Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Leônidas Oliveira fala do desafio das autoridades no setor cultural frente à pandemia

Secretário de Estado de Cultura e Turismo defendeu a descentralização de mecanismos para atendimento a artistas, empreendedores e fazedores de arte

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A cultura é um dos setores mais afetados pela pandemia do Coronavírus e amenizar esse cenário tem sido tarefa árdua para os artistas, agentes culturais e autoridades. Em Minas Gerais, Leônidas Oliveira foi nomeado Secretário de Estado de Cultura e Turismo no dia 13 de maio. Entrou no olho do furacão e tem pela frente um caminho importante para trilhar. “Desafio faz a gente crescer, aprender e ter criatividade. Acho que é isso que está acontecendo. É preciso ter força e união pra sair disso”, comenta o secretário.

Dessa maneira, algumas medidas já estão sendo desenvolvidas na tentativa de amenizar os impactos. Um deles é o Arte Salva, programa que surge com o objetivo de  apoiar artistas, produtores e empreendedores culturais durante a pandemia, bem como povos e comunidades tradicionais em situação de extrema vulnerabilidade. Pelos menos outros cinco programas e editais devem ser lançados nos próximos meses. Entre eles, um exclusivo para apoiar a realização de lives. 

Ampliação de mecanismos

De acordo com Leônidas, é necessário que haja uma descentralização do fomento da arte e cultura. “A Lei Rouanet tem o seu valor, mas ela não chega nos municípios. Está concentrada na região sudeste. O próprio mecanismo da burocracia não deixa”, explica. Para que essa expansão ocorra – e os mecanismos sejam mais abrangentes – é essencial um outro entendimento de cultura e arte.

Leônidas Oliveira
Foto: Denilton Dias / O Tempo

“É preciso também que os governos entendam a cultura de forma melhor. Ou seja, que tenha uma apropriação dessa coisa bonita, interessante e forte que nos dá sentido de pertencimento de forma mais ampla. Por todos nós, sociedade e fazedores de cultura”, detalha Leônidas Oliveira.

Leônidas é ex-presidente da Fundação Municipal de Cultura de BH e também da Belotur. Além disso, foi presidente interino da Embratur, Empresa Brasileira de Turismo e diretor executivo da Funarte. 

O lugar da cultura

Quando assumiu a pasta, o secretário notou como outras áreas são mais avançadas nas questões dos dados do que a cultura. De acordo com ele, o turismo, por exemplo, tem números concretos em termos de PIB, projeção de crescimento, números de pessoas empregadas e etc. Por outro lado, a cultura tem poucos números e, mesmo assim, em grande parte apenas dados públicos. Isso é preocupante já que dados econômicos são importantes “sobretudo em um mundo onde nós precisamos provar que a cultura é fator de desenvolvimento econômico, que a arte gera riqueza, não somente a espiritual, mas na criação de empregos”, desabafa.

Editais

O projeto Arte Salva está em execução o projeto atua em diferentes frente para garantir campanhas de arrecadação, linhas de crédito, fornecimento de informações sobre políticas públicas, lançamentos de editais e outras atividades. Trata-se de uma rede formada pelo Governo de Minas, entidades da sociedade civil e iniciativa privada. 

Só para exemplificar, uma das ações são abertura de editais para projetos de expressão artístico-cultural. O primeiro foi um fundo de R$ 2,5 milhões que contemplou mais de mil projetos de vídeos para. Confira aqui todas as ações. Saiba mais sobre o projeto no site da Secretaria

Leônidas Oliveira
Foto: Arquivo Pessoal

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