Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Luiza Lemmertz encarna, na tela, a Diadorim pensada por Bia Lessa

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A atriz Luiza Lemmertz assume a personagem roseana no filme “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” está em cartaz em Belo Horizonte

Patrícia Cassese | Editora Assistente

“O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, filme de Bia Lessa que chega a Belo Horizonte dia 29 de agosto (em meio a uma programação especial, que extrapola a exibição do filme baseado no clássico “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa), traz, em seu bojo, um sem número de atrativos. Tantos, que não é exagero deduzir que assisti-lo é uma experiência que não deixará o espectador incólume, ao fim. E, sem dúvida alguma, um dos chamarizes é a atuação brilhante do elenco, a começar pela entrega dos atores que interpretam os personagens na fase adulta Riobaldo (Caio Blat) e Reinaldo/Diadorim (Luiza Lemmertz). (*)

Luiza Lemmertz em cena do filme "O Diabo na Rua no Meio do Redemunho", de Bia Lessa (Frame)

Personagem icônica

Na pele de uma das personagens mais icônicas da literatura brasileira, Luiza Lemmertz não só corresponde a todas as expectativas depositadas pelos fãs da obra, nesta nova adaptação, como as extrapola. A entrega da atriz, nota-se, é gigantesca, assim como impactante e visceral. O papel, vale dizer, já foi interpretado por atrizes como Sônia Clara (no filme “Grande Sertão”, dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira, de 1965), Bruna Lombardi (na minissérie global de 1985, com Tony Ramos como Riobaldo) e Luisa Arraes (no recente filme “Grande Sertão”, de Guel Arraes, também com Caio Blat). Luisa Arraes, aliás, também está no elenco do filme de Bia Lessa. Já no teatro, Diadorim já teve rostos como o de Vera Zimmermann.

E, claro, de forma alguma seria o caso comparar uma interpretação à outra – mesmo porque, todas as citadas têm o talento devidamente reconhecido. Mas a Diadorim construída por Luiza Lemmertz mesmeriza de tal monta que dificilmente as feições da atriz não irão acorrer instantaneamente à mente de quem assistiu ao filme de Bia Lessa em momentos futuros nos quais a personagem de Guimarães Rosa for citada. Não por outro motivo, o Culturadoria foi atrás de Luiza para saber mais sobre os bastidores desse filme que, como é sabido por aqueles que acompanham amiúde a cena cultural brasileira, sucede a montagem teatral “Grande Sertão: Veredas”. Que, inclusive, passou por BH.

O convite

Luiza Lemmertz conta que o convite de Bia Lessa para integrar o elenco da montagem teatral se deu em 2017. Naquele momento, a atriz estava voltando a trabalhar, depois da gestação e nascimento do filho, Martin, hoje com sete anos. “Quando a Bia me ligou, ele estava com seis meses, e eu estava retomando um projeto que tinha com a Mundana Companhia, em São Paulo. Na verdade, eu tinha engravidado no início de uma temporada que a gente estava fazendo de ‘Na Selva das Cidades’ (baseada na obra de Bertolt Brecht) e tinha prometido retornar ao projeto. Então, quando meu filho fez seis meses, e começava, ali, a ingerir outros alimentos (que não só o leite materno), voltei a fazer a peça. Foi quando a Bia me ligou”.

Luiza Lemmertz estava retornando ao trabalho, após a maternidade, quando foi chamada por Bia Lessa (Rafael Castilho/Divulgação)

De imediato, Luiza resolveu conversar com a mãe, a atriz Julia Lemmertz – que, por seu turno, tem uma amizade de décadas com Bia Lessa. Apenas para exemplificar, as duas trabalharam, juntas, em montagens de textos como “Orlando” (Virgínia Woolf), “Viagem ao Centro da Terra” (da obra de Julio Verne), “Casa de Bonecas” (Ibsen), para citar algumas. “Enfim, as duas se conhecem muito. E, aí, minha mãe falou: ‘Olha, Luiza, talvez ainda não seja hora. Você está ainda amamentando, é muito puxado. Mas, claro, você que sabe’. Na verdade, minha mãe sempre deixa a questão em aberto, ou seja, ao fim, apoiaria a decisão que eu tomasse”. Mesmo imbuída de muita vontade de trabalhar com Bia, Luiza acabou declinando do convite, pelo momento.

