
Djonga, em um momento da série "Resistência Negra" (João Miguel Junior/Globo/Divulgação)
Idealizada por Ivanir dos Santos, “Resistência Negra” tem apresentação de Larissa Luz, Lua Miranda e Djonga, e já está na Globoplay
Um mergulho na história da resistência negra e do movimento negro brasileiro desde a chegada dos primeiros negros sequestrados de África até os dias atuais. Essa é a apresentação de “Resistência Negra”, série documental em cinco episódios que estreou nesta segunda-feira, dia 20 de novembro, na plataforma de streaming Globoplay. De Ivanir dos Santos, com roteiro de Paulo Lins, Mariana Jaspe e Grace Passô, e direção de Mayara Aguiar, a série tem apresentação de Larissa Luz, Lua Miranda e Djonga.
Professor doutor babalaô, Ivanir dos Santos foi o mentor da iniciativa, que, desse modo aborda temas como aquilombamento, trabalho, política, cultura, religião e educação. “Resistência Negra” também conta com participações especials, como a da intelectual mineira Conceição Evaristo. Do mesmo modo, da deputada federal Benedita da Silva. E, ainda, de Julio Menezes Silva, do Ipeafro. Pesquisa de Jaqueline Neves.
Os episódios
De acordo com o site GShow, “os cinco episódios de ‘Resistência Negra’ giram em torno das etapas de construção de um carro alegórico no processo de barracão, que funciona como fio condutor do reconto e revisionismo nas diversas histórias destacadas pela série documental. Na comissão de frente, o primeiro impacto: a cena que abre o primeiro episódio tem negros dentro de um tumbeiro”. “Desta maneira africanos escravizados eram trazidos ao Brasil, dando início a uma história de mais de 300 anos de massiva exploração do povo preto no país”.

Assim tem início o primeiro episódio de “Resistência Negra”, batizado “Tecnologia Ancestral”. Desse modo, ele mostra a resistência na forma de aquilombamento, que desponta ainda no período escravocrata, e que transmuta na resistência, bandeira empunhada pelos movimentos negros atuantes hoje no país. Assim, o capítulo aponta os perseguição e as inúmeras tentativas de apagamento da identidade do povo negro.
“É Tudo o Mesmo Suor”
O segundo episódio de “Resistência Negra” leva o título: “É tudo o mesmo suor”. Acima de tudo, o documentário mostra, aqui, que o fim da escravidão não colocou um ponto final no lugar de subalternidade. Desse modo, a produção destaca líderes sociais cuja atuação tem sido fundamental para garantir tanto a manutenção dos direitos quanto eventuais avanços para o povo preto. O empreendedorismo negro no Brasil também é abarcado.
Na sequência, o terceiro episódio, “A Gente Tem um Trato”, fala sobre o reconhecimento da identidade negra. Ainda conforme material do GShow, assim, entram em cena a participação de capoeiristas como soldados na Guerra do Paraguai ou a criação do bloco Ilê Aiyê, em Salvador. Tal qual, a descriminalização da prática da capoeira.
E mais
O quarto episódio é “As Leis para a População Preta”, que aborda o encarceramento de pessoas negras, ratificando que, no Brasil, o fim da escravidão no Brasil definitivamente não trouxe igualdade de condições para negros e brancos. O quinto e derradeiro episódio de “Resistência Negra” é “Descobrir o Brasil”. Neste sentido, grupos de teatro, escritores, advogados, manifestações culturais e artistas são celebrados e, assim, ganham homenagem em um grande Carnaval.