
Foto: Simone Pazzini / Divulgação
Foi da parceria de longa estrada entre os músicos Marcelo Chiaretti e Cristiano Vianna que o disco ‘Entre o Norte e o Poente’ surgiu. Um trabalho que mostra as peculiaridades musicais da dupla em 13 canções inéditas compostas em parcerias. Músicas que contam histórias e memórias de lugares de Belo Horizonte e de outras cidades do mundo. Sendo assim, totalmente instrumental, o disco será lançado no dia 10 de outubro, às 20h, na Fundação de Educação Artística.
Marcelo é flautista e Cristiano violonista. Ambos tiveram contato com a música na adolescência. Percorreram caminhos diversos e se encontraram há 18 anos tocando em grupos de choro e música brasileira por aí, como por exemplo, no grupo Copo Lagoinha. Em parceria, foram ainda finalistas do prêmio BDMG Instrumental em 2011. Nesse hiato, acumularam muitas composições e decidiram que era hora de registrar algumas em disco.
“Eu estava em Barcelona e o Marcelo em Paris. Fazíamos as canções por e-mail. Ele enviava alguns compassos e eu acrescentava. Nessa brincadeira fizemos várias e decidimos criar o disco”, conta Cristiano. O álbum foi gravado entre junho e agosto de 2018 no ‘Estúdio Motor’. Em suma, a primeira parte traz estilos mais regionais e choro, já a segunda parte, mostra uma produção mais jazzística. Canções que começaram a ser compostas em 2008, período em que os amigos estavam em países diferentes.
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O disco
“Nosso disco dialoga com as matrizes da música brasileira, como por exemplo, o choro, bossa nova e a música mineira. Tínhamos muitas canções, lapidamos bastante o repertório para que pudesse representar de um lado a música mais ligada ao choro e de um outro lado a música ligada ao jazz. O disco é uma parceria. Um processo de um oferecer ideia para o outro”, explica Marcelo. Parcerias com músicos amigos também estão presentes no disco, o que faz o projeto ter um repertório instrumental em diversos arranjos e formações.
‘Entre o Norte e o Poente’, vem do nome de uma das canções dos discos. Segundo Marcelo, uma das mais lentas. “O nome vem de um trecho de Guimarães Rosa que fala que os rios bonitos são aqueles que nascem no Norte e correm no poente. Dessa forma, olhamos como uma metáfora poética que significa um pouco do processo de parceria e o fluxo, como o rio que flui”.
O álbum é patrocinado pelo UniBH via Lei Municipal de Incentivo Cultura. O show será na Fundação de Educação Artística. Espaço que representa muito para os dois músicos. Eles estudaram lá. Marcelo é também professor na instituição. “É uma alegria enorme poder fazer de lá o local de lançamento do disco. Assim, esperamos que as pessoas que nos acompanham estejam presentes. A música instrumental precisa de muito apoio”, afirma.
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