Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Novembro Negro, da UFMG, chega à sétima edição

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Com mais de 120 atividades em todos os campi e unidades, programação do Novembro Negro tem como eixo a luta antirracista

Mais de 120 atividades, das mais diversas naturezas, compõem a programação do Novembro Negro da UFMG, que, em 2024, chega à sétima edição. Neste ano, a iniciativa conclama à luta antirracista e, do mesmo modo, valoriza o compromisso das Universidades com a formação acadêmica e cidadã pautada na erradicação de todas as formas de intolerância, discriminação e violação de direitos humanos.

Como afirma o texto de apresentação do Novembro Negro, “é necessário transformar e reconstruir a universidade com uma educação antirracista, alicerçada em valores democráticos e com igualdade de oportunidades”.

O espetáculo "Corpo, Preto, Surdo: Nós Estamos Aqui", da Companhia de Teatro BH em Libras, se apresenta nesta quinta, 7 de novembro, no Auditório da Reitoria - Campus Pampulha (Íris Zanetti/Divulgação)

Proposição das atividades

Estudantes de graduação e pós são responsáveis pela proposição de 45% das atividades do Novembro Negro, seguidos por professores (18%), servidores técnico-administrativos (14%), comunidades que se relacionam com a UFMG, com participação significativa de ex-alunos (14%), instâncias administrativas (5%) e colaboradores terceirizados (4%). Noventa e três por cento das propostas veem de pessoas que se autodeclaram negras. Toda a programação é gratuita. No entanto, algumas pedem inscrições por conta da limitação de lugares em auditórios, por exemplo.

“Esta edição do Novembro Negro tem forte protagonismo estudantil, assim como grande amplitude de distribuição dos eventos, que se espalham por todas as unidades de todos os campi, em BH e Montes Claros, e os espaços de cultura e ciência”, enfatiza a professora Elisângela Chaves, diretora de Políticas de Ações Afirmativas da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). Entre as atividades, estão exposições, seminários, fóruns, rodas de conversa, oficinas e apresentações artísticas. Tal qual, o Festival de Teatro Negro, organizado pelo Teatro Universitário, pela Pró-reitoria de Cultura e pela Prae.

Ampliar a visibilidade

A programação do Novembro Negro vai abrigar a 1ª Mostra Acadêmico-científica de Estudantes Negras e Negros, promovida em parceria com o Centro de Convivência Negra (CCN). Desse modo, 34 trabalhos de alunos de graduação e pós-graduação, em forma de pôsteres, ficam em cartaz no Centro de Atividades Didáticas 2 (CAD 2), campus Pampulha. O objetivo e ampliar a visibilidade do conhecimento produzido por estudantes negros e negras.

A edição de 2024 do Novembro Negro se caracteriza pela perspectiva da manifestação de saberes e experiências muito diversas, segundo Elisângela Chaves. “Este Novembro também nos lembra que há sempre mais a ser vivido nos espaços da Universidade. O aumento da presença de pessoas negras na UFMG tem incidido fortemente no nosso fazer cotidiano. Do mesmo modo, cresce a atuação de coletivos ligados a movimentos sociais”, ressalta a professora da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO).

Adesão à pauta

Para diretora de Políticas de Ações Afirmativas da Prae, o volume e a diversidade das propostas de intervenções para o Novembro Negro é emblemático. Para Elisângela, ratifica a sensibilidade crescente da comunidade universitária para a pauta da valorização da cultura negra e do combate ao racismo. “Esse movimento é muito potente porque passa pela percepção, pela consciência e pela luta, que ganha força e é muito mais compartilhada. Muito mais pessoas dedicam seu tempo, sem retorno objetivo, em prol de uma luta coletiva por mudança social e pelo combate ao racismo”, afirma Elisângela.

Todas as informações sobre o Novembro Negro estão no site dedicado ao evento.

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