Nesta terça-feira, o Letra em Cena convida a psicanalista e pesquisadora Maria Homem e o escritor Jacques Fux
Nesta terça-feira, a partir das 20h, em mais uma sessão especial do projeto Letra em Cena, a psicanalista, pesquisadora e professora Maria Homem e o escritor mineiro Jacques Fux vão debater literatura e psicanálise. O encontro acontecerá no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Na ocasião, o curador do programa literário, José Eduardo Gonçalves, fará a mediação, enquanto a leitura de textos fica a cargo do ator Odilon Esteves. A entrada é franca e os ingressos podem ser retirados no site da Sympla. A classificação é livre.
O trabalho de Maria Homem promove uma reflexão sobre a interface entre a psicanálise, a subjetividade e a cultura. Maria Homem, vale dizer, atende pacientes e atua na esfera pública, abordando, em reflexões, o laço social, a literatura, o cinema, a comunicação, os conflitos e a política. Não bastasse, lança luz sobre outros temas contemporâneos, como vida digital, sexualidade, gênero e diversidade. Entre suas obras, estão, por exemplo, os livros: “Lupa da Alma – Quarentena-revelação” e “No limiar do silêncio e da letra: traços da autoria em Clarice Lispector”.
Parceria
Para Maria Homem, a literatura é parceira da psicanálise. “Quando você escuta alguém, é uma história, mas é uma vida, uma postura subjetiva. Tanto que, para a clínica, muito mais importante do que a história é a posição do sujeito dentro da história. O que ele elabora, o que ele atravessa. O que nosso herói, nossa heroína, está descobrindo nesse caminho? Sem dúvida, a psicanálise e a literatura fazem uma grande parceria”, atesta.
Jacques Fux também entende que a literatura e a psicanálise se completam. “O Freud foi um grande leitor e um exímio escritor – inclusive, foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura por diversas vezes (aliás, essas e outras histórias conto no meu livro “Nobel”, de 2018). Assim, acredito que a literatura e a psicanálise conversam e se complementam nas angústias, nas faltas e na busca-pulsão pelo prazer e sofrimento que habitam o ser humano”, conta.
Denominadores comuns
Maria Homem acrescenta que a psicanálise e a literatura têm muito em comum tanto no receber quanto no produzir. “Uma coisa é a história, e outra é a própria arte da palavra, ouvir a palavra. É uma conexão com o mundo, com o outro, com a descoberta”, observa a psicanalista.
Fux, por seu turno, apresenta, em seus romances, uma “bagunça” entre o que é real e o que é ficção. “Na verdade, toda a memória é fragmentada. Assim, ao usarmos a ficção, damos liga e concatenamos as nossas (e todas) histórias. Contar e encantar faz parte do ser humano, de suas riquezas e vicissitudes”, explica o escritor mineiro.
Serviço
Letra em Cena
Literatura e psicanálise: com a psicanalista Maria Homem e o escritor Jacques Fux, em conversa com José Eduardo Gonçalves
Quando: Nesta terça, 12 setembro, às 20h
Onde. Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (rua Bahia, 2.244, Lourdes)
Classificação: livre
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