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BH recebe Ministra da Cultura e divulga editais da Lei Paulo Gustavo

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Além do anúncio dos esperados editais da Lei Paulo Gustavo, Margareth Menezes apresentou novas políticas culturais do Minc

Por Helena Tomaz | Assistente de Conteúdo 

“Eu falei faraó”, canta o público no Teatro Francisco Nunes. A ministra da Cultura, Margareth de Menezes sobe ao palco. Cercada por membros da sociedade civil e autoridades políticas, chegou a Belo Horizonte nesta sexta-feira (29) para o lançamento do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC). 

Ministra Margareth Menezes em BH. Foto: Priscila Natany/Culturadoria
Ministra Margareth Menezes em BH. Foto: Priscila Natany/Culturadoria

Comitês de cultura 

Os comitês funcionam como redes de agentes da sociedade civil escolhidos por meio de edital para atuar em cada estado a fim de fomentar a cultura e implementar projetos culturais. De acordo com o Ministério da Cultura, a iniciativa representa uma “busca ativa para atingir públicos que não acessam políticas culturais”. 

Serão selecionados 600 “agentes territoriais de cultura” em todo o Brasil para integrar os comitês de cultura. O edital para selecionar representantes de instituições culturais ficará aberto até o dia 31 de outubro de 2023. A atuação dos selecionados iniciará em janeiro de 2023, em parceria com os Institutos Federais (IF). No entanto, o Ministério não especificou o número de selecionados por estado.

De acordo com o Ministério da Cultura, territórios indígenas e quilombolas serão prioritários na seleção por meio dos editais, visando a territorialização da nova política. A seleção também vai adotar critérios de diversidade – como raça, gênero e orientação social – para os agentes dos comitês de cultura. 

Escritórios do Ministério

Paralelamente aos Comitês de Cultura, o MinC vai instalar escritórios do próprio ministério em todas as 26 capitais do país. Assim, a intenção é que os escritórios atuem em parceria com os Comitês de Cultura para garantir a territorialização das iniciativas culturais brasileiras. 

Lei Paulo Gustavo

Na oportunidade do encontro com Margareth Menezes, a secretária de cultura de Belo Horizonte, Eliane Parreiras, anunciou o lançamento dos editais da Lei Paulo Gustavo, com mais de R$18 milhões de reais, distribuídos em três editais.

O primeiro edital, BH Premiação para Culturas Populares e Tradicionais, Culturas Urbanas e Pontos de Cultura, destinará aproximadamente R$2,2 milhões para premiar proponentes individuais, duplas, coletivos e Pontos de Cultura certificados que contribuam para o desenvolvimento artístico e cultural da cidade. As inscrições estão abertas de 1º a 15 de outubro de 2023. 

O segundo edital, BH Múltiplas Artes e Culturas, disponibilizará R$3,2 milhões para projetos culturais em diversas áreas, como Artes Cênicas, Artes Visuais, Literatura, entre outras. As inscrições ficam abertas de 1º a 16 de outubro de 2023. 

Por fim, o terceiro edital, BH nas Telas – Edição Paulo Gustavo, investirá cerca de R$12,6 milhões em ações voltadas para produções audiovisuais, salas de cinema, capacitação no audiovisual e apoio a festivais. As inscrições estarão abertas de 1º a 17 de outubro de 2023. 

Os editais serão disponibilizados aqui.

Ministra Margareth Menezes

Durante a cerimônia, a ministra da cultura Margareth Menezes ouviu – e, por vezes, fez anotações –  às falas dos belo-horizontinos e dos integrantes do ministério. Ao final da cerimônia, ressaltou a importância da cultura brasileira e do Ministério da Cultura. “Que ninguém, nunca mais, destrua o Ministério da Cultura”, frisou Margareth. 

Ela reforçou o caráter de transformação social e a importância econômica do setor cultural. Também destacou a necessidade da valorização da cultura afro-brasileira e indígena. “Que todas as culturas sejam respeitadas”, destacou. A ministra, no entanto, não entrou em detalhes a respeito das novas políticas do ministério. 

Ministra Margareth Menezes em BH. Foto: Helena Tomaz/Culturadoria
Ministra Margareth Menezes em BH na cerimônia que também anunciou os editais da Lei Paulo Gustavo. Foto: Helena Tomaz/Culturadoria

BH no palco

No palco, representantes da cultura mineira (líderes religiosos, líderes de blocos de carnaval e produtores culturais) discursaram. Sendo assim, com a missão de expor as ações culturais de Belo Horizonte e de Minas Gerais, eles se revezaram, falando sobre hip-hop, educação, samba, religião, carnaval e diversidade. 

Júlia Santos, líder da comunidade LGBTQIAP+, pediu por editais do ministério da cultura que englobem saberes ancestrais, experiência e a cultura oral. “Não dá mais para seguir produzindo na precariedade. A gente já provou que dá conta. Precisamos pensar editais que alcancem com equidade a todas, todos e todes. […] Não podemos aceitar a realidade de produzir nas brechas”, concluiu.

Estado

A Lei Paulo Gustavo tem execução descentralizada, com repasses aos Estados e Municípios. A previsão é de que o edital elaborado pelo Governo de Minas também fosse lançado nesta sexta (29), mas as informações ainda não foram divulgadas. 

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