Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Silvia Machete estreia a turnê de “Invisible Woman” em BH

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A cantora e compositora Silvia Machete se apresenta nesta sexta-feira, dia 26 de abril, no palco do Teatro Sesiminas

Patrícia Cassese | Editora Assistente

Já no final da gestação da primogênita, Silvia Machete, a jornalista Andrea Gouvea, mãe da futura artista, resolveu vir para Belo Horizonte, para ter, aqui, o bebê – no caso, motivada pelo fato de o irmão, obstetra, residir na capital mineira.

A multiartista Silvia Machete, que escolheu BH como a praça para estrear o novo show, "Invisible Woman" (João Wainer/Divulgação)
A multiartista Silvia Machete, que escolheu BH como a praça para estrear o novo show, "Invisible Woman" (João Wainer/Divulgação)

No entanto, logo na sequência voltou para o Rio, onde morava. E, assim, a futura cantora, compositora e performer acabou sendo registrada na cidade maravilhosa. “Ou seja, eu nasci em BH por acaso, por uma escolha da minha mãe. Assim, não tive a experiência de viver aí. Mas amo a cidade e, agora, quis priorizá-la”, conta Silvia Machete, ao Culturadoria, referindo-se ao fato de ter escolhido a capital mineira para estrear o novo show, o “Invisible Woman”.

Antes do show, o feixe de canções do álbum homônimo (chancelado pela Biscoito Fino), diga-se, chegou às plataformas no dia 19 desde mês.

“Invisible Woman”

“Invisible Woman” é o segundo volume da trilogia “Rhonda” e, mais uma vez, contempla um repertório autoral, composto em inglês por Silvia e Alberto Continentino. Há uma exceção, “Two Kites”. A canção de Tom Jobim ganhou novo arranjo, gravado em dueto com Maria Luiza Jobim.

“Rhonda”, o primeiro disco, vale lembrar, veio à luz em 2020, durante a pandemia, apresentando a persona artística por Machete criada. O álbum também teve uma edição de luxo, em vinil, com 750 exemplares autografados (os primeiros 500 esgotaram-se em vendas online). Não bastasse, as canções de “Rhonda” ganharam remixes assinados por grandes produtores.

Trilogia

“Na verdade, essa história de ter três discos, de compor uma trilogia, não foi planejada. Ocorre que a parceria com o Alberto Continentino é uma dessas coisas mágicas que acontecem”, pontua Silvia. A cantora prossegue: “Quando você encontra um parceiro de criação, tudo fica mais fácil. Então, eu tenho a sorte de ter o Alberto, que é meu parceiro nas músicas – eu escrevo as letras, ele, as músicas. E a gente coleciona sonoridades”, brinda ela.

Silvia Machete, em foto de divulgação do novo disco, de autoria de Gabriela Schmidt
Silvia Machete, em foto de divulgação do novo disco, de autoria de Gabriela Schmidt

A essa mescla, Silvia Machete adiciona o nome de Lalo Brusco, o “Dudinha”. “Que é o nosso produtor, que mixa o disco e que faz toda essa cola funcionar”. Assim, com o segundo disco já engatilhado, a artista percebeu que o projeto tinha potencial para se tornar uma trilogia. “Ou seja, o terceiro virá em algum momento”, afiança.

Em dívida com BH

Cumpre lembrar que o primeiro álbum, “Rhonda”, levou a artista a se apresentar em cidades como Paris e Nova Iorque, bem como em diversas localidades do Brasil. No entanto, por conta da pandemia, BH ficou de fora. Aliás, ela conta que um dos motivos que a fizeram bater o martelo por estrear o espetáculo aqui foi justamente esse. “Então, o show que a gente apresenta, na sexta, também inclui as músicas do ‘Rhonda 1’. Assim, estamos juntando dois shows inéditos”.

