Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Marina Gomes lança “Central do Amor” na Autêntica

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A cantora e compositora mineira Marina Gomes mostra o repertório de seu segundo disco nesta quinta-feira

Patrícia Cassese | Editora Assistente

Desde o estágio embrionário, a cantora e compositora Marina Gomes já tinha bem claro, em sua mente, o tema que direcionaria o repertório de seu segundo disco de carreira, “Central do Amor”. “Ele mesmo, o amor. Sempre foi o norte”, revela ela, que lança o trabalho em show nesta quinta-feira, a partir das 20h, no palco da Autêntica.

Marina Gomes, que lança o seu segundo disco, "Central do Amor" (Alexandre Rezende/Divulgação)
Marina Gomes, que lança o seu segundo disco, "Central do Amor" (Alexandre Rezende/Divulgação)

“Assim, as canções foram selecionadas primeiramente a partir da mensagem que traziam, se tinham o amor como tema principal ou se daquela canção existia uma história de amor”, elucida a artista. Marina conta não ter tido receio de que o tema por ela escolhido soasse, para alguns, como clichê.

“Na minha opinião, o amor nos coloca em conexão com um sentimento que alimenta, modifica, cura e traz alegria. Assim, penso que cantar o amor, falar de sentimentos que confortam, traz, logo, bem-estar, tanto pra quem ouve como para quem toca e canta”, entende Marina Gomes.

Uma mensagem que, afiança, traz consigo toda uma energia. “Desta forma, esse repertório foi escolhido para confortar corações”, arremataa. Vale dizer que, nas plataformas, o repertório aterrissou no último dia 19.

Concebido como um disco de samba, “Central do Amor”, ao mesmo tempo, resvala um formato mais intimista, inspirado no jazz: violão, bateria, baixo e voz. A produção é de Bruno de Oliveira (Graveola)

Repertório

Entre as faixas que ecoam o amor, e não apenas no sentido do estabelecido entre as duas partes de um casal, está “Dori das Ostras”. A faixa, diga-se, marca a estreia da parceria dela com Silvério Pontes e Bobô da Cuíca. “Na verdade, sela uma parceira que vem rendendo muitos frutos, que é o caso da estabelecida com Bobô. Percebe como do processo de feitura de uma música nasce o amor?”, argumenta.

Bobô é também autor, junto a Gugu de Souza, de “Central do Amor”, a música que dá nome ao disco. “É, na verdade, o carro chefe deste trabalho. Falamos do amor como parceria, como amizade, como paixão. E por que não ser também tudo isso ao mesmo tempo? É possível? Fica a reflexão”, elabora Marina.

A capa do novo disco de Marina Gomes, que aterrissou este mês nas plataformas

A cantora e compositora coloca outra indagação na mesa: “O amor é uma eterna missão?”. E, a partir daí, explana: “Pode ser que seja o rumo para relações mais sinceras e respeitosas”.

Clipe

Em “Central do Amor”, a faixa, o arranjo é assinado pelo violonista brasiliense Rafael dos Anjos. “Conheci ele pessoalmente, no Rio de Janeiro, em uma das minhas andanças pelas rodas de (do bairro) Bento Ribeiro. Fiz o convite e ele topou!”. Já o violão, na faixa, ficou a cargo do parceiro de Marina, o violonista Daniel Filho.

Em tempo: o clipe de “Central de Amor” foi lançado no dia 5 deste mês (está disponível no YouTube).

“Perfeito Abrigo”

Composta com Betinho Moreno e Fábio Martins, a faixa “Perfeito Abrigo”, por sua vez, tem participação de Aline Calixto, que Marina chama de “uma parceira”. “É um inspirado ijexá que chegou pra mim a convite do violonista e compositor Betinho Moreno”, diz a artista.

Aconteceu durante uma visita, à casa dela, dos integrantes do Reduto de Compositores Vários Dons. “Eles foram levar uma pequena amostra de inéditas do coletivo. Cantaram várias. Gravamos, conversamos sobre samba… Enfim, foi uma noite riquíssima”.