Enfim, Diadorim

Ocorre que três meses depois, Bia Lessa tornou a contactar Luiza Lemmertz. É que a atriz escalada para viver a Diadorim nos palcos acabou sendo obrigada a deixar o projeto, por uma incompatibilidade de agenda. “E aí, quando ela me veio com Diadorim, e novamente com o convite, eu já estava no fim de uma temporada no Rio de Janeiro. E, claro, fiquei muito mexida. Falei: ‘Tá bom, eu vou assistir ao ensaio e a gente conversa”.

Luiza lembra que, quando chegou ao ensaio, a peça estava praticamente pronta – na verdade, faltava um mês para a estreia em São Paulo. “E, assim, assisti ao espetáculo praticamente pronto. Fiquei completamente arrebatada com o trabalho deles. Ali não tinha mais volta. Falei: ‘Óbvio, faço agora. E foi o que aconteceu. Entrei na peça – e foi um desafio gigantesco”.

Luiza Lemmertz e Caio Blat no palco, na montagem “Grande Sertão: Veredas”, de Bia Lessa (Roberto Pontes/Divulgação)

Universo Roseano

À época, Luiza Lemmertz tinha 30 anos – hoje, está com 36. A atriz conta que, até então, não tinha se aventurado a ler “Grande Sertão: Veredas”. “Engraçado, porque eu gosto muito de livros grandes, gosto dessa experiência de ler um livro gigante, mas nunca tinha sentado para ler ele, mesmo tendo tido vontade, em diferentes momentos. Mas, claro, tive contato com a obra em algumas ocasiões, sabia de frases e algumas coisas. ‘Grande Sertão’ é um livro que, acho, está muito no imaginário do Brasil, da nossa cultura”.

Luiza Lemmertz: com peça e filme, mergulho na obra de João Guimarães Rosa (Rafael Castilho/Divulgação)

Com o convite de Bia Lessa, Luiza confessa que chegou a pensar: “Caramba, mas eu não li o livro! Como é que eu vou fazer? E o que acabou acontecendo, e que foi uma coisa muito especial, é que, ao entrar na peça, li o livro e mergulhei no universo do Guimarães Rosa de uma maneira profunda. Aliás, lembro que, em casa, falei para meu companheiro segurar a minha onda, porque sabia que iria trabalhar muito. Que não faria mercado, não iria lavar louça… Nenhuma outra coisa a não ser ensaiar e estudar. Então, lia de noite o livro e ensaiava a peça de dia. E estudava. Fiquei assim, um mês alucinada. E foi uma experiência incrível”.

Livro de formação

Luiza se refere ao fato de, ao mesmo tempo em que descobria o livro, já o colocava em ação. “Como a peça já estava praticamente pronta, via também o que eles já tinham feito com aquele material. Ou seja, foi como se a obra de Guimarães Rosa tivesse se introjetado em mim. E de uma maneira, assim, como nenhuma outra obra. Para mim ‘Grande Sertão’ é um livro fundamental mesmo, de fundamento, de formação. Eu penso nele sempre, eu tenho ele em mim como se fosse o sangue nas minhas veias. Se apoderou de mim”.

Preparação

Justamente pelo fato de já ter entrado no elenco da peça faltando apenas um mês para a estreia, Luiza diz não ter passado por um processo de preparação para assumir as vestes de Diadorim. “Entrei com a roda já girando, prestes a acontecer. Eu lembro de chegar aos poucos e ser uma pessoa muito observadora de tudo que estava acontecendo. Claro que muita coisa se modificou dali para a estreia, assim como desde a estreia em São Paulo, que foi no Sesc Consolação. O trabalho nunca se deu por terminado. Mas ali, naquele início, quando não tinha sequer decorado o texto, fui com muita calma”.

Luiza revela que uma “luz gigante”, naquele momento, foi a presença de Amália Lima, diretora de movimento. “Ela estava em todos os ensaios, ela aquecia a gente, colocava a gente em movimento. Foi um norte para mim. Colei nela e ela ia me guiando. E, claro, a Bia também, só que ela já com a coisa mais geral. Mas lembro que o trabalho de corpo foi essencial, porque eu precisava encontrar a personagem muito através do corpo, da voz”.

Masculino/feminino

Bia Lessa, comenta Luiza, já sabia com precisão alguns aspectos que queria nesse Diadorim que visualizava. “Ela queria que eu fosse o mais masculino que pudesse. Falava: ‘faz homem’, ‘faz homem’. Ou seja, eu tinha essas diretrizes. E foi ali que entendi também uma das coisas que até hoje acho mais lindas nesse trabalho: que não havia uma diferença hierárquica entre fazer Diadorim, entre fazer um pássaro, entre fazer um cacto ou peixe. Todas as coisas tinham uma grande importância. Então, de alguma forma, isso facilitou, pra mim, no sentido de não ter esse peso de (interpretar) Diadorim”.

