Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

O que faz o Cirque du Soleil uma referência no entretenimento mundial?

OVO, a 25ª montagem do Cirque du Soleil, fica no Brasil até o dia 12 de maio. Turnê do show dirigido por Deborah Colker começa por Belo Horizonte

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Disciplina. Essa é uma palavra chave não apenas para quem trabalha no Cirque du Soleil como também para alguém que, como eu, passou algumas horas visitando os bastidores de OVO, a montagem que acaba de chegar ao Brasil. O espetáculo, com direção de Déborah Colker, tem dez anos de vida e alguns marcos.

Por exemplo, foi criado para celebrar os 25 anos da trupe. Tem mais: foi a primeira vez que uma mulher comandou um show da companhia canadense. Entre 2009 e 2015, as sessões de Ovo eram nas tradicionais tendas amarelo e azul do Cirque. Em 2015, a montagem foi repaginada para ocupar arenas no mundo inteiro. É assim que chega ao Mineirinho, para a temporada que vai até o dia 17 de março.

LIVROS

A história do Cirque du Soleil já inspirou muitos livros. Grande parte deles voltado para o mercado de empreendedorismo já que o grupo “inventou” um novo circo com uma diferença gigantesca em relação aos demais. É um negócio criativo e rentável.

Cirque du Soleil/Divulgação

A empresa foi criada em 1984 por vinte artistas de rua liderados por Guy Laliberté. Atualmente, de acordo com o site oficial, são 23 espetáculos em cartaz ao mesmo tempo no mundo inteiro. E mais: a trupe de criativos não para. Já está anunciada para o dia 10 de outubro a estreia do novo show inspirado em Messi. Claro que será em Barcelona, no Parc del Fòrum. Será o primeiro sobre futebol mas o Cirque du Soleil tem um cardápio bastante variado de temas. Dentre os que estão em cartaz, por exemplo, tem montagem sobre água, Beatles, erotismo, cinema, Michael Jackson, comida e, curiosamente, até insetos.

 

Cirque du Soleil/Divulgação

 

OVO

Este é o caso de Ovo. A montagem começou a turnê por Belo Horizonte. Depois vai para Rio de Janeiro de 21 a 31 de março, na Jeunesse Arena; Brasília de 05 a 13 de abril, no Ginásio Nilson Nelson; São Paulo de 19 de abril a 12 de maio, no Ginásio do Ibirapuera.

Ao longo de duas horas, a dramaturgia explora como os insetos trabalham, comem, rastejam, vibram, brincam, brigam, se acasalam e por aí vai. São 17 espécies, interpretadas por 50 artistas no palco. Cada um tem dois modelos de figurino. Um mais leve e funcional para ser usado durante a acrobacia e outro mais detalhado e pesado para os momentos de encenação.

 

Acompanhe os bastidores do ensaio de OVO, do Cirque du Soleil

 

 

Estrutura

Como são insetos, entre os números, tem muita coisa saltitante e nas alturas. A maioria voa, né, gente! A estrutura acrobática fica a uma altura de 45 metros do chão e pesa 10 toneladas. Tudo é feito pensando em aliar estética e segurança. O piso do palco, por exemplo, é feito de 225 painéis. O cenário leva a assinatura do brasileiro Gringo Cardia, antigo colaborador de Deborah Colker.

 

A música

Dirigido por uma brasileira, com o cenário assinado por outro é claro que a música seguiria o mesmo DNA. Berna Ceppas é o responsável. Além de combinar o básico, bossa nova com samba, ele acrescentou uma minuciosa pesquisa sobre a sonoridade dos bichos. Na verdade, Ceppas sampleou o barulho dos insetos. Como é comum no Cirque du Soleil, a trilha sonora é executada ao vivo.

Mas, e então, o que faz o Cirque du Soleil uma referência no mundo do entretenimento? “Nunca perder de vista a razão de ser do trabalho”, como a ex-diretora de conteúdo da empresa, Lyn Heward, registra no livro Cirque du Soleil: a reinvenção do espetáculo. Ou seja: invocar a imaginação, provocar os sentidos e evocar as emoções de pessoas ao redor do mundo.

 

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Cirque du Soleil/Divulgação

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