Revelado pelo programa The X-Factor, Jeff desceu como Gavin Rossdale para encontrar os fãs na pista. Dessa maneira, deu seu toque à banda com pequenas danças em ‘Vasoline’ e ‘Interstate Love Song’.

Os sucessos ‘Plush’ e ‘Creep’ vieram no meio da setlist. Dessa maneira, as canções revelaram o maior desafio para Jeff: o tom semelhante ao de Weiland e o fato de que ele sempre será comparado ao fundador do STP. Por exemplo, este também é o desafio enfrentado igualmente por William DuVall, do Alice In Chains, que carrega o peso do posto de ninguém menos que Layne Staley, mas o faz com maestria. A indicação do Alice ao Grammy pelo álbum ‘Rainier Fog’ é uma grande prova disso.

O retorno do STP após a lacuna deixada por Chester Bennington tem tudo para ter excelentes frutos. A turnê em parceria com o Bush passará pela Argentina na terça-feira, 19, e pelo Chile na quinta, 21.

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