Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Livro de poesias enaltece sertão mineiro

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“O Que Eu Quero é Ficar no Sertão”, de Rodrigo Severo, reúne 34 poemas.

Patrícia Cassese | Editora Assistente

Rodrigo Severo nasceu em Belo Horizonte – portanto, como ele mesmo diz, passou a infância “envolto ao concreto, no asfalto”. Por outro lado, desde criança teve oportunidade de ir frequentemente a fazendas e sítios no interior do estado. E em meio às tantas viagens Minas Gerais afora, se deparou com muitas trilhas, cachoeiras, montanhas. “Enfim, muitos lugares lindos”, descreve. Não por outro motivo, Severo acabou se tornando um apaixonado pelo estado natal, com um olhar especial para a Serra do Espinhaço e as cidades históricas. E um pouco desta admiração, ele espraia pelos versos reunidos no livro “O Que Eu Quero é Ficar no Sertão – Poemas do Caminho”.

Severo e o livro "O que eu quero é ficar no sertão" (Lilian Severo/Divulgação)
Severo e o livro "O que eu quero é ficar no sertão" (Lilian Severo/Divulgação)

A publicação, que traz o selo da Editora Viseu. reúne 34 poemas, narrados por um caminhante andarilho e viajante. Sem destino, ele segue contando histórias e “causos”, cantarolando e admirando as belezas e amarguras do sertão.

Paixão por Minas

Antes de seguir adiante, vale voltar ao passado para situar que a paixão por paisagens levou Rodrigo Severo inclusive a fazer geografia (na UFMG). “Assim, tudo isso já vem há tempos dentro de mim, dentro do meu espírito”, diz, referindo-se à proximidade com o interior, com o sertão, com as montanhas, com as paisagens. “Logo, com as belezas naturais da nossa região, do nosso estado”. E com as erguidas pelo homem também, no caso das cidades históricas.

A vida profissional, porém, acabou levando Severo a se mudar de mala e cuia para outro país: ele estudou e trabalhou nos Estados Unidos. Do mesmo modo, teve a oportunidade de viajar por países como o México, Caribe, Argentina, Bolívia, Paraguai, Alemanha, China e Japão. Foi ao voltar que, inspirado, resolveu materializar o sentimento pelas paisagens mineiras, em especial, o sertão, por meio de poesias. Daí surgiu o livro.

O sertanejo

No entanto, é preciso frisar que na mesma dimensão do entusiasmo que direciona a paisagens, Rodrigo Severo também é um interessado em pessoas. Principalmente quando encontra nelas uma característica preciosa: a simplicidade. “Eu sempre gostei de conversar com as pessoas, os locais. Principalmente as pessoas mais simples, que são muito amorosos, têm uma simpatia enorme. Acolhem, te recebem para tomar um café, para bater um papo, conversar sobre qualquer coisa”, elogia. “São muito abertos, e isso é o que eu mais admiro nas pessoas, especialmente no sertanejo”.

Instigado a falar sobre lugares, ele, como já assinalado anteriormente, confessa sua paixão pela região da Serra do Espinhaço. “É o local que mais me atraiu ao longo das minhas andanças por Minas Gerais. E ela é imensa, começa ali, na região de Ouro Preto, e vai até a Bahia. E destacaria o vilarejo Cabeça de Boi, distrito de Itambé do Mato Dentro, na região de Itabira. Tem outro lugar que me marcou muito: a Cachoeira do Bicame e Poço do Soberbo. Quando vi pela primeira vez, perdi o fôlego. É uma longa caminhada para chegar lá, mas, nem sei dizer. Parece que o meu espírito encontrou o lugar perfeito, sabe? Eu fiquei embasbacado com a beleza e a imponência das montanhas do lugar, as cachoeiras, as águas, as rochas. Assim, esses lugares realmente serviram de inspiração para, anos depois, escrever os poemas que estão no livro.

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