Realizado pela Cóccix Cia, o Ponta a Pé Cultural traz, ao público, 39 atividades multiculturais, artísticas e de formação, em nove bairros da regional Venda Nova
“Periferia das Artes”. Este foi o tema escolhido para nortear a programação da 11ª edição do Festival Ponta a Pé Cultural. O evento, realizado pela Cóccix Cia. Teatral, terá vez entre os dias 4 e 24 de abril e vai oferecer, ao público, 39 atividades multiculturais distribuídas em nove bairros da regional Venda Nova. Todas as atividades são gratuitas.
A agenda do Ponta a Pé se desenvolve ao longo de 20 dias. Ela abarca ações formativas e apresentações artísticas multiculturais. As atividades serão realizadas por artistas e agentes culturais atuantes em todos os territórios da capital mineira. Sendo assim, mesmo sendo realizado na regional Venda Nova, o evento se torna capaz de gerar impactos positivos em todas as regionais. Tal qual, permite que o público possa acessar diversas produções que estão sendo pensadas por toda a cidade.
Programação
Nesta 11ª edição do Ponta a Pé Cultural, as ruas, praças, associações comunitárias, quadras e espaços socioculturais públicos e privados vão virar palcos. Assim, os moradores de Venda Nova – bem como todo o público belo-horizontino – estão convidados a assistir e a vivenciar atividades das áreas de teatro, circo, dança, música, literatura, artes visuais, audiovisual e patrimônio. Tal qual, ações formativas destinadas ao público, agentes culturais e artistas.
Fortalecimento
Idealizador e coordenador do Festival Ponta a Pé Cultural, Rogério Gomes lembra que, ao longo das 11 edições, o festival tem colaborado muito para o fortalecimento das bases de produção de grupos e artistas de toda a cidade de Belo Horizonte. “Principalmente para agentes culturais localizados na região de Venda Nova. Desse modo, além de gerar renda e empregabilidade, a Cóccix Cia. Teatral, junto a artistas de diversos setores, estabeleceu uma rede de fortalecimento. Assim, por meio dela, ocorre um mapeamento dos agentes culturais. “E, neste sentido, é possível promover ações capazes de incrementar o trabalho que esses artistas e coletivos culturais desenvolvem”.
O tema
A curadoria desta edição do Ponta a Pé norteou as escolhas artísticas tendo como base o tema “Periferia das Artes”. Desse modo, a programação traz artistas e agentes culturais cujas criações primeiramente apontam para uma excelência artística. Tal qual, pela capacidade de promover reflexões acerca do atual contexto histórico, cultural e político. Bem como por retratar, nas obras, a pluralidade social, lançando luz a histórias protagonizadas por pessoas comuns. Ou seja, pessoas que se encontram não só em margens territoriais, mas também às margens das políticas sociais, culturais e econômicas.
Sinara Teles, coordenadora geral e programadora do festival, afirma que “os profissionais vão apresentar trabalhos artísticos que manifestam hábitos e costumes característicos das populações urbanas periféricas”. Nesse sentido, a curadoria do Ponta a Pé buscou programar trabalhos capazes de gerar identificações, encantamento do público, e, do mesmo modo, resgatar valores importantes para o bom convívio social. “Entre eles, empatia, afetividade e respeito às diversidades”.
Presença
Grupos e artistas com longa trajetória e permanência no desenvolvimento de importantes trabalhos em Belo Horizonte, bem como em todo território nacional, são destaques na programação do Ponta a Pé Cultural. Entre eles, está, por exemplo, o Grupo Teatro Negro e Atitude, que completa 30 anos de existência em 2024. Do mesmo modo, o Acadêmicos de Venda Nova, agremiação com 14 premiações no Carnaval de Belo Horizonte. O rol também inclui o trio de artistas visuais autistas Irmãos Mamedes, cuja produção conta com um acervo de mais de mil quadros pintados.
Vale destacar, ainda, a presença da atriz e fundadora do Grupo Galpão Inês Peixoto, bem como o cantor e multi-instrumentista Sérgio Pererê, e o Slam Clube da Luta. Este último terá, como mestre de cerimônia, Rogério Coelho, poeta, artista marginal e articulador do Sarau da Coletivoz.
Prêmio Arte e Sociedade
A entrega do Prêmio Arte e Sociedade, destinado a artistas e grupos atuantes e localizados na regional Venda Nova, vai, neste ano, agraciar uma iniciativa local com o valor de R$ 3.000. O próprio público vai decidir o trabalho vencedor.
Sobre o festival
Idealizado pela Cóccix Cia. Teatral no ano de 2008, o festival Ponta a Pé Cultural é um projeto caracterizado como instrumento de descentralização cultural e de fortalecimento das bases de produção dos artistas e grupos atuantes em territórios periféricos da cidade de Belo Horizonte.
A Cóccix Companhia Teatral
A Cóccix Companhia Teatral é um grupo independente e sem fins lucrativos. A sede fica no bairro Minas Caixa, região de Venda Nova. Criada no ano de 2006, a Cia. Cóccix completará, em agosto de 2024, 18 anos de existência/resistências. Em comemoração, o grupo realizará uma série de ações culturais, envolvendo lançamento de documentário, temporada de espetáculo, oficinas e outras ações ao longo do ano.
Em sua trajetória, a Cia. Cóccix desenvolveu diversos projetos artísticos caracterizados pela capacidade de promoção e descentralização da cultura e da arte na cidade de Belo Horizonte e no Estado de Minas Gerais, tais projetos são também marcados por promover requalificação técnica de agentes culturais, programações artísticas capazes de gerar fruição e reflexões sobre o papel do sujeito histórico, desde o contexto da comunidade local, até uma realidade social consciente, ampla e diversa. Sinara Teles e Rogério Gomes são idealizadores do grupo e atualmente desenvolvem a gestão da Cóccix Cia. Teatral.
Serviço
Ponta a Pé Cultural
De 4 a 24 de abril
O site da Cóccix traz a programação completa
