Chega de histórias tristes sobre a comunidade LGBTQIAP+. Selecionamos 7 histórias felizes para o mês do orgulho!
Por Helena Tomaz | Assistente de conteúdo
Ao pensar em filmes e séries sobre a comunidade LGBTQIAP+, imediatamente vêm à mente títulos que trazem histórias tristes, sejam elas fictícias ou inspiradas em histórias reais, passadas nos tempos atuais ou em outras épocas.
É que, geralmente, a comunidade queer é retratada de maneira trágica nas telas. Na verdade, nem é tão difícil assim, entender o motivo: no curso da história, o preconceito contra a comunidade deu as caras de variadas formas, muitas vezes, acompanhada de extrema violência.
Como a intenção aqui é celebrar, selecionamos, aqui, sete histórias com final feliz para assistir antes de o mês do orgulho LGBTQIAP+ acabar.
Heartstopper | Netflix
Já era hora de as clássicas comédias românticas adolescentes ganharem uma versão LGBTQIAP+. Heartstopper, disponível na Netflix, é uma série para aquecer corações, especialmente no mês do orgulho LGBTQIAP+. A adaptação dos quadrinhos bestsellers de Alice Oseman narra a história de amor entre Charlie Spring, menino que sofre bullying na escola por ter se assumido gay, e Nick Nelson, querido e popular jogador de Rugby do colégio.
Outro detalhe interessante são as características visuais trazidas do universo das HQs, como pequenos desenhos que se inserem nas cenas. Mesmo com a premissa de romance adolescente, a produção vale ser conferida também por adultos. Para coroar, há a presença da brilhante – e premiadíssima – Olivia Colman, que interpretou a Rainha Elizabeth em The Crown.
Sex Education | Netflix
Humor e diversidade são as características principais de “Sex Education”. Divertidíssima, a trama gira em torno dos dilemas da comunidade da escola de Moordale, no interior da Inglaterra.
Assim, Otis Milburn, aluno introvertido, filho da terapeuta sexual Jean Milburn, vê, nos problemas sexuais dos colegas de escola, uma oportunidade de ganhar alguma grana. Ele monta uma clínica clandestina e começa a aconselhar os outros alunos em troca de dinheiro.
Hoje eu quero voltar sozinho | Netflix
“Hoje eu quero voltar sozinho” já é praticamente um clássico do cinema LGBTQIAP+ brasileiro. Lançado em 2014 a partir de um curta de 2010, o filme ganha uma camada a mais ao abordar o tema do capacitismo (preconceito contra pessoas com deficiência), para além da homofobia. Apesar de abordar temas duros e profundos, o longa faz isso com muita delicadeza, o que só o torna mais pertinente.
Isso porque Leonardo, um adolescente cego, sufocado pela superproteção da mãe, busca a própria independência. No caminho, ele se apaixona por Gabriel, um garoto novo na cidade, que o faz descobrir ser gay.
Queer Eye | Netflix
Diferentemente da maioria dos reality shows, Queer Eye emociona os espectadores do início ao fim. A premissa é simples: cinco pessoas da comunidade LGBTQIAP+ (chamados de fab five, ou, em português, cinco fabulosos) viajam por diferentes cidades para transformar a vida de uma pessoa a cada episódio.
Cada um dos integrantes foca em um aspecto (vestuário, alimentação, decoração, cabelo e cultura) para ajudar uma pessoa a retomar a autoestima e mudar de vida. Vale dizer que a série também ganhou uma temporada no Japão, com os integrantes originais, e uma versão brasileira! A série é uma verdadeira celebração da comunidade e do orgulho LGBTQIAP+.
Modern Love | Prime Video
O que começou como uma coluna semanal no jornal The New York Times, foi adaptado para podcast do mesmo veículo e acabou se tornando uma série, disponível no Amazon Prime Video. A cada episódio, acompanhamos uma história de amor diferente. Por isso, a série ganha a flexibilidade de poder ser assistida fora de ordem ou em episódios avulsos. Para o mês do orgulho, os episódios mais recomendados são: “Um Mundo Só pra Ela” (7 da primeira temporada), “Sou…? Talvez Esse Teste me Diga” (5 da segunda temporada) e “Como você se lembra de mim?” (7 da segunda temporada).
And Just Like That | HBO Max
Vinte e três anos depois da estreia de “Sex and the City”, a HBO lançou, em 2021, o reboot “And just like that”. Se, na série original, as personagens lidavam com questões em torno dos 30 anos, como relacionamentos, a (finalmente alcançada) estabilidade profissional e as incertezas sobre o futuro, em “And just like that” a temática muda. Já na casa dos 50, elas lidam com o envelhecimento, crises nos casamentos e filhos já crescidos.
Assistindo hoje aos episódios lançados nos anos 1990, é possível perceber certo preconceito da série ao tratar sobre a comunidade LGBTQIAP+, colocando os personagens em moldes estereotipados. Agora, no reboot, os roteiristas têm a oportunidade de contornar essa situação e fazer melhor. Vale dizer que a segunda temporada do reboot chega à HBO Max nesta semana (dia 22) e conta com a participação de Kim Cattrall, atriz que interpretou Samantha no seriado original e que não apareceu na primeira temporada do reboot.
Bixa Travesty | Globoplay
“Bixa travesty”, documentário de 2018, tem como pano de fundo o processo criativo de Linn da Quebrada. Enquanto mostra os momentos de criação da artista, o filme aborda questões sobre a transexualidade, o corpo, a relação com o espaço urbano, o prazer, a superação do câncer e a história de vida da artista.