Dois dias depois, Betinho entregou-lhe esta música. “Nada menos que lindíssima! Convidamos o percussionista e compositor Fábio Martins, parceiro antigo, para finalizarmos. Assim, na mesma sala que os integrantes do Reduto se reuniram, nos encontramos e fizemos ‘Perfeito Abrigo'”, exulta ela, que vê a composição como uma mensagem de esperança e confiança.

O fecho

Outra faixa que ela destaca é “Pra Falar de Amor”, de Thiago Delegado, Nath Rodrigues, Vini Ribeiro e Clara Delgado. Foi, revela Marina, uma composição encomendada. “Eu queria uma música rápida para fechar o disco, e ainda não tinha achado nada como pensava. Aí, sugeri o tema e a proposta para o Delegado. E, para minha felicidade, ele animou”.

Foi pouco depois, já em um encontro na casa do contrabaixista e compositor Vini Ribeiro, que a música finalmente veio à luz. “Também estavam lá a Nath, que é musicista, cantora e compositora, e a Clara, que é escritora. A faixa tem um arranjo balançado, pungente, e fecha o disco com uma maravilhosa execução”.

Roteiro do show

No show, Marina conta que vai mostrar todas as músicas do disco, além de outras surpresas, como uma ou outra releitura. Uma das cerejas deste bolo é que a artista vai ter, no palco, as participações dos convidados que estão disco. Assim, estarão com ela: Dona Eliza, Fernando Bento, Lívia Itaboray, Pablo Dias, Thiago Delegado, Roberta Arruda, Andinho Santo e Vinícius Mendes. “E lembraremos uma faixa especial do meu primeiro disco, O Samba é Meu Guia”.

A abertura fica por conta do músico Moyseis Marques, mineiro de Juiz de Fora, mas criado na Vila da Penha, no Rio.

Carreira plural

Nascida em Divinópolis, Marina Gomes já soma 14 anos de trajetória na música. Em 2015, lançou seu primeiro disco, “O Samba é Meu Guia”.

Inquieta, já se envolveu com diversos projetos musicais, como: Samba da Silva, Samba da Madrugada e Roda Viva, entre outros. E? uma das fundadoras do projeto Samba da Criação, roda de samba que valoriza os compositores de Minas Gerais.

Integra, ainda, os grupos de choro Abre a Roda – Mulheres no Choro, Choro Vadio e A Quarteta. Também foi uma das fundadoras da Pagode das Mina e do Coletivo Donas de Si.

Paixão pelo samba

Indagada sobre a origem de sua ligação com o samba, Marina conta que sempre lembra a família diante desta pergunta. “Porque foi na casa dos meus avós maternos que escutei samba pela primeira vez”.

Marina rememora que, no fundo da casa dos avós, havia um quartinho, carinhosamente chamado de “Só Cabe Seis”. “Foi lá, circulando entre o banquinho que apoiava a cerveja e alguns familiares, que se deu o meu primeiro contato com a música”.

A artista recorda que, por lá, “era cantado o verdadeiro cancioneiro nacional”. No repertório, samba, claro. “Minha madrinha e meu tio Marcelo cantavam e tocavam violão, alguma percussão para acompanhar também era bem-vinda”.

O auge, relata, era quando a avó chegava na roda e cantava “Ai ioiô”. “Fiz uma gravação dela no meu primeiro disco, ‘O Samba é Meu Guia’. Uma homenagem a toda a minha ancestralidade”.

Serviço

Lançamento Central de Amor – Marina Gomes
Quando. Nesta quinta, 25 de maio, às 20h
Onde. A Autêntica (rua Álvares Maciel, 312 – Santa Efigênia)
Abertura: Moyseis Marques
Ingressos
Lote Promocional: R$ 20

Primeiro Lote: R$ 60 (inteira) – R$ 30 (meia entrada)

Segundo Lote: R$ 70 (inteira) – R$ 35 (meia entrada)

Portaria: R$ 80 (inteira) – R$ 40 (meia entrada)

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