Por João Gabriel Batista
A espera acabou! Após 26 anos, Noel Gallagher enfim desembarcou em Belo Horizonte. E como não poderia deixar de ser, o ex-líder da banda Oasis trouxe na turnê Noel Gallagher’s High Flying Bird, tudo que havia de melhor para aqueles que apreciam a sua longa trajetória.
O show realizado no Km de Vantagens Hall, na noite deste 10 de novembro, encerra a passagem do músico inglês em terras brasileiras apresentando o disco Who Built the Moon, seu novo trabalho solo.
O público mineiro deu outro show
Afirmar que o povo mineiro está entre os mais receptivos do país não é nenhuma novidade. Entretanto, o ineditismo da ocasião intensificou ainda mais o clima de apreensão. Esteve nítido antes mesmo das luzes principais se acenderem. O êxtase foi no momento em que Noel e os outros nove músicos tomaram suas posições no palco.
O setlist pensado para a apresentação proporcionou uma viagem no tempo. A fórmula dessa sensação está na mescla entre músicas como Beautiful World, Holy Mountain e Heat of The Moment, singles de seu novo trabalho, com os clássicos Wonderwall, Don’t Look Back in Anger, Little by Little, verdadeiros hinos do Oasis, que foram cantados praticamente à capela pelos emocionados fãs da extinta banda de Manchester.
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Além de cantarem durante todo o show, milhares de fãs prestaram diversas homenagens ao vocalista. O destaque fica para a grande quantidade de pessoas que vestiam as camisetas do uniforme do Manchester City já que é clube de futebol do coração de Noel.
Nada de telões, a música disse tudo
Do ponto de vista técnico, o show de Noel Gallagher não apresentou nenhum tipo de recurso gráfico. Ou seja, não foi além do tradicional jogo de luzes. O seu grande trunfo é contar com uma banda excepcional. Dessa maneira, faz valer o melhor estilo “raiz” do rock inglês, entregando entrosamento, coesão e uma experiência sonora irretocável.
O outro destaque fica por conta da “persona” Noel Gallagher. O inglês de 51 anos prova em cada novo disco, que sua qualidade ainda lhe garantirá muitos anos de estrada. Sem abandonar o modo “turrão” de ser, o vocalista alternou entre momentos de extrema concentração e espontaneidade durante a noite.
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A mensagem final
Seguindo a programação de passagem por terras brasileiras, a banda encerrou as três horas de show com a clássica All We Need Is Love, de John Lennon e Paul McCartney. Para alguns, aquela música é apenas mais um dentre tantos sucessos cantados na noite. Para outros, um conselho valioso. Principalmente para o povo de um país que vive tempos onde a intolerância está prestes a se tornar rotina.
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