Desse modo, Luiza entende que foi encontrando o personagem em meio ao processo em que ensaios e descoberta do livro se amalgamaram, também através do corpo. “E através dos meus parceiros de cena também, que foram fundamentais. Porque eu os observava, eles me guiavam. Às vezes, eu não sabia para onde ir e um me pegava, me puxava. Eu ia assim, como que num fluxo, no qual fui fazendo as descobertas”.

Parte do elenco do filme “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, dirigido por Bia Lessa (frame)

Lugar de animal

Ainda no momento de incorporar a personagem, Luiza volta ao ponto em que Bia Lessa pensava o personagem Diadorim como “muito masculino”. “Me lembro de pensar: ‘Caramba, eu acabei de ter um filho, estou no auge do meu feminino’. Ou seja tinha leite, amamentava de madrugada, enfim, era uma insanidade absoluta. E me indaguei como encontrar o masculino naquele momento tão feminino. Só que Diadorim não é só homem. Existe a mulher, ali, apesar de o Riobaldo não perceber, de ser um segredo, de os outros não saberem”.

Luiza Lemmertz e Caio Blat, a Diadorim e o Riobaldo de Bia Lessa (Frame)

Desse modo, o lugar do feminino em Diadorim, para Luiza, foi encontrado justamente nas cenas em que a personagem fica violenta. “Quando ela vai para a guerra ou quando perde o pai. Sabe um lugar de animal? Um lugar de animal que descobri, do qual me aproximei, parindo. Esse lugar ‘mãe’, ‘bicho’, que a gente fica quando dá a luz. Óbvio, eu tinha a ideia do masculino – o corpo, movimento, trejeitos, como esconder a mulher na voz, no andar, em tudo. Mas com esses lapsos de uma potência que, de alguma forma, encontrei na maternidade”.

Luiza Lemmertz, caracterizada como Reinaldo/Diadorim (Canal Brasil/Globo Filmes/Divulgação)

Transposição para o cinema

Luiza lembra que, quando a equipe entrou para o estúdio já pensando no filme, estava vindo de viagens mil. “A gente estava num lugar muito quente com a peça, então, não teve muito tempo de pensar: ‘Ah, o que é que vai mudar para o filme?’. Assim, a minha Diadorim já estava ali, pra mim”. No entanto, ela recorda de momentos, no set, em que iriam gravar cenas mais emotivas ou que exigiriam uma potência gigante, como quando a personagem conta para Riobaldo que seu nome não é Reinaldo, mas Diadorim.

“Às vezes, a Bia me pegava no canto e falava: ‘Fica sozinha’, ‘se concentra’. E um set é aquilo, sempre tem muita gente, muita coisa acontecendo, aquelas traquitanas todas, muita coisa para arrumar, muitas horas de espera. Então, eu me excluía de tudo e concentrava a minha energia ao máximo. Ouvia músicas que inspiravam sentimentos e ficava ali segurando, segurando. Quase não falava, só o necessário. Assim, ia alimentando aquela coisa dentro de mim. Até que chegava a hora de fazer e, pá, botava fora. Como se você pudesse explodir numa coisa. Achava muito interessante, essa forma de a Bia conduzir, especificamente comigo, neste lugar”.

Bia Lessa na apresentação de “O Dia na Rua no Meio do Redemunho” na Mostra de Tiradentes, em janeiro de 2024 (Leo Fontes/Universo Produção/Divulgação)

Nudez

“O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” exigiu, do elenco, cenas de nudez. Perguntamos para Luiza como foi, para ela, lidar com isso. “Então… Eu venho de uma família de atores, né? Assim, a coisa da nudez, na minha vida, sempre foi zero tabu. E outra coisa foi que comecei a carreira no Teatro Oficina, com o Zé Celso (Martinez). Ou seja, comecei a minha vida de atriz, de artista, quebrando logo todos os tabus. Desse modo, quando cheguei ali, no ‘Grande Sertão’, não tinha nenhum problema com isso. Não tenho. Acho a nudez linda”.

