
O escritor e membro da Academia Mineira de Letras Olavo Romano (Glaucia Rodrigues/Divulgação)
O escritor e presidente emérito da Academia Mineira de Letras deixou quase 20 livros publicados, muitos deles, adotados em escolas
Falecido na quinta-feira, 16 de novembro de 2023, Olavo Celso Romano, presidente emérito da Academia Mineira de Letras (AML), deixou quase 20 livros publicados, oito deles adotados em escolas de Minas e de outros estados. Presidente emérito da AML e ocupante, por quase 20 anos, da cadeira 37 da instituição, que tem como patrono Manuel Basílio Furtado (1826-1903), estudou Direito (PUC-MG), Administração (FGV-RJ), Inglês (Universidade de Michigan) e Planejamento Educacional (Banco Mundial). Também fez carreira no serviço público, aposentando-se como procurador do estado.
“Olavo Romano foi uma pessoa exuberante em vários sentidos: pela inteligência, pela generosidade, pela escrita cativante e capacidade de comunicação. Na AML, a gestão dele imprimiu os novos rumos que vamos trilhando. Em luto pela privação da convivência, a Academia celebra os frutos deixados por tão rica vida para a literatura e a cultura brasileira”, lamentou Jacyntho Lins Brandão, atual presidente da AML.
O acadêmico e presidente emérito da AML Rogério Faria Tavares adicionou: “Era generoso, alegre, fraterno, solidário, o sorriso sempre aberto. (…) Fará uma falta tremenda”.
Carreira
A partir de 1979, Olavo Romano publicou seus casos e textos poéticos no “Estado de Minas” e no extinto “Jornal de Casa”. Tal qual, nas revistas “Globo Rural”, “Palavra”, “Cícero”, “IstoÉ” e “Veja”. Entre as obras adotadas em escolas, estão: “Casos de Minas” (Paz e Terra, 1982), “Minas e seus casos” (Ática, 1984, esgotado); “Dedo de prosa” e “Prosa de mineiro” (Lê, 1986, esgotados); “Os mundos daquele tempo” (Atual, 1988), “Um presente para sempre” (Atual, 1990) e “Memórias meio misturadas de um jacaré de bom papo” (Dimensão, 2002).
Uma das últimas participações de Olavo como acadêmico da AML ocorreu no Congresso das Academias Estaduais de Letras, realizado nos dias 19 e 20 de outubro em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, ele disse: “Primeiramente, o sentido da academia é confraternizar. É uma reunião de opostos, de tolerância, amizade. O colega de academia é chamado confrade. Não importa o que ele pense, qual o time que torce, política. A academia é um espaço de tolerância, amizade e fraternidade”.
Despedida
O velório acontecerá nesta sexta-feira, 17 de novembro, na sede da Academia Mineira de Letras, das 10 às 15h. Já o sepultamento, no sábado, 18 de novembro, no Parque da Colina.