Na quarta-feira, 27 de novembro de 2024, a Mostra Especial Dia da Consciência Negra exibe o longa sobre Mestre Môa do Katendê
O Cine Santa Tereza exibe no dia 27 de novembro, quarta, às 19h, o documentário “Môa – Raiz Afro Mãe”, do diretor Gustavo McNair. O longa retrata a história do Mestre Môa do Katendê, músico, capoeirista, educador e símbolo de resistência cultural. Assim, a produção celebra o legado e a militância do multiartista baiano em defesa da cultura afro. Após o filme, haverá uma sessão comentada pelo mestre Jurandir, um dos pioneiros da Capoeira Angola em Belo Horizonte, mediada pela mestre Alcione Oliveira.
A exibição do documentário “Môa – Raiz Afro Mãe”, atividade do Circuito Municipal de Cultura, acontece na Mostra Especial Dia da Consciência Negra, realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte no Cine Santa Tereza, com a apresentação de filmes e outras atividades, até o dia 27 de novembro. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados on-line pelo site da Sympla.
O homenageado
Fundador do Afoxé Badau, multiartista e educador Môa do Katendê fez história em Salvador. Foi um dos fundadores do Afoxé Badauê, responsável por promover a reafricanização do carnaval baiano e influenciar uma geração de artistas, negros e brancos. O seu desejo sempre foi “reafricanizar” a juventude e combater a desigualdade sociorracial, por meio da valorização da cultura afro-brasileira.
O documentário
Com 100 minutos de duração, “Môa, Raiz Afro Mãe” é um mergulho na ancestralidade brasileira, ao acompanhar a trajetória e militância de Môa do Katendê até o seu trágico assassinato político, em 2018. Ele tinha 63 anos. O diretor Gustavo McNair se interessou pelas histórias e sabedoria do artista e o convidou para retratar, em filme, os seus ensinamentos. Na época, Môa chegou a gravar entrevistas para compor o trabalho, que conta a sua história por meio dos seus relatos de depoimentos de amigos e artistas, como Gilberto Gil, Fabiana Cozza e Lazzo Matumbi; e de imagens de arquivo.
O filme também revela e exalta as raízes africanas no carnaval da Bahia, com o axé, os blocos, a capoeira e demais manifestações afro, em uma reconexão com a cultura originária do Brasil. Produzido pela Kana Filmes, “Môa, Raiz Afro Mãe” já foi exibido em diversos festivais internacionais. Entre eles, o Panorama Coisa de Cinema 2022, o Festival de Cinema de Alter do Chão 2022, o Festival du Cinéma Brésilien de Paris 2023 e a 15ª edição do In-Edit Brasil.
Sessão comentada
Após a exibição, o documentário “Môa, Raiz Afro Mãe” será comentado pelo mestre Jurandir, um dos pioneiros da Capoeira Angola em Belo Horizonte. É também um dos fundadores da Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA), criada em 1995, com a missão de preservar e promover a capoeira, respeitando sua ancestralidade e tradição ritualística.
A sessão comentada será mediada pela mestre Alcione Oliveira, discípula da Capoeira Angola desde 1992. Alcione fez parte do Grupo Iúna (Mestre Primo) e da Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Mestre João). Em 1997, passa a integrar a primeira formação da Associação de Capoeira Angola Dobrada (ACAD) em Belo Horizonte. Nesse período, residiu na Alemanha, França e Itália, ensinando Capoeira Angola. Do mesmo modo, fez viagens para encontros nacionais e internacionais. Em 2006, recebeu na ACAD, o título de Contramestra. Já em 2017, o de Mestre em 2017, pelas mãos de Mestre Rogério e Mestre Índio.
Em 2018, inaugura o Espaço Sociocultural da Floresta e, em 2019, funda o Grupo Candeia de Capoeira Angola, onde atualmente desenvolve seu trabalho.
Serviço
Documentário “Môa – Raiz Afro Mãe” | Sessão Comentada
(Gustavo McNair | Brasil | 2023 | Documentário)
Quando. Dia 27 de novembro (quarta-feira), às 19h
Onde. R. Estrela do Sul, 89, Santa Tereza – BH/MG
Quanto. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados on-line neste link
Classificação. 12 anos
Duração. 100 minutos