Luiza prossegue: “Claro, eu acho que, em certas ocasiões, ela pode, sim, ser banalizada, ou usada de maneira que a pessoa pode não se sentir confortável. Entendo que é preciso respeitar o limite de cada um. Mas eu, Luiza, de fato tenho uma liberdade com o corpo que talvez não seja comum. Claro que a cena final do filme talvez seja o extremo da nudez, mas, ao mesmo tempo, foi feita com uma poesia, com uma beleza tão grande que, juro, não me incomoda. Vejo como uma cena bonita, um registro bonito. Penso que foi dali que saiu o meu filho, que saíram todas as pessoas que estão vivas neste mundo. É sagrado, poético. Bonito”.

Luiza Lemmertz: liberdade com o corpo e zero tabu com a nudez (Rafael Castilho/Divulgação)

“A Origem do Mundo”

A atriz reconhece que muitos têm comparado a cena final de “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” ao quadro “A Origem do Mundo”, de Gustave Coubert. “Acho que sim, remete a isso. Mas, como já disse, está feito de uma maneira tão bonita… Agora, eu já fiquei pelada no teatro milhões de vezes e, enfim, me sinto muito confortável. Eu acho que é como a gente veio ao mundo, eu acho que a gente não tem que ter vergonha do nosso corpo, de como ele é, com os defeitos e perfeições e maravilhas. E é isso. Acho que ele é o nosso instrumento de trabalho e que, quanto mais livre a gente for com ele, melhor para a gente, enquanto artista. É o que eu penso”.

Privilégio

Muita coisa emocionou Luiza Lemmertz no trabalho junto a Bia Lessa e equipe envolvida em “O Diabo na Rua”. “Por exemplo, de a gente estar, sei lá, ensaiando, durante temporadas, passando texto, passando microfone, coisas antes da apresentação. E me pegar ouvindo o Guimarães e pensar: ‘Poxa, que sorte eu tenho de poder ouvir isso tanto, todo dia’. Essa poesia, essa filosofia transcendente do Guimarães. Eu podia ouvir todo dia! E toda vez… Toda vez eu escutava com ouvido novo. Assim, às vezes descobria coisas novas em meio ao que já tinha ouvido muitas vezes. Um momento em que aquilo me batia de maneira diferente. Então, falava: ‘Caramba, que potência, que profundidade, as palavras deste homem! Não à toa o quão grande ele é para nossa cultura”.

Em BH

Um momento que ficou na retina está ligado à passagem da peça por BH. Luiza relembra que, em São Paulo, a peça “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” se valia do uso de fones para a plateia. “O público sentava em cadeiras e, assim, em cada uma tinha fone. Então, a pessoa ouvia a peça de fone. Achava aquilo o máximo, mas não conseguia saber como era a experiência, pois, claro, estava no palco. Só que a coisa de ter fone tornava a peça um pouco mais difícil no sentido de que a gente não podia ter, sei lá, mil fones. Eram 200, 300, no máximo, porque era um recurso caro. A Bia queria uma coisa de boa qualidade”.

Com o fim da temporada em São Paulo, veio a turnê. “E, assim, a gente se apresentava para um número maior de pessoa. Então, a gente tinha uma parte da plateia no palco, na grade, com os fones, e o público do teatro, nas poltronas, sem. Acontece que a nossa primeira viagem foi para BH, e a gente fez a peça no Palácio das Artes para duas mil pessoas. Lembro que estávamos meio nervosos. Tipo: ‘Caraca, nosso primeiro publico, todos entendedores de Guimarães Rosa, todos conhecem a obra..’ Ficamos com medo, pensando o que iriam achar. E estava lotado, já no primeiro dia”.

Tsunami

A Diadorim de Bia Lessa lembra das medidas do palco do Grande Teatro Cemig. “Muito grande, muito profundo. A gente tinha uma ‘gaiola’ (uma estrutura tubular) no palco, e ela, transposta para o Palácio das Artes, aumentou muito, inclusive de altura. No final da peça, depois que a Diadorim morria, eu ficava pelada, (cheia) de sangue. E subia até o alto da gaiola, e terminava a peça ali. Subia e descia num blecaute. Enfim, era uma imagem bem bonita”.

