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Música

Oficina Feminina de Rap cria espaço permanente para mulheres no hip hop

Projeto é pensado para atender mulheres já inseridas e iniciantes no hip hop, inscrições para as formações estão abertas

Oficina Feminina de Rap. Foto: Alice Guimarães

Você já reparou que em duelos de MCs, eventos de rap e hip hop a presença de mulheres é minoria? Dayana Paula, percebeu e decidiu mudar esse cenário junto de duas amigas: Mikaela Grabriele e Walkiria Gabriele. Elas criaram, então, o projeto Oficina Feminina de Rap a partir do edital da Lei Incentivo à Cultura de Contagem. “Nós pensamos um projeto que oferecesse formação para as mulheres, tanto para as que estão inseridas no rap e no hip hop, quanto para as iniciantes”, explica Dayana Paula Rodrigues, uma das idealizadores da Oficina Feminina de Rap e produtora da edição de 2019. A iniciativa deu certo e, durante seis meses, o Cras Casa Amarela da região do Bairro Nacional foi ocupado. 

Funcionamento do projeto 

A Oficina Feminina de Rap, é realizada todos os sábados e as aulas são ministradas por educadores artistas ligadas à cena do rap e ao universo do hip hop. Dayana Paula destaca que é muito importante participar de todas as aulas em um sábado, ou do máximo de atividades que conseguir, para que a experiência e formação seja completa. “Uma aula complementa a outra, então, é necessário acompanhar todo o processo”. 

Dayana Paula é formada em design de ambiente e trabalha com produção cultural. A saber, realiza outros projetos como Noite de Cinema, projeto de cinema itinerante em BH, e design para periferia. “Fico muito feliz de realizar o projeto, é uma troca gigantesca. às vezes queremos levar o conhecimento para as pessoas e a gente que acaba aprendendo”, relata.

Como participar

Depois de Contagem, o projeto também passou por Ribeirão das Neves e Venda Nova. Após pausa de dois anos a Oficina Feminina de Rap está de volta e é realizada até dezembro no Barreiro. Para participar é simples. Basta se inscrever no formulário online e comparecer às aulas. Elas são realizadas todos os sábados no Centro Cultural Urucuia (R. W-3, 500, Pongelupe (Barreiro) – BH – (31) 3277-1531). Sempre a partir das 13h.

 

 

Oficina Feminina de Rap
Foto: Dayana Paula Rodrigues

Cursos

Até dezembro serão oferecidos seis cursos. São eles: 

– Danças Urbanas, com a professora Scheylla Bacellar (trabalha no projeto desde 2015);

– Dj, Música e Tecnologia: Black Josie (2019 é o primeiro ano de sua participação na Oficina Feminina de Rap);

– Identidade Juvenis – Hip Hop e Gênero: Priscila Tomas (2019 é o primeiro ano);

– Literatura, Poesia e Rima: Lana Black (desde 2015);

– Teoria Musical e Técnica Vocal: Lana Black ;

– Estética Urbana e Moda: Lorena Santos (desde 2018).

Além da formação e capacitação de mulheres para atuar com base teórica e técnica no universo do hip hop, a oficina propõe como resultado a montagem de um produto. O produto pode ser, por exemplo, ser uma música, texto, apresentação, algum formato artístico para fechar o ciclo. 

Quem pode participar

Podem participar mulheres cis, trans, Mulher trans, sis, qualquer pessoa. Do mesmo modo, os homens. Desde o primeiro dia de projeto os homens  participam. Entretanto, a metodologia é completamente voltada para as mulheres. “É importante que os homens participem sob essa perspectiva, pois assim nós conseguimos combater preconceitos e machismo em relação às mulheres nessa área da cultura”, conclui Dayana Paula Rodrigues. 

 

Oficina Feminina de Rap. Foto: Alice Guimarães

Serviço

As inscrições podem ser feitas online através do formulário. A faixa etária mínima para participação é de 12 anos. Além do formulário online, as interessadas podem se inscrever no local ou por e-mail. Outras informações também estão disponíveis no Facebook e no Instagram da Oficina Feminina de Rap. 

 

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