Campeão na bilheteria americana logo na estreia, A Freira é um spin-off de Invocação do Mal 2 (2016). Chegou ao cinema cercado de expectativa já que, de certa forma, dá continuidade a elementos desta que é considerada a maior franquia de terror de todos os tempos. É o retorno da personagem que naquela ocasião andava possuída pelo demônio Valak. A freira ficou conhecida ao atormentar Lorraine (Vera Farmiga), uma famosa investigadora de fenômenos paranormais.
O longa que arrecadou US$ 53,5 milhões no primeiro fim de semana foi dirigido por Corin Hardy e escrito por James Wan e Gary Dauberman. Taissa Farmiga (que é irmã de Vera) e Demián Bichir interpretam, respectivamente, Irmã Irene e Padre Burke. Eles são convocados para solucionar um caso de suicídio. Claro que não fica nisso. Em resumo: terão que combater uma força maligna.
A trama
Toda a história se passa em um convento na Romênia. Padre Burke é chamado pelo Vaticano para investigar a história com a ajuda da noviça Irene. Ao chegar no local, Burke e Irene iniciam suas investigações. Logo descobrem que a edificação é atormentada por forças malignas. As irmãs que “vivem” ali permanecem em orações incessantes e infinitas.
No início, Irmã Irene (uma Taissa surpreendente no papel) não entende muito bem a razão de sua participação na operação. De toda forma, enquanto investiga, acaba se lembrando do passado. Ela costumava ter quando tinha visões estranhas na infância e era constantemente julgada pelo seus pais como possuída pelo demônio.
Continuação
Diferente de Invocação do Mal 1 e 2, A Freira tem um roteiro mais movimentado. Novos fatos encorpam o roteiro e, assim, faz com que o estado de alerta do espectador se mantenha presente por mais tempo. Como é tradição em longas do gênero, que envolvem exorcismo e fenômenos paranormais, o desfecho é a quebra de uma maldição.
Para quem não curte spoilers, duas dicas. Preste bastante atenção nos momentos em que Lorraine e Ed Warren encerram o misterioso caso da freira. Há importantes indicativos sobre a trama e, inclusive, uma possível continuação.
Repercussão crítica
Embora no site agregador de críticas Rotten Tomatoes A Freira não tenha um bom desempenho – apenas 26% dos tomates frescos -, a performance é outra entre a crítica brasileira. Para Barbara Demerov, do site Adoro Cinema, elogiou principalmente o clima gótico e a capacidade que a franquia teve de manter uma identidade própria. “É notável a variedade que o terror pode alcançar, principalmente quando neste caso estamos falando de histórias narradas no mesmo universo”, afirmou. De acordo com Sergio Alpendre, na crítica publicada pela Folha de São Paulo, A Freira fica aquém de seus predecessores mas não faz feio. Mário Abdade, do Globo, segue a mesma linha. Para ele, o longa “é eficiente e entrega justamente o que o público que gosta desse estilo espera. Como sempre, deixa a desejar no conteúdo, mas também vale dizer que quem embarca num trem fantasma só quer mesmo ter sobressaltos a cada curva do caminho”.