Fato é que, ao fim da estreia, em BH, Luiza subiu no alto da estrutura que emulava uma gaiola, como de praxe. “Fiquei de pássaro, apagou a luz, blecaute, fim do espetáculo. E daí… Nunca senti isso na vida! Veio uma onda de aplausos, como um tsunami. E como eu estava muito no alto, tive uma audição muito privilegiada. Um teatro inteiro, lotado, aplaudindo, urrando. Eu me tremia inteira! Fique arrepiada, estava completamente extasiada. Veja, eu não sei como consegui descer, porque foi um negócio muito emocionante. Ficamos todos muito emocionados. Foi uma coisa de outro mundo mesmo, me marcou profundamente”.

Lançamento do filme

Luiza Lemmertz enfatiza o “jeito único” que Bia Lessa pensou para o lançamento de “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”. “Ela botou o filme embaixo do braço e está indo cidade a cidade, apresentando-o, criando debates, dando oficinas de processo criativo, abrindo esse diálogo com as pessoas. Uma coisa incomum no cinema. E como nós viemos do teatro, existe esse desejo do encontro, da troca, de chamar as pessoas e perguntar, e responder, e criar sentido para as coisas. A presença, que entendo ser algo fundamental do teatro, e que dá vontade de levar para o cinema. E é dessa forma que ela tem feito.
Então, estou participando disso o máximo que consigo”.

Outros projetos

Além do lançamento de “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, Luiza Lemmertz conta ter um projeto de teatro para fazer em São Paulo, no ano que vem. “Também um filme no Rio Grande do Sul, que deve sair também em 2025. Minha mãe é gaúcha, meus avós eram gaúchos (Lílian Lemmertz e Lineu Dias, também atores). Eu amo o Rio Grande do Sul. Fiquei devastada com o que aconteceu lá esse ano (referindo-se às enchentes). Assim, ter a possibilidade de fazer um filme lá me traz muita alegria. Me sinto parte também”.

Da mesma forma, ela avisa que está retomando o projeto de música que desenvolve ao lado do companheiro, o músico Cairê Rego. “Na pandemia, a gente fez um disco juntos, de um duo que nomeamos Onça Monstra, que inclusive é uma alusão ao Guimarães Rosa. Penso que a música é grande parte da minha vivência. Sou muito próxima à música e ter feito esse disco me abriu milhões de ideias e viagens e coisas”.

Televisão

Este ano, Luiza Lemmertz fez a primeira participação na TV, na novela “Elas por Elas”. Uma participação, assim, super pequena, mas fiquei com muita vontade de fazer TV, streaming. É uma coisa que eu estou muito a fim de me aventurar. Eu sou muito do teatro, explorei pouco, o audiovisual, ainda. Então, estou nessa… nesse objetivo de adentrar mais esse mundo”, confessa. Com toda a certeza, o universo do audiovisual só tem a ganhar.

Luiza Lemmertz contracenando com a mãe, Júlia Lemmertz, em “Tempestade” (Renato Mangolin/Divulgação)

(*) No filme de Bia Lessa, os personagens Riobaldo e Diadorim, jovens, são interpretados por Luisa Arraes e Clara Lessa.

Confira, a seguir, o trailer

Serviço

“O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” – Bia Lessa

Programação de Lançamento em BH – de 29/8 a 4/9
Una Cine Bela Artes (Rua Gonçalves Dias, 1.581)

De 29/08 a 04/09

Filme “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, de Bia Lessa (127 min)
Sala 1 – Diariamente, às 19h30
No dia 29/08, sessão seguida de debate com Bia Lessa, Luiza Lemmertz, Miguel Javaral e Gustavo Silveira Ribeiro

De 29/08 a 04/09 – Projeções
Diariamente, aberta ao público
Making of do espetáculo “Grande Sertão: Veredas”
Frases do Grande Sertão: Veredas

De 29/08 a 04/09

Mostra Mãos à Obra
Sala 3 – Diariamente, sessões às 14h
29/08 – Onde Nascem as ideias, de Carolina Sá (57 min)
30/08 – Mutum, de Sandra Kogut (95 min)
31/08 – Poema desentranhado de uma nota de rodapé, de Suzana Macedo (25 min)
Seres, Coisas, Lugares, de Suzana Macedo (50 min)
01/09 – A Terceira Margem do Rio, de Nelson Pereira dos Santos (98 min)
02/09 – Outras Estórias, de Pedro Bial (100 min)
03/09 – Onde Nascem as ideias, de Carolina Sá (57 min)
04/09 – Mutum, de Sandra Kogut (95 min)

Oficina

Dia 31/08, das 10h às 18h, e dia 01/09, das 10h às 14h
Inscrição: Clique aqui
Una – Rua da Bahia, 1764 – Sala 401

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