Ou seja, vai ser a primeira vez da primeira parte da trilogia em BH, e também a primeira na qual a gente vai tocar as novas canções. São blocos, que a gente está preparando. E, claro, que envolvem todo um lado de performance, pelo qual eu sou também famosa”.

Aqui, uma pausa para lembrar que, além de cantora e compositora, Silvia Machete é performer, malabarista e trapezista. Aliás, desenvolveu habilidades ao trabalhar como artista de rua nos períodos em que viveu mundo afora, em cidades como Paris e Nova York. No início da carreira, ela própria já declarou, à “Folha de S. Paulo”, que, em certa época, era conhecida como a “Silvia dos bambolês”.

O show

No novo show, a direção foi entregue à atriz, roteirista e diretora Alessandra Colassanti. Tal qual, a luz, a Wagner Pinto. “É um show super teatral e emocionante”, assegura Silvia. No palco, além de Dudinha (baixo), Silvia Machete estará acompanhada por Vitor Cabral (bateria), Conrado Goys (guitarra) e Chicão Montorfano (teclados). (abaixo, foto de Gabriela Schmidt/Divulgação)

O Moons

Para esse primeiro show, Silvia Machete convida a banda mineira Moons. Assim, os integrantes Jennifer Souza, André Travassos, Felipe D’Angelo, Bernardo Bauer, Rodrigo Leite e Pedro Hamdan voltam a se encontrar no palco (na verdade, uma nova reunião está prevista para maio, mas em evento fechado). NR. No ano passado, o grupo anunciou, em um post no Instagram, a decisão de “pausar as atividades da banda e encerrar esse belo ciclo de tantos frutos e momentos especiais”.

“Eu fiz um bloco especial para a Moons. Assim, além de cantar as músicas próprias, eles vão cantar comigo as minhas músicas. ‘Lips’, que é tema da novela ‘Todas as Flores’, ‘Carrousel’, ‘Cactus’, músicas que são do primeio álbum da trilogia, ‘Rhonda'”. Silvia Machete confessa que simplesmente se apaixonou pelo Moons. “E, por coincidência, eles também se aventuraram na poesia em outra língua, em inglês. Assim, teve essa identificação. Considero o grupo extremamente talentoso e não poderia não convidá-lo para esta estreia em BH”.

Silvia prossegue: “Na verdade, tenho me envolvido muito com a cidade, tenho muitos amigos aí, artistas, como o Leonardo Marques e o pessoal da Moons”. Felipe D’Angelo devolve os elogios. “Eu amo a Silvinha, amo o som dela e estou muito feliz com o convite. E feliz por poder cantar com ela na sexta-feira”.

Repertório

Uma curiosidade: a faixa “Salomé”, do novo disco, é uma homenageia à amada “filha de 4 patas”, a cachorrinha que foi companheira fiel da artista por 13 anos. Salomé se foi em dezembro de 2022.

Repertório:

1 – “Sentimental thief” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
2 – “Whats your name?” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
3 – “Room Service” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
4 – “Ferris Wheel” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
5 – “Invisible woman” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
6 – “September” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
7 – “Two Kites” (Antonio Carlos Jobim) Feat: Maria Luiza Jobim
8 – “Gas Station” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
9 – “Abracadabra” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)
10 – “Salomé” (Alberto Continentino/ Silvia Machete)

Além do Brasil, o álbum está sendo lançado simultaneamente no Japão e demais países da Ásia, pelo selo Think Records.

Ouça o álbumhttps://orcd.co/invisiblewoman

Confira, abaixo, o clipe de “Room Service”

Serviço

Estreia de “Rhonda – The Invisible Woman” – Silvia Machete

Quando. Sexta, 26 de abril, a partir das 21h
Onde. Centro Cultural Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia)
Quanto. Ingressos: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada) / Ingresso Promocional: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada)

Classificação Etária: 18 Anos
Tempo de duração do show: 1h30min

Instagram: @silvia.machete | @sesiculturamg

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