Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Recife: dicas de passeios culturais pela capital de Pernambuco

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Confira um roteiro de dois em Recife explorando museus, exposições e toda a riqueza cultural do estado do Nordeste

por Carol Braga

Pernambucar também pode ser sinônimo de encantar. Sim, pois são memórias de puro encantamento que ficam depois de quatro dias vivendo – e explorando – a cultura de Recife e Olinda.

Cais do Sertao_Recife
Cais do Sertao_Recife

Ou seja, dá para fugir do turismo tradicional de praias e fazer um mix para ampliar seu repertório.

Cais do Sertão 

Inaugurado em 2014, o Cais do Sertão foi erguido para enaltecer justamente os hábitos e vivências sertanejas. Sendo assim, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, é um dos homenageados.

A história dele está em exposição. Tem, por exemplo, réplicas de figurinos, linha do tempo musical e muito mais. Um dos destaques, por exemplo, é uma parede com 60 matrizes de xilografia de Jota Borges. Porém, apesar disso, o Cais do Sertão vai além.

O acervo está organizado em territórios e, assim, faz um apanhado do passado e do presente do Sertão. Logo na entrada o visitante é convidado a explorar uma instalação audiovisual. O curta, com direção de Marcelo Gomes, mostra a rotina de um dia dos moradores. O contraste entre as imagens clássicas da vivência sertaneja e os hábitos contemporâneos é muito interessante.

João Cabral de Melo Neto

Além da exposição permanente, o Cais do Sertão também recebe mostras temporárias. Afinal, o que é poesia? Esteve em cartaz até o fim de dezembro de 2022. 

Com curadoria de Inez Cabral, apresenta uma detalhada linha do tempo do poeta. Contempla, principalmente, a carreira internacional como diplomata. Entre as curiosidades, por exemplo, a amizade com Miró. 

Mas a parte mais emocionante de Afinal, o que é poesia? está na instalação. O visitante é convidado a colocar um fone e, enquanto ouve o próprio João Cabral declamar, assiste a uma projeção mapeada em 360° com personagens, palavras e cores.

“Os” Brennand

A Família Brennand é uma das mais tradicionais do Recife. E é curiosa a relação do sobrenome com as artes. Atualmente são dois equipamentos culturais disponíveis para visitação e que foram fundados, respectivamente, por Francisco (1927-2019) e Ricardo Brennand (1927 – 2020). Eles eram primos e, segundo os comentários das ruas, não se davam muito bem.

É até compreensível. A relação que eles estabeleceram com as artes foi diferente. Francisco era artista mesmo. Escultor, pintor. Criou instalações urbanas que marcam a paisagem de Recife, como é o caso do Parque das Esculturas, no marco zero. A Oficina Francisco Brennand é um museu a céu aberto erguido no local onde era também o ateliê dele. 

Oficina Francisco Brennand, no bairro da Várzea, em Recife
Oficina Francisco Brennand, no bairro da Várzea, em Recife

Ao longo da carreira, Francisco criou uma linguagem própria e, como legado, deixou o espaço. A paisagem tem um verde que destoa da visão convencional por lá. As obras geram, em um primeiro momento, certo estranhamento, mas isso faz parte. O lugar é muito bonito e vale a visita. 

Colecionismo

Diferentemente do primo, Ricardo era um colecionador. Começou a juntar coisas quando ganhou o primeiro canivete na infância e depois nunca mais parou. Para abrigar o curioso e imenso acervo, construiu castelos no bairro da Várzea, em Recife. É uma combinação bem maluca de armas brancas, armaduras medievais, pinturas, xícaras e a maior coleção particular de pinturas de Frans Post no mundo. 

Tem muitas peças inusitadas. Muitas mesmo. Particularmente, chamou a atenção a vitrine com mais de mil xícaras de diversos modelos, épocas e estilos. Entre elas, por exemplo, tem as de bigode. Ou seja, a porcelana tem tipo uma pontezinha para os homens não molharem os longos bigodes do passado. 

Instituto Ricardo Brennand em Recife
Instituto Ricardo Brennand

As pontes

Outro passeio interessante em Recife é pelos rios Capibaribe e Beberibe. O circuito, operado pela Catamaran Tours, nos leva pelo mar e também pelos rios para apreciar três pontes da cidade. E há uma tradição: dizem que passar debaixo das pontes dá sorte. Podemos fazer pedidos e também barulho para que os desejos se realizem. 

Gastronomia

Como toda cidade grande, a gastronomia do Recife também é variada, inventiva e contemporânea. Algumas dicas: para quem gosta dos sabores peruanos, não deixe de ir ao Chiwake. Para os fãs da culinária japonesa, por exemplo, o Quina do Futuro é imperdível. Agora, se você curte uma parada mais moderna, e estiver hospedado na região de Boa Viagem, aposte no Vetro e não vai se arrepender. Por fim, se quiser a praticidade de um shopping, o Villa vai te atender muito bem! 

Onde fiquei

Park Hotel

Onde comi

Chiwake

Vetro

Quina do Futuro

Villa

A viagem foi feita a convite da Secretaria de Estado de Turismo de Pernambuco em parceria com a Associação Brasileira das Agências de Viagem, (Abear).

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