Curadoria de informação sobre artes e espetáculos, por Carolina Braga

La Movida volta à ativa em novo endereço no bairro Floresta

Projeto de micropeças retoma as atividades depois de uma bem sucedida temporada de estreia em 2017

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Fim do mistério: a nova casa do La Movida, microteatro bar será no bairro Floresta. Precisamente, na Rua Marechal Deodoro, 308, esquina com Avenida Francisco Sales. Se situou?  Pois é naquela região, que já teve o Teatro Alterosa em atividade, que o projeto liderado por Clarice Castanheira, Marco Túlio Zerlotini e Alice Lucchesi passará a funcionar. Sempre de quarta a sábado, com cenas em cartaz a partir de 19h30. A estreia está marcada para o dia 24 de abril.

Para quem não conhece, o La Movida é um projeto que esteve em operação em Belo Horizonte em 2017. Funcionou durante alguns meses na casa onde era a antiga alfaiataria Genaro. Depois, viveu uma experiência em containers em Contagem. Agora, com o projeto foi aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura e patrocínio do UniBH, tem sede garantida por dois anos.

“Tivemos o tempo para o projeto piloto e agora chegou o momento de consolidar o formato na cidade”, diz Clarice Castanheira. Segundo ela, considerando os festivais que já são realizados em BH, tais como Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto e Mostra Lab, por exemplo, temos uma produção contínua do formato por aqui. “O La Movida vem como escoamento disso”, completa.

Sócios do La Movida na varanda da nova casa. Foto: Fred Antoniazzi/Divulgação

La Movida se inspira em ideia semelhante realizada em Madri, na Espanha, onde os artistas criam e apresentam cenas de até quinze minutos, para plateias de até 15 espectadores. Dessa maneira, nesse meio tempo, enquanto o público espera uma e outra apresentação, o espaço é também um bar. Daí o nome: microteatro bar. A primeira temporada deixou claro o potencial que o projeto tem para promover encontros.

Abertura

A temporada de abertura da nova sede do La Movida, de 24 a 27 de abril, será toda com cenas convidadas. Na verdade, a equipe de curadoria do La Movida propôs uma inversão para alguns espetáculos que já estrearam em BH. Em síntese: condensar uma peça de longa duração em 15 minutos. Dessa maneira, estariam dentro do formato.

Sendo assim, toparam o desafio, o Grupo Teatro Andante, com Lama; Grupo Atrás co Pano, com Por parte de Pai; Cia Negra de Teatro com Chão de Pequenos e Toda Deseo com Glória. “A ideia foi para potencializar o formato do microteatro e assim mostrar o quanto ele é possível”, afirma Clarice. Em maio começam as apresentações das peças selecionadas pelo edital. Os interessados enviaram as propostas em fevereiro.

 

Cena de Lama, da Cia Teatro Andante. Foto: Clau Silva / Divulgação

 

Espaço

A nova casa do La Movida tem dois andares. Já fomos lá conferir pessoalmente. No piso superior, estão as salas de espetáculos. São três, todas já adaptadas para atender as demandas técnicas dos artistas que se apresentarão por ali. Ou seja, cortinas pretas em toda a sala e instalações elétricas preparadas para refletores. Também no andar de cima, há um camarim a ser compartilhado entre os atores em cartaz.

Já no piso térreo será montado o bar. Na primeira versão do La Movida o espaço para os comes e bebes ficava praticamente na calçada. Agora não, há um amplo salão que abrigará mesas e bancadas. Também tem lugares na área externa, especialmente, um balcão na frente da casa.

O cardápio também passará por reformulação. “O bar também vai ter outra proposta. O cardápio será mais diversificado e com cara de buteco, inspirado na comida daqui”, conta Clarice. Segundo ela, serão vários tipos de cerveja entre as opções, assim como drinks e vinhos. “O conjunto do La Movida é pensado e inspirado na cara da cidade”.

Durante a primeira temporada, em 2017, o La Movida deixou uma marca positiva. Por exemplo, quantitativamente, foram cinco meses e 1.104 apresentações. Para os artistas, o espaço funcionou como um laboratório para novas cenas e espetáculos. Dessa maneira, muitos embriões apresentados durante o projeto se tornaram espetáculos respeitados. Por outro lado, como reunia muita gente interessada na pesquisa teatral, acabou se tornando um ponto de encontro para a classe.

 

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