Novo espetáculo do coreógrafo Guilherme Morais, “Rinoceronte Não Dá em Árvore” terá sessões gratuitas para o público
“Rinoceronte Não dá em Árvore”, novo espetáculo do dançarino e coreógrafo Guilherme Morais, será apresentado no dias 14 e 15 de outubro, nos Parque Ecológico da Pampulha em duas sessões por dia, às 10h e 11h30. O trabalho foi concebido depois de “Morte Vida Sonho”, performance apresentada em julho deste ano. Ambas obras trazem em seu elenco artistas que participaram da convocatória aberta realizada pelo coreógrafo em março, para a construção dos dois espetáculos, dentro do projeto intitulado “2 em 1”. A convocatória, vale dizer, contou com mais de 73 inscritos, com seleção final de oito artistas da área do corpo e movimento. “Trata-se de um elenco que não havia trabalhado junto antes, mas ainda assim conseguimos um nível muito interessante de entrosamento coletivo. Isso, respeitando as individualidades, que acrescentam muito no resultado final“, explica Morais.
Conforme o material de apresentação do espetáculo, o elenco de “Rinoceronte Não dá em Árvore” é o mesmo do trabalho anterior. Assim, os atores se valem da sinergia criada durante todo o processo de preparação e seguem para uma experiência cênica totalmente nova, conforme explica o coreógrafo. “Após nos dedicarmos à psiquê e as questões internas da mente humana, em ‘Morte Vida Sonho’, chegou a hora de abrir e ver o entorno, o espaço. Logo, da caixa preta do teatro vamos em busca da natureza urbana, sob a luz do sol. Parques são uma natureza refeita pelo homem, cercados e controlados por ele. Um cenário feito por natureza artificialmente“, explica Guilherme Morais.
Escolha do local
O artista conta, ainda, que a escolha de realizar “Rinoceronte Não dá em Árvore” no Parque Ecológico da Pampulha se dá pela contexto da criação do espaço. “O parque é composto por vegetação amazônica, Mata Atlântica e Cerrado, tudo convivendo ali, o que não é possível em um ambiente natural. Ali, os visitantes namoram, passeiam, totalmente alheios à história e ao contexto, à força da natureza ali presente”. Com um olhar e uma escuta ampliada, Morais e equipe perceberam que os grandes protagonistas daquele cenário são o vento e o sol. “Assim, a partir dessa observação, criamos uma obra que dialoga com essas forças tão presentes. Portanto, criando formas e movimento como grandes bolsões flutuantes, ou ondas gigantes”.
“(Tal qual) Criando imagens deslocadas da realidade de um parque ao mesmo tempo que (elas, imagens) dialogam com ele“, conclui Guilherme. Conforme também o material de divulgação, “Rinoceronte Não Dá em Árvore” é um espetáculo para toda a família. Assim, dialoga com os mais diversos públicos. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte com patrocínio do UniBH.
Para além do projeto 2 em 1
Guilherme Morais recebeu, em julho deste ano, o mérito de Honra da Câmera Municipal de Belo Horizonte pela sua relevante atuação na cultura da cidade. A láurea foi entregue pela Vereadora Iza Lourença, que também indicou todo o esforço realizado pelo coreógrafo para com a comunidade LGBTQIA+ em seus projetos artísticos. No caso, por meio de iniciativas como o espetáculo “trans” 2012, “Banda Viada” 2015 e o pioneirismo da “Dengue Duelo de Vogue” (2013) – que, aliás, comemorou dez anos com uma celebração na Praça da Liberdade.
Além da temporada de estreia esgotada do “Morte Vida Sonho” e a estreia de “Rinoceronte não dá em árvore”, Guilherme assina a assistência de direção da Marina Vianna no projeto do Oficinão do Galpão Cine Horto, assinará a criação do novo espetáculo do Ballet Jovem “Elus”. Segue em exposição com o seu projeto performático “Risco Coletivo” no CRJ- Centro de Referência da Juventude que teve parceria com o MUMO – Museu da Moda, além de ministrar seu curso semanalmente no C.A.S.A. Centro de Arte Suspensa Armatrux (Nova Lima).
“Rinoceronte Não dá em Árvore”
Direção e concepção: Guilherme Morais
Intérpretes criadores: Débora Oliveira, Julia Teles, Noreh Soares, Priscila Patta, Renata Fernandes, San, sílvia maia, Vina Amorin Jaguatirica
Quando: 14 a 15 de outubro (duas sessões por dia, 10h e 11h30 da manhã)
Onde: Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rêgo/Parque Ecológico da Pampulha (Av. Otacílio Negrão de Lima, 6061 – Pampulha)
Entrada Franca