Quando se fala em avó, o que vem à sua cabeça? Para muita gente, é sinônimo de afeto, doçura, compreensão e muitos mimos. “Quando estamos perto delas é como se a gente acionasse um botãozinho para um lugar que é mais doce e terno, outra dimensão”, reflete a escritora Júlia Medeiros. E justamente por pensar nisso e na história com a própria avó Esmeralda que Júlia escreveu o livro A Avó Amarela, vencedor do Prêmio Jabuti como o melhor livro infantil em 2019. A narrativa se passa em um domingo em família, num almoço na casa da avó.
Justamente no próximo domingo (26), no dia em que é comemorado o Dia dos Avós, Júlia participa celebração online promovida pela Casa Fiat de Cultura. Ela vai realizar uma contação de histórias do livro A Avó Amarela às 10h. “Recomendo que todo mundo veja junto, mesmo que distante”, recomenda. Júlia participou nesta quarta (22) do Show da Tarde, programa realizado ao vivo pelo Instagram do Culturadoria.
Foi uma conversa cheia de memórias afetivas sobre as avós. “É um universo que fica um pouco fantástico”, ressalta Júlia. A atriz e escritora compartilhou com Carol Braga as respectivas lembranças sobre os cuidados recebidos das avós. “O tempo com a avó não era o das obrigações. Era o tempo do prazer. Isso tudo ia deixando o momento muito encantado e mágico”, acrescentou.
O livro
Júlia Medeiros contou que até publicar A Avó Amarela o texto teve um longo período de decantação. Ou seja, foi amadurecendo com o tempo desde que começou a ser escrito em 2012. O lançamento da obra rendeu para Júlia não apenas o Jabuti, uma das maiores premiações literárias brasileiras. Ela também foi reconhecida pela Fundação Nacional do Livro Infantil como autora revelação, em 2019, e obteve o selo de Altamente Recomendável, também pela Fundação.
A outra avó
O nome do livro também vem de uma doce recordação. A denominação veio quando Júlia e a irmã acharam no quarto de uma das avós uma foto em que estavam as duas avós, uma de roupa amarela e a outra de azul. Se a Vó Amarela, Esmeralda, está no livro, a homenagem para a azul chegou em forma da personagem Temporina. Ela fez parte do espetáculo e da Coleção presente de Vô, em colaboração com o coral dos Meninos de Araçuaí. “Não era exatamente a história da minha avó, mas inspirada nela”.
Júlia Medeiros remonta as memórias da infância e da magia da casa das avós para criar as narrativas na literatura, no teatro e na música. A autora fez parte do grupo Ponto de Partida durante 16 anos, no qual trabalhou como atriz, compositora e dramaturga.
Casa Fiat de Cultura
Além de Júlia, a celebração do Dia dos Avós na Casa Fiat de Cultura também terá, às 11h, Tatiana de Azevedo, diretora executiva do Museu dos Brinquedos. Ela conversa com a historiadora e educadora da Casa Fiat de Cultura, Carolina Ministério. O bate-papo é sobre o tema “De avós para netos: heranças e tradições dos brinquedos”. Ambas as atividades serão realizadas no YouTube da Casa Fiat de Cultura.
Lembrando que é preciso fazer inscrição gratuita: Clique aqui para a contação de histórias e clique aqui para bate-papo com Carolina Ministério e Tatiana Azevedo.
Confira o Show da Tarde da quarta, 22 de julho: