Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Anne Carrere revive trajetória de Edith Piaf em espetáculo

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A cantora francesa Anne Carrere traz, a BH, nesta sexta, o show “Non, je ne regrette rien”, que homenageia Piaf

Patrícia Cassese | Editora Assistente

De volta ao Brasil, a cantora francesa Anne Carrere inicia sua agenda de shows no país por Belo Horizonte, onde se apresenta nesta sexta-feira, no Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes. Como o próprio nome já indica, no show “Piaf! Non, je ne regrette rien”, Carrere bate homenagem a Edith Piaf. Em cena, Carrere será acompanhada por quatro maestros. O espetáculo, de acordo com a produção, percorre a história de vida de Piaf desde os anos 1930. À época, ainda sem fama, Piaf cantava em ruas e bares de Paris para sobreviver. Mas o roteiro, claro, alcança os tempos em que a artista já estava consagrada.

Anne Carrere relembra Edith Piaf em cena (Lino Ventura/Divulgação)
Anne Carrere relembra Edith Piaf em cena (Lino Ventura/Divulgação)

Ao Culturadoria, Anne Carrere conta que tinha apenas três anos quando ouviu pela primeira vez Piaf. No caso, a música “L’hymne A l’amour”. “Eu estava com a minha avó. Aliás, ela ouvia muito música, adorava cantar. Inclusive, ela morou em Paris, quando era pequena, e me disse que teve a chance de vê-la uma vez no palco… Incrível!!!”.

Voz a serviço do mito

Já com mais idade, Anne passou a se interessar pela trajetória da artista, ampliando seu conhecimento de músicas por Piaf cantadas. “O que sempre me atraiu no repertório dessa verdadeira ícone é não só a força das palavras como a forma de contá-las, de fazer de cada música uma história. Reconheço-me nestas canções, não porque vivi a mesma vida, mas porque, na verdade, todos nos parecemos um pouco… Todos amamos alguém ou alguma coisa, todos choramos. Todos nós, um dia, tivemos medo. Da mesma forma, todos viajamos, partilhamos as nossas vidas com pessoas etc. Piaf canta para todos nós. E eu apenas tento transmitir a riqueza de seu repertório. Assim, coloco a minha voz a serviço das canções que ela eternizou”.

No que tange à trajetória de Piaf, Anne Carrere relata que o que mais a sensibiliza é a generosidade com que a cantora partilhou as canções com o seu público. “Independentemente dos dramas que viveu (doença, amor). E adoro a parte da vida dela em que canta nas prisões, para contrabandear passaportes falsos e salvar vidas… Isso diz algo sobre a personalidade dela”. Para Anne, a música era o grande escudo da cantora. “O seu forte. E desde que cantasse, nada poderia acontecer a ela… Ela não deixou que nada a impedisse de subir ao palco”.

Emoção e lembranças

Já quando perguntada sobre qual canção de Piaf fala mais à sua alma, Anne Carrere revela: “Veja, nesses últimos quatro anos, perdi meu avô, minhas duas avós e, muito recentemente, meu amigo-autor-compositor-mentor, aquele que me ensinou tudo sobre a profissão. Já sobre os avós, foram pessoas que me carregaram por toda a vida. Assim, neste momento, a música que mais me balança, no palco, é ‘Mon Dieu’. A verdade é que a minha vida mudou sem eles. Sinto muito a falta deles”.

A relação com o público brasileiro, claro, não ficaria fora da entrevista. “Sempre dei como exemplo a reação do público brasileiro. Eu me lembro da primeira vez em que cantei no Brasil, devo ter tido umas seis ou sete ovações de pé… Ao final, o público batia palmas, pés… As pessoas choravam, gritavam… Eu me sentia como uma estrela do rock, e isso nunca tinha acontecido comigo”, revela. “Depois, fui conhecer o público e as pessoas me disseram que estavam aprendendo francês com Piaf”.

Anne Carrere prossegue: “Piaf representa Paris, a França. Várias pessoas me mostraram tatuagens da bandeira francesa com Piaf escrito nela… É completamente improvável que eu encontrasse isso milhares de quilômetros de minha casa”, exalta.

Serviço

Piaf por Anne Carrere – “Non Je Ne Regrette Rien”
Nesta sexta-feira, dia 18, às 21h, no Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro)
Ingressos:
Plateia I: R$ 400 (inteira) | R$ 200 (meia-entrada)
II: R$ 350 (inteira) | R$ 175 (meia-entrada)
Superior: R$ 280 (inteira) | R$ 140 (meia-entrada)
Classificação Livre

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