Liderado por Ariano Suassuna, o Movimento Armorial nasceu na década de 1970 no Recife com objetivo de valorizar a arte popular brasileira. Exposição fica até 07/03.
Por Carol Braga | Editora
Se nem todo mundo que conhece a obra de Ariano Suassuna (1927-2014) sabe do Movimento Armorial, chegou a hora! Está montada no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte uma exposição que presta as devidas homenagens. Criado na década de 1970, em Recife, capitaneado pelo criador do Auto da Compadecida, o Armorial tinha como propósito valorizar a arte popular brasileira.
Sendo assim, a programação inclui tanto a mostra como também diversas atividades paralelas. Tudo isso para convidar o público para mergulhar fundo no universo do Movimento Armorial. De fato, é bastante eclético, múltiplo e fantástico.
A exposição
Com idealização de Regina Rosa de Godoy e curadoria de Denise Mattar, a exposição está dividida em quatro eixos. A visita nos conduz, primeiramente, pela história da vida de Ariano. Depois, pelos trabalhos de outros artistas que integraram o movimento. Na sequência, mostra as diversas apropriações do Movimento Armorial. Por fim, as referências e influências.
A expografia e arquitetura ficaram sob a responsabilidade do designer Guilherme Isnard. A consultoria geral é do artista plástico Manuel Dantas Suassuna (filho de Ariano Suassuna) e do poeta, ficcionista, ensaísta e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Newton Júnior, profundo conhecedor do Movimento Armorial e da obra de Ariano.
Origens
O Movimento Armorial nasceu no 08 de outubro de 1970. Idealizado por um grupo de artistas da região, teve Ariano como líder. Por ser um coletivo, é por isso que tem linguagens e estéticas tão diversas. Participaram dele, por exemplo, Francisco Brennand, Antônio Carlos Nóbrega, Gilvan Samico e Aluísio Braga.
Visite a exposição com a gente:
Expansões
Como o Movimento Armorial integrou diversas artes, entre os dias 12 a 21 de janeiro de 2022, outras expressões passam a fazer parte da programação. O músico Antônio Madureira, da Orquestra Armorial, é o curador. Ele preparou diversos encontros como, por exemplo, Quinteto da Paraíba e o Trio Lancinante; Grupo Rosa Armorial. Pernambuco marca presença com Antônio Nóbrega e o Rio de Janeiro com o duo Ana Oliveira e Sérgio Ferraz.
Além disso, também estão previstos bate-papos sobre a arte Armorial na literatura, no teatro, na música, na dança e nas artes plásticas.
Movimento Armorial 50 anos
De 22 de dezembro de 2021 a 07 de março de 2022
De quarta a segunda, das 10h às 22 horas.
Ingressos gratuitos, retirados pelo bb.com.br/cultura.