Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

Exposições virtuais em BH resgatam a profissão de lambe-lambe

Fotografias de dezenas de profissionais podem ser vistas na Casa Fiat de Cultura e na Fundação Cultural Clóvis Salgado

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Quem frequenta o Parque Municipal de Belo Horizonte sabe que por lá andam profissionais de um ofício em extinção: o de lambe-lambe. São nove. Patrimônio Cultural do Município, a profissão perpassa séculos. É para homenagear essas pessoas, contar a história da fotografia e da sociedade que a Casa Fiat de Cultura e a Fundação Cultural Clóvis Salgado inauguram exposições virtuais.

Os fotógrafos de lambe-lambe surgiram no começo do século XX. Logo depois, ficaram famosos por fazerem registros fotográficos em praças, parques e na rua. Começaram em máquinas que pareciam caixas. Hoje, já estão no digital. Registraram muitas histórias. São essas nuances que a Casa Fiat de Cultura mostrará até o fim de outubro por meio da mostra Conexão Casa Fiat de Cultura e MIS-SP: Lambe-Lambe.

O acervo da mostra é composto por 70 fotos e quatro vídeos. Eles serão publicadas semanalmente no site e nas redes sociais. Dessa forma, o público conhecerá um pouco mais das imagens do acervo do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e curiosidades sobre a profissão. As fotografias foram feitas por dezenas de profissionais de São Paulo no Jardim da Luz, na Praça da República, na Praça da Sé e no Parque da Independência. O acervo foi um dos primeiros do museu.

Foto: Acervo MIS-SP / Credito: Marcio Mazza

“São registros variados do início dos anos 70. Eles foram reunidas pelos estudantes de arquitetura Marcio Mazza e José Teixeira. Um dos projetos que ajudou a fundar o MIS-SP”, conta Cleber Papa, diretor cultural do museu. “Imagens que mostram o cotidiano. Dessa maneira, as pessoas poderão ver como as fotografias são importantes para a memória e identidade das famílias e cidades”, completa Ana Vilela, gestora da Casa Fiat de Cultura.

 

retratistas do morro
Retratistas do Morro – Foto: Afonso Pimeira / Divulgação

Retratistas do Morro

Já a Fundação Clóvis Salgado exibirá no site e nas redes sociais, por tempo indeterminado, a mostra Retratistas do Morro. Em cartaz de maneira presencial na Câmera Sete, teve que ser interrompida por conta da pandemia. Agora, as obras dos fotógrafos João Mendes e Afonso Pimenta ganham galeria virtual. Ambos dedicam a vida e a profissão a registrar o cotidiano. Sobretudo dos moradores da Comunidade do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte.

São mais de 40 fotografias. Em resumo, retratos 3×4, fotos de formaturas, eventos e cotidiano. Como, por exemplo, bailes de soul e festas. Todos feitos na capital mineira. Além das fotos, histórias dos bastidores da exposição serão expostas nas redes sociais da fundação. Tem ainda um documentário de 40 minutos. O material revela os bastidores de algumas das fotografias. Assim como reúne depoimentos dos personagens, dos dois fotógrafos e do curador.

“A mostra é uma perpetuação do trabalho e das imagens. No online, sobretudo, tivemos mais espaço para falar de coisas que dentro da galeria você não fala. Sendo assim, o público poderá fazer um tour na instalação física da exposição, ver detalhes em textos e curiosidades. Tem ainda, todas as fotos em uma espécie de livrete”, explica Guilherme Cunha, artista e pesquisador, que é o curador do evento.

Clique aqui e confira cinco motivos para ver a exposição.

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