Inspirada em “A Flauta Mágica”, de Mozart, o espetáculo mescla melodias do austríaco com muito rock’n roll
Neste sábado, 24 de fevereiro, sábado, às 18h, o Cine Theatro Brasil Vallourec recebe a estreia do espetáculo “A Guitarra Mágica”, da Cyntilante. Inspirada na ópera “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart, a montagem também terá uma sessão no domingo, dia 25, às 17h. Em cena, atores cantam, ao vivo, acompanhados de orquestra de câmara e um trio power rock, formado por guitarra, baixo e bateria. Na trama, dois amigos são transportados para dentro de um jogo de fliperama e, para encontrar a saída, precisam chegar à última fase, sem perder a única vida que lhes resta. Durante a aventura, eles contam com a ajuda de uma Guitarra Mágica.
Diretor artístico da Cyntilante Produções, Fernando Bustamante pondera que, normalmente, o espectador do universo da ópera é mais elitizado. “Daí, a ideia de aproximar o público em geral da música de concerto. Ou seja, a partir do contato com obras históricas que se tornam mais acessíveis e envolventes quando levadas a outros contextos”, comenta. Ele lembra, porém, que a proposta de juntar Mozart e rock não é nova. Assim, surge em 1985, com a banda francesa Dollie De Luxe. “O grupo chama atenção ao criar um mashup da ária de Mozart com ‘Satisfaction’, dos Rolling Stones. Uma inspiração para a construção da nossa versão da ‘Flauta Mágica’”, comenta.
Trilogia
Desde 2005, a Cyntilante Produções adapta clássicos da literatura para o teatro musical. “A Guitarra Mágica” é o segundo espetáculo daquela que, na verdade, será uma trilogia. O primeiro espetáculo da trilogia foi “João e Maria – A Opereja”, que teve estreia no ano passado. Assim, a produção levou a ópera alemã de Engelbert Humperdinck – sobre a fábula dos irmãos que se perdem na floresta – para a paisagem do sertão brasileiro. Em 2025, a proposta é encerrar a iniciativa com “Aída”, de Verdi, mas dentro do contexto do samba.
A narrativa
Em “A Guitarra Mágica”, o público é convidado a uma aventura, embalada por Mozart, Led Zeppelin, Cazuza, Legião Urbana e Elvis Presley. Isso por meio dos personagens Tamino e Papageno, vividos por Thales Barbosa e Leon Ramos. Desse modo, para retornar ao mundo real, a dupla de amigos terá apenas uma vida para passar por todas as fases do fliperama. Assim, poderão resgatar a Princesa Pamina, pegar um Livro Encantado de Música e derrotar o Chefão Zarastro, com a ajuda de uma guitarra mágica.
“Como a história do espetáculo se passa dentro de um videogame, o cenário é todo virtual”, explica Bustamante. Ele conta que para criar a atmosfera, o público assiste, em painéis de Led tradicional, a projeções com ambientes e criaturas no formato quadriculado, que lembram o videogame retrô de 16 bits. “Como por exemplo, algo próximo dos cenários de Super Mário e outros grandes ícones do videogame 2D, que não tem a pretensão de fazer o mundo virtual igual ao mundo real”, comenta.
Referências
Os figurinos de Ricca Costumes, em “A Guitarra Mágica”, fazem opção pela atitude rock. Assim, os cabelos punks. Tal qual, a fluorescência que tem o rock nas cores, não só o lado dark. “A gente também acentua algumas referências que levam a plateia a ter a sensação de estar num jogo de fliperama de antigamente, com a ostentação de cabeças e perucas com formas retas e ‘pixeladas’”, diz ele.
Serviço
“A Guitarra Mágica”
Quando: Dias 24 e 25 de fevereiro de 2024 – sábado, às 18h, e domingo, às 17h
Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec (Av. Amazonas, 315, Centro)
Valor: Ingressos a R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia) em www.cyntilante.com.br
Duração: 80 minutos | Classificação indicativa: recomendado para crianças a partir de